Cancro cítrico
(Xanthomonas citri subsp. citri) Culturas Afetadas: Todas as culturas com ocorrência do alvo biológico
Citrus limon, Mangifera indica, Citrus reticulata, Citrus aurantifolia, Citrus maxima, Citrus
Sinônimos:
Xanthomonas axonopodis pv. citri, Xanthomonas campestris pv. aurantifolii; Xanthomonas campestris pv. citri; Xanthomonas citri; Xanthomonas citri f. sp. aurantifolia
Bioecologia:
A bactéria ataca folhas, caule, ramos e frutos nas fases de germinação, crescimento vegetativo e frutificação, sendo capaz de sobreviver por alguns dias diretamente sobre o solo e alguns meses quando está em tecido vegetal no solo. Em tecidos vegetais dissecados livres de solo consegue sobreviver por vários anos. Morre muito rápido quando exposta a luz solar direta. A principal fonte de inóculo são as pústulas foliares. Climas tropicais e subtropicais são os mais favoráveis para o desenvolvimento da doença, pois oferecem altas temperatura e chuvas ao mesmo tempo. Em boas condições com temperaturas entre 25 e 30 °C e água na superfície das folhas os sintomas iniciais podem ser observados de 5 a 7 dias após a inoculação. Em condições não ideias pode levar até 60 dias para os sintomas se manifestarem . Folhas de brotações e frutos são os locais preferenciais para a instalação da doença. As folhas e ramos têm maior suscetibilidade nas primeiras 6 semanas de crescimento. Os frutos são mais suscetíveis 90 dias depois da queda das pétalas. Lesões sobre as folhas causadas por insetos facilitam e intensificam as infecções.
Sintomas:
As partes mais afetadas pelos sintomas são as folhas e frutos, porém todas as partes da planta acima do solo podem ser afetadas. Na parte de baixo das folhas ocorre a formação de pústulas circulares e oleosas, medindo até 1 cm de diâmetro. Com o passar do tempo as lesões aumentam de tamanho e formam pústulas na forma de erupções ásperas elevadas de cor marrom no centro com um halo em volta de coloração amarelada. As lesões tendem a ser todas do mesmo tamanho. Nos frutos surgem lesões semelhantes as das folhas , porém mais salientes com o centro mais dilacerado e irregular, semelhantes a crateras. Nos ramos as lesões tendem a se unirem, formando lesões de forma irregular e de maior tamanho sem a formação nítida do halo amarelo.
Controle:
É essencial a aquisição de mudas sadias, certificadas, livres do patógeno. A inspeção dos pomares deve ser constante, para que possam ser tomadas medidas de controle o mais breve possível. Todo equipamento e utensílios utilizados no campo devem ser desinfectados, incluindo roupas, calçados e também a pele de quem trabalha no campo. Em equipamentos e máquinas utiliza-se produtos à base de amônia quaternária e para desinfecção da pele utiliza-se digluconato de clorohexidina, principalmente nas mãos. É feita também a erradicação das plantas infectadas, queimando-as no próprio local, para que não corra o risco de espalhar a bactéria para áreas não atingidas. Recomenda-se o uso de produtos registrado para as culturas.