Miltop-M 50% SC
Geral | ||
---|---|---|
Nome Técnico:
Tiofanato-metílico
Registro MAPA:
32624
Empresa Registrante:
Meghmani Organics |
Composição | ||
---|---|---|
Ingrediente Ativo | Concentração | |
Tiofanato-metílico | 504 g/L |
Classificação | ||
---|---|---|
Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea/Tratamento de sementes
Classe Agronômica:
Fungicida
Toxicológica:
5 - Produto Improvável de Causar Dano Agudo
Ambiental:
III - Produto perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Suspensão Concentrada (SC)
Modo de Ação:
Sistêmico |
Indicações de Uso
Algodão | Calda Terrestre | Dosagem | |
---|---|---|---|
Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides (Ramulose) | veja aqui | veja aqui | |
Ramularia areola (Ramularia) | veja aqui | veja aqui |
Banana | Calda Terrestre | Dosagem | |
---|---|---|---|
Mycosphaerella musicola (Mal da sigatoka) | veja aqui | veja aqui |
Citros | Calda Terrestre | Dosagem | |
---|---|---|---|
Elsinoë ampelina (Antracnose) | veja aqui | veja aqui | |
Phyllosticta citricarpa (Mancha preta) | veja aqui | veja aqui |
Feijão | Calda Terrestre | Dosagem | |
---|---|---|---|
Colletotrichum lindemuthianum (Antracnose) | veja aqui | veja aqui | |
Erysiphe polygoni (Oídio) | veja aqui | veja aqui |
Manga | Calda Terrestre | Dosagem | |
---|---|---|---|
Colletotrichum gloeosporioides (Antracnose) | veja aqui | veja aqui |
Melão | Calda Terrestre | Dosagem | |
---|---|---|---|
Colletotrichum orbiculare (Antracnose) | veja aqui | veja aqui |
Milho | Calda Terrestre | Dosagem | |
---|---|---|---|
Phaeosphaeria maydis (Mancha foliar de phaoeosphaeria) | veja aqui | veja aqui |
Morango | Calda Terrestre | Dosagem | |
---|---|---|---|
Diplocarpon earlianum (Mancha de diplocarpon) | veja aqui | veja aqui | |
Mycosphaerella fragariae (Mancha foliar) | veja aqui | veja aqui |
Pinhão-manso | Calda Terrestre | Dosagem | |
---|---|---|---|
Oidium sp. (Oídio) | veja aqui | veja aqui |
Rosa | Calda Terrestre | Dosagem | |
---|---|---|---|
Diplocarpon rosae (Mancha negra) | veja aqui | veja aqui |
Tomate | Calda Terrestre | Dosagem | |
---|---|---|---|
Sclerotinia sclerotiorum (Podridão de esclerotinia) | veja aqui | veja aqui | |
Septoria lycopersici (Septoriose) | veja aqui | veja aqui |
Trigo | Calda Terrestre | Dosagem | |
---|---|---|---|
Fusarium graminearum (Fusariose) | veja aqui | veja aqui |
Tipo: Frasco
Material: Plástico
Capacidade: 2 L
Tipo: Bombona
Material: Plástico
Capacidade: 60 L
Tipo: Tambor
Material: Plástico / Metálico
Capacidade: 220 L
Tipo: Lata
Material: Metálico
Capacidade: 30 L
Tipo: Balde
Material: Plástico / Metálico
Capacidade: 30 L
Tipo: Contentor Intermediário a Granel (IBC)
Material: Plástico ou metálico com estrutura metálica externa
Capacidade: 1200 L
INSTRUÇÕES DE USO:
O MILTOP-M 50% SC é um fungicida sistêmico recomendado para o controle de inúmeras doenças fúngicas conforme especificado na bula.
MODO E EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO:
Primeiramente agitar vigorosamente o produto em sua embalagem original. A seguir, diluir o MILTOP-M 50% SC diretamente na quantidade de água previamente estabelecida, até obter uma calda homogênea.
• Para pulverização da parte aérea: as pulverizações aéreas ou terrestres deverão ser uniformes procurando dar completa cobertura às partes foliares das plantas.
Via terrestre: Usar pulverizadores tratorizados, dotados de bicos cônicos, densidade mínima de 50-70 gotas/cm2 com 250 micra.
No caso da cultura da manga, usar pulverizadores tratorizados dotados de bicos cônicos ou pistola apropriados para a aplicação de fungicidas. O volume de calda deve estar de acordo com a idade da planta, variedade e espaçamento, de modo a atingir toda a parte aérea da planta proporcionando uma cobertura homogênea da calda.
Via aérea (Uso de barra e atomizador rotativo Micronair):
• Volume de aplicação: 30-40 L/ha de calda, procurando assegurar doses do MILTOP-M 50% SC de 0,7-1,0 L/ha para as culturas e no caso da cultura da banana de 0,4-0,6 L/ha.
• Altura de voo com barra: 2-3 m; com Micronair: 3-4 m.
• Largura da faixa de deposição efetiva: 15 m.
• Tamanho/densidade da gota: 180-220 micra, com mínimo de 60 gotas/cm2.
• No caso de barra, usar bicos cônicos pontas D6 e D12 - disco (core) inferior a 45°.
• Usando Micronair, o número de atomizadores deve ser 4, onde, para o ajuste do regulador de vazão/ VRU, pressão e ângulo da pá, seguir a tabela sugerida pelo fabricante.
Condições climáticas: O diâmetro de gotas deve ser ajustado para cada volume de aplicação (litro de calda/ha) para proporcionar a adequada densidade de gotas, obedecendo ventos de até 8 km/h, temperatura e umidade relativa, visando reduzir perdas por deriva e evaporação. Em se tratando de aplicação aérea obedecer umidade relativa não inferior a 70%.
O sistema de agitação do produto no interior do tanque deve ser mantido em funcionamento durante toda aplicação.
• Para tratamento de Sementes:
O tratamento pode ser feito em tratadores de sementes na unidade de beneficiamento (Máquinas de tratar sementes) ou utilizando um tambor giratório excêntrico. Não se aconselha o tratamento das sementes diretamente na caixa semeadora e na lona.
Para melhor homogeneização do MILTOP-M 50% SC nas sementes, o produto deverá ser misturado com água perfazendo um total máximo de 600 ml de calda para tratar 100 kg de sementes.
Para tratamento de sementes adicionar corante.
OBS.: Seguir as recomendações técnicas de aplicação e consultar sempre um Engenheiro Agrônomo.
INSTRUÇÕES PARA CONTROLE DE MOFO-BRANCO NA CULTURA DA SOJA:
Plantio de sementes sadias: O uso de sementes sadias e tratadas com fungicidas registrados representa a melhor forma de se evitar a introdução do patógeno na área, uma vez que esta representa uma das principais formas de disseminação. O fungo pode ser disseminado via semente na fase de micélio dormente. Desta forma, a análise sanitária da semente é de extrema importância para o agricultor. Sementes multiplicadas pelo próprio agricultor representam um risco ainda maior à sustentabilidade do negócio.
Limpeza de implementos agrícolas: Outra forma importante de disseminação do fungo é através de escleródios que podem ser levados por implementos agrícolas infestados. Para evitar o problema, o agricultor deverá realizar uma desinfestação dos implementos, para isso poderá utilizar apenas água sob pressão.
Rotação de culturas: A rotação de culturas representa a principal alternativa para o desenvolvimento da agricultura sustentável, melhorando as características químicas, físicas e biológicas do solo. A manutenção do sistema plantio direto só é possível com a rotação de culturas. Entretanto, no caso específico do mofo-branco, a rotação de culturas deve ser essencialmente com gramíneas, as quais não são hospedeiras do fungo. O agricultor deve dar preferência para aquelas gramíneas que formam maior quantidade de palha.
O cultivo consorciado de milho e Brachiaria spp tem se destacado em programas de rotação, uma vez que forma ampla palhada sobre o solo e ainda apresenta retorno econômico para o agricultor.
Integração lavoura-pecuária: A integração lavoura-pecuária é outra importante opção para áreas altamente infestadas, isso se deve principalmente pelo uso de gramíneas (planta não hospedeira) e pela erradicação de muitas plantas daninhas tidas como hospedeira. Entretanto, plantas infestantes comuns nas lavouras de soja como o leiteiro, o picão-preto e o joá-decapote devem ser erradicadas, uma vez que estas também são hospedeiras do mofo-branco. O maior período sem plantas hospedeiras proporcionado pela integração lavoura-pecuária pode reduzir significativamente a fonte de inóculo.
Escolha de cultivares: Principalmente para as áreas infestadas, o agricultor ou técnico deve optar por cultivares de ciclo determinado, com período de floração concentrado e por cultivares que apresentam arquitetura de folhas eretas e porte baixo.
- Porte e arquitetura de folhas - plantas de porte baixo com folhas menores e eretas são menos favoráveis à ocorrência da doença, ou seja, não proporcionam um microclima favorável à infecção e ao desenvolvimento do patógeno.
- Período de floração concentrada - como os esporos do fungo Sclerotinia sclerotiorum, ao germinarem, encontram dificuldades em penetrar diretamente nos tecidos das hastes dos hospedeiros, o mesmo necessita da flor em senescência para melhor infectar as plantas. Assim sendo, quanto menor o período de floração, menor a probabilidade de infecção. Cultivares de ciclo indeterminado, as quais apresentam flores por maior período de tempo estão mais sujeitas à infecção.
Formação ampla de palha: A palha oriunda do plantio direto, diferentemente do que havia se pensando em um passado recente, tem contribuído sobremaneira no controle da doença. Além de aumentar a matéria orgânica do solo, permitindo a proliferação e manutenção de microorganismos antagonistas, a palha funciona como uma barreira física impedindo a liberação dos ascósporos (esporos) pelos apotécios. Quanto mais densa e uniforme for a palha sobre o solo, maior o impedimento físico imposto à disseminação do patógeno e, consequentemente, melhor controle da doença.
Manejo do solo: Entende-se por manejo do solo, a conservação química, física e biológica do mesmo. No caso do mofo-branco, quanto maior a porcentagem de matéria orgânica, maior será a quantidade e a diversidade de micro-organismos antagonistas, como o Trichoderma spp.
Em relação à qualidade química, podemos inferir que solos bem adubados, conforme necessidade da cultura, maior será a capacidade da planta em resistir à infecção e/ou colonização pelo patógeno, ou seja, plantas bem nutridas são naturalmente mais resistentes. O potássio, por exemplo, está envolvido na maior lignificação do tecido vegetal e, consequentemente, menor possibilidade de acamamento. Plantas acamadas significam maior pressão de doença, principalmente pelo microclima formado. Em relação à física, recomenda-se não revolver o solo. Quando se revolve o solo pela primeira vez, os escleródios produzidos pelo fungo são enterrados na camada abaixo de 20 cm. Entretanto, quando essa prática é repetida, tais escleródios são novamente trazidos à superfície ficando o solo infestado nos perfis de 0-20 cm, formando um banco de escleródios.
Controle biológico: Para o controle biológico utiliza-se de um organismo vivo no controle de outro organismo vivo, que pode ocorrer a partir de diferentes processos (antibiose, competição, parasitismo, etc.). No caso específico do mofo-branco, o controle biológico mais conhecido é através do uso de fungos do gênero Trichoderma. Trata-se de um micro-organismo vivo, é necessário que o mesmo se estabeleça e encontre condições para sobreviver e controlar o agente patogênico.
Controle químico com MILTOP-M 50% SC:
Dose de Uso: 1000 mL/ha com volume de calda de 200 L/ha quando tratorizado ou 40 L/ha em aplicações aéreas. Recomendamos sempre utilizar a tecnologia mais adequada para o atingimento do alvo. Aplicar o produto de forma preventiva no início da floração (R1). Se for necessário reaplicar o produto, a aplicação deverá ser com intervalo de 10 dias em relação à primeira, no estágio fenológico de floração plena (R2) e também deverá ser de caráter preventivo. É recomendado que o produto seja usado no manejo em rotação com fungicidas de outros grupos químicos.
INTERVALO DE SEGURANÇA:
• Algodão, banana, citros, ervilha, feijão, manga, melão, morango, tomate e trigo: 14 dias
• Maçã: 7 dias
• Milho: 3 dias
• Soja: 21 dias
• Algodão e Soja (Tratamento de Sementes): Intervalo de segurança não determinado devido à modalidade de emprego.
• Pinhão Manso e Rosa: Uso Não Alimentar
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS:
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.
LIMITAÇÕES DE USO:
- Os usos do produto estão restritos aos indicados no rótulo e bula. Quando este produto for utilizado nas doses recomendadas, não causará danos às culturas indicadas.
- Fitotoxicidade: Não é fitotóxico para as culturas indicadas nas doses recomendadas.
- Outras restrições à serem observadas: Efetuar a correção pH da água para valores entre 4,0 e 6,0 antes do preparo da calda para aplicação.
- Agitar bem a embalagem antes da preparação da calda e uso.
- O tratamento de Sementes com MILTOP-M 50% SC deve ser feito antes da inoculação com micro-organismos fixadores de Nitrogênio.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
Sempre que houver disponibilidade de informações sobre programas de Manejo Integrado, provenientes da pesquisa pública ou privada, recomenda-se que estes programas sejam implementados.
Seguir as recomendações atualizadas de manejo de resistência do FRAC-BR (Comitê de Ação a Resistência à Fungicidas – Brasil)
O uso sucessivo de fungicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população de fungos causadores de doenças resistentes a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e consequente prejuízo.
Como prática de manejo de resistência e para evitar os problemas com a resistência dos fungicidas, seguem algumas recomendações:
• Alternância de fungicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo B1 o controle do mesmo alvo, sempre que possível;
• Adotar outras práticas de redução da população de patógenos, seguindo as boas práticas agrícolas, tais como rotação de culturas, controles culturais, cultivares com gene de resistência quando disponíveis, etc;
• Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto;
• Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais sobre orientação técnica de tecnologia de aplicação e manutenção da eficácia dos fungicidas;
• Informações sobre possíveis casos de resistência em fungicidas no controle de fungos patogênicos devem ser consultados e, ou, informados à: Sociedade Brasileira de Fitopatologia (SBF: www.sbfito.com.br), Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas (FRAC-BR: www.frac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).
GRUPO B1 FUNGICIDA
O produto fungicida MILTOP-M 50% SC é composto por tiofanato-metílico que apresenta mecanismo de ação: montagem de ß-tubulina na mitose, pertencente ao Grupo B1 segundo classificação internacional do FRAC (Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas).