Sarna do pessegueiro
Sarna (Cladosporium carpophilum) Culturas Afetadas: Maçã, Pera, Pêssego
A doença ataca folhas, ramos e frutos, porém os sintomas são mais notáveis nos frutos. Essa é uma doença comum em todos os países produtores rosáceas, especialmente onde ocorrem alta umidade e temperaturas amenas. No Brasil, existem registros da doença nos estados do Amapá, Minas Gerais e São Paulo.
Danos: O sintoma típico da doença são manchas verde-oliva nas folhas e frutos. A infecção ocorre na superfície abaxial de folhas novas ou maduras, onde se desenvolvem lesões de forma indefinidas, angulares ou circulares, e a coloração é a mesma dos tecidos sadios. As lesões completamente desenvolvidas têm 1-2 mm ou mais de diâmetro, mas em ataques severos podem coalescer para formar grandes áreas cloróticas que terminam necrosadas, podendo causar uma desfolhação parcial que enfraquece a árvore. Os sintomas aparecem quando os frutos têm alcançado quase a metade do seu desenvolvimento. São lesões pequenas (menores de 0,5 mm), circulares, esverdeadas a oliváceas nas superfícies expostas, bem mais próximas do extremo peduncular. Essas lesões evoluem, atingindo até 2-3 mm de diâmetro, e se tornam oliváceas a negras e, às vezes, aparecem rodeadas por um halo verde a amarelo sobre a superfície avermelhada.
As lesões podem coalescer quando são numerosas, e à medida que o fruto cresce, produzem rachaduras que servem de entrada para outros fungos saprófitos secundários ou oportunistas. A infecção ocorre nos raminhos tenros, verdes, recém-brotados, onde aparecem numerosas lesões ao mesmo tempo que nos frutos. No começo, as lesões são quase imperceptíveis, ligeiramente elevadas, circulares ou ovais e da mesma cor dos tecidos sadios, logo evoluem e se tornam marrons com uma borda ligeiramente elevada, que será púrpura a marrom-escura no final da estação, quando as lesões atingem 3-5 x 5-8 mm e são alongadas no sentido do eixo do ramo. As lesões usualmente não causam danos discerníveis nos raminhos, exceto nos viveiros, onde pode ocorrer morte descendente.
Controle: Não existem variedades resistentes ao ataque de Cladosporium carpophilum.
Deve-se realizar podas de limpeza dos ramos doentes para reduzir a densidade da folhagem da árvore, permitindo a circulação do vento e a redução da umidade dentro da plantação. Também deve-se retirar todos os ramos infectados cortados durante a poda e queimá-los ou enterrá-los.
Pulverizações com fungicidas em intervalos de 10-14 dias a partir da queda das sépalas até 40 dias antes da colheita.