Oídio
(Erysiphe polygoni) Culturas Afetadas: Brócolis, Caju, Couve, Ervilha, Feijão, Feijão-caupi, Feijão-vagem, Manga, Melão, Pepino, Quiabo, Repolho, Todas as culturas com ocorrência do alvo biológico, Tomate
Anamorfo: Erysiphe betae, Oidium anacardii, Oidium balsamii
Sinônimo: Microsphaera diffusa
O oídio raramente causa prejuízos em culturas exploradas no Brasil. Entretanto, sob condições favoráveis pode levar a danos severos, principalmente se ocorrer antes do florescimento.
O fungo ataca plantas de diversos gêneros, como Beta (beterraba) Pisum (ervilha), Brassica (repolho, brócolis, couve, etc.), Calendula, Catalpa, Dahlia (dália) Delphinum, Lupinus (tremoço), Lycopersicon (tomate), Medicago (alfafa), Scabiosa, Trifolium (trevo), Valeriana e Vicia (fava).
Danos: Os sintomas da doença podem ser observados nas folhas, caules e vagens. As perdas no rendimento podem variar de ano para ano e serão maiores quanto mais precocemente ocorrer na cultura. Estas perdas podem chegar a 60%, e tudo depende da cultivar utilizada, das condições ambientais e da agressividade do patógeno.
Nas folhas, os sintomas são observados na parte superior, apresentando manchas com coloração verde-escura. As manchas apresentam-se com aspecto branco-acinzentado e pulverulentas são observadas nas folhas. As estruturas do fungo desenvolvem-se sobre estas manchas, que passam a apresentar coloração branco-acinzentada com aparência pulverulenta, podendo posteriormente coalescer, tomando toda a folha. A desfolha prematura somente ocorre quando as infecções forem severas, as folhas então ficam amareladas, retorcidas e posteriormente ocorre a queda. Quando as estruturas do fungo são removidas, os tecidos afetados apresentam coloração parda ou púrpura, perdendo o aspecto pulverulento.
Na vagens, as manchas apresentam-se com aspecto branco-acinzentado e pulverulentas e serão pouco desenvolvidas ou malformadas caso a doença seja severa. Quando a doença for severa e afetar a formação das vagens, as sementes podem não se desenvolver ou apresentar um menor desenvolvimento.
Controle: O uso de variedade resistente é recomendado, entretanto o controle poderá não ser o esperado, pois são inúmeros os patótipos que o patógeno apresenta. Portanto, para que um genótipo seja resistente, seu comportamento deverá ser avaliado com relação as diferentes populações do patógeno.
A maioria das cultivares de hábito determinado apresentam uma maior suscetibilidade à doença. Evitar o plantio do feijão em locais com condições de baixa umidade do ar e do solo. Nas regiões onde a ocorrência do fungo é constante, realizar a rotação com espécies não hospedeiras com finalidade de reduzir o inóculo.
O controle deve ser realizado quando forem observados os primeiros sintomas, duas ou três aplicações serão suficientes. Os fungicidas triforine, clorotalonil, tiofanato metílico, tiofanoto metílico + mancozeb, tiofanato metílico + cloratalonil e enxofre são citados na literatura para o controle da doença. Recomenda-se o uso de produtos registrados para a cultura.