Mancha negra
(Diplocarpon rosae) Culturas Afetadas: Cravo, Flores, Gladíolo, Plantas ornamentais, Rosa
Anamorfo: Marssonina rosae
Sinônimo: Asteronema rosae e Actinonema rosae
Inicialmente, a doença manifesta-se na forma de pequenas manchas descoloridas na página superior das folhas. Estas vão escurecendo e aumentando de tamanho até alcançarem diâmetro de cerca de 10 mm, com a característica singular de apresentarem bordos franjados. A coalescência das manchas provoca um amarelecimento generalizado do limbo foliar, resultando em grande desfolha. Hastes também podem apresentar manchas semelhantes às das folhas, porém em menor intensidade. Ataques severos podem acarretar distorção de flores sendo, no entanto, dificilmente visualizada em condições de campo.
Danos: O patógeno é bastante específico e se aproxima de um parasita obrigatório. Em qualquer uma das fases de desenvolvimento do patógeno, a umidade relativa deve ser de pelo menos 80 a 90%. As folhas de roseira são mais suscetíveis quando novas, de 5 a 14 dias de idade. Para que ocorra a germinação, os conídios precisam de 100% de umidade por pelo menos cinco minutos. Para ocorrer a infecção, esse período de água livre no tecido deve continuar por mais de sete horas. A agente causador tolera uma grande variação de temperatura (15-27ºC), sendo que a temperatura ótima para a germinação dos conídios é em torno de 18ºC. O patógeno é sensível a altas temperaturas. Para o desenvolvimento da doença, a temperatura ótima está em torno de 24ºC.
A importância dessa doença tem diminuído significativamente devido ao aumento da área de cultivos protegidos, onde a utilização de sistemas de irrigação localizada e condições ambientais desfavoráveis não permitem o desenvolvimento do fungo.
Controle: A resistência à mancha negra é rara, especialmente nas variedades tetraplóides. Contudo, existem várias cultivares altamente resistentes, entre elas David Thompsom, Bebe Lune, Coronado, Erbest H. Morse, Fortyniner, Grand Opera, Lucy Cromphorn, Sphinx, Tiara, Carefree Beauty e Simplicity, porém a existência de diversas raças patogênicas do fungo é uma ameaça constante à quebra dessa resistência.
Deve-se evitar a permanência de uma lâmina de água sobre as folhas por mais de 7-12 horas, principalmente durante a noite. Retirar do campo e das estufas as folhas caídas e as hastes com sintomas e queimá-las ou enterrá-las. Evitar as plantações muito adensadas para facilitar a circulação do ar na folhagem.
Realizar pulverizações com fungicidas protetores enquanto prevalecerem condições favoráveis ao desenvolvimento da doença, com produtos registrados para a cultura.