A medida que as propriedades rurais precisam se adequar ambientalmente à legislação ambiental do País, surge a necessidade de plantio com espécies nativas de cada bioma, visando atender os preceitos da Lei 12651 de 2012. É fato que a Lei ainda possui contestações jurídicas e algumas etapas, como a do cadastro ambiental Rural e do programa de regularização ambiental das propriedades vem sofrendo sucessivos aditivos de prazo. Dúvidas sobre como quem deve pagar a conta, quem deve fazer ou não reflorestamento se somam a falta de orientação técnica do "como fazer".
Diversos esforços tem sido feito no sentido de apoiar ações nesse sentido. A Embrapa possui a página www.embrapa.br/codigo-florestal que ajuda com uma série de informações e publicações gratuitas, além de explicar alguns detalhes da Lei.
Entre os problemas técnicos apontados estão quais espécies plantar e como? No fim de junho de 2017, foi publicado o livro "Controle de plantas daninhas em restauração florestal" que apresenta uma lista de espécies e seu comportamento de crescimento após plantio. Todos os dados alí gerados são fruto de diferentes experimentos na Mata Atlântica. Além disso, o livro trata do polêmico tema de controle de plantas daninhas, com um entendimento diferenciado, uma vez que para reflorestamentos em áreas de pastagens, muitas vezes as plantas daninhas são as nossas conhecidas gramíneas forrageiras como a brachiaria, o panicum, entre outros. O uso do herbicida e o controle da matocompetição com o uso do papelão de caixas de pizza também são abordados lá, assim como o uso de plantas companheiras, utilizando cultivos comumente agrícola e florestal, visando reduzir custos na implantação da floresta. O material pode ser baixado a partir desse link: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1064645/controle-de-plantas-daninhas-em-restauracao-florestal
Um forte abraço e boa leitura!