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Consumo de agrotóxicos no Brasil: elevado ou adequado



Decio Luiz Gazzoni
Uma das frases lapidares de Joseph Goebbels, o Ministro da Propaganda de Hitler, é “Eine tausendmal erzählte Lüge wird zur Wahrheit “, que significa uma mentira contada mil vezes vira verdade, em livre tradução. O resultado da aplicação desse princípio na Alemanha está registrado na História, na ascensão do regime nazista e na II Guerra Mundial.
    Saltemos quase 100 anos, para 2024. Uma consulta no Google, usando as palavras “Brasil; campeão; agrotóxicos” vai recuperar milhares de links, que têm em comum a asseveração que o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. Via de regra essa afirmativa é lastreada ou no valor de mercado (venda) dos pesticidas, ou no volume utilizado.
    Isso pouco ou nada significa, porque o valor de venda não é comparável entre países, devido às diferenças de taxa de câmbio, fretes, legislação tributária, logística, intermediação, subsídios, etc. Igualmente, o volume utilizado é fortemente dependente da localização do país (clima frio, temperado ou tropical), do tamanho de sua agropecuária, da diversidade e severidade de incidência de pragas, do custo do pesticida, entre outros aspectos. Destarte, é importante analisar essa questão em função dos fatores condicionantes do uso de pesticidas.
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