Sementes de trigo resistentes ao calor impulsionam cultivo no Cerrado
O impacto dessas novas sementes vai além do aumento na área cultivada
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O trigo, tradicionalmente associado a regiões de clima mais ameno, está ganhando espaço em áreas de clima quente no Brasil, graças ao desenvolvimento de sementes geneticamente adaptadas às altas temperaturas e períodos de estiagem. Essa inovação tem permitido que produtores do Cerrado alcancem resultados promissores em produtividade, marcando um novo capítulo na produção do cereal no país.
Pesquisas foram fundamentais para o desenvolvimento dessas variedades. As sementes resistentes ao calor não apenas sobrevivem às condições adversas típicas do Cerrado, mas também mantêm a qualidade dos grãos, atendendo aos padrões exigidos pelo mercado interno e externo.
O impacto dessas novas sementes vai além do aumento na área cultivada. Agricultores têm relatado maior estabilidade nas colheitas, mesmo em anos de chuvas irregulares, proporcionando segurança econômica e previsibilidade para o setor. Essa adaptação genética representa um avanço para o trigo brasileiro, permitindo que as fronteiras agrícolas sejam ampliadas sem abrir mão da qualidade.
Além disso, a expansão do cultivo de trigo no Cerrado contribui para a diversificação econômica da região, tradicionalmente dominada por outras culturas como soja e milho. O trigo cultivado no Cerrado pode ser uma resposta estratégica para reduzir a dependência do Brasil em importações do cereal. Em um cenário global de crescente demanda por alimentos e mudanças climáticas, o investimento em tecnologias agrícolas adaptativas é visto como essencial para garantir a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável.