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Podridão-vermelha da cana

(Colletotrichum falcatum) Culturas Afetadas: Cana-de-açúcar

Fase anamórfica: Glomerella tucumanensis

A doença causa prejuízos importantes a cultura, principalmente pela inversão de sacarose. São freqüentes relatos de perda de 50 a 70% da sacarose de colmos atacados simultaneamente pelo fungo e pela broca da cana (Diatraea saccharalis). Reduções em toneladas de cana são bem menores, variando de 12 a 41,5%.

Sintomas - Esta doença pode se manifestar na cana-de-açúcar sob diferentes formas, de acordo com os órgãos afetados e estádio vegetativo. Durante a germinação do tolete, causa a morte das gemas e redução na germinação. Nos colmos, o patógeno causa, internamente, uma podridão vermelha que dá nome à doença. Na nervura central das folhas aparecem lesões vermelhas que mais tarde ficam com o centro mais claro. O tamanho das lesões é variável, mas em folhas velhas pode atingir toda a extensão da nervura. Em variedades suscetíveis, as lesões aprofundam-se na nervura. Os sintomas podem ser confundidos com deficiência de potássio. Em variedades altamente suscetíveis, à medida que a planta se desenvolve e amadurece, as folhas do palmito amarelecem e paralisam o crescimento. As bainhas das folhas de cor palha ficam com a superfície recoberta de pontuações negras, que correspondem a frutificações do fungo.

Na região nodal aparecem áreas necrosadas, de bordos definidos, que evoluem rapidamente até a completa necrose do entrenó que passa a exibir coloração pardo-escura e acérvulos do fungo. Internamente, nos colmos, surgem bandas transversais brancas que caracterizam a podridão vermelha. Nestas bandas, o fungo cresce livremente e pode ser isolado com facilidade. Em solos secos, raízes e colo da planta são atacados e exibem podridão seca semelhante aos colmos.

Etiologia - O agente causal é Colletotrichum falcatum que corresponde, na fase perfeita, a Glomerella tucumanensis. Produz acérvulos sub-epidérmicos eruptivos com setas retas ou tortuosas, pardo-escuras, septadas, abundantes e facilmente visíveis com lupa manual. Na base das setas estão conidióforos curtos, simples, hialinos, com conídios falcados (acanoados) unicelulares, hialinos, granulosos e envoltos em massa gelatinosa que dá ao conjunto tom levemente rosado. Peritécios têm sido observados nas lesões foliares velhas e senescentes onde apenas o rostro é visível, pois a base do peritécio está embebida no tecido. Os ascósporos são hialinos, unicelulares, retos ou ligeiramente fusóides.

Controle -

Uso de variedades resistentes. Saccharum officinarum, S. barberi e S. sinense têm a maioria das suas populações suscetível. Na espécie S. spontaneum encontram-se as melhores fontes de resistência, tendo servido para a produção dos híbridos modernos mais resistentes à doença.

Recomenda-se o uso de produtos registrados para a cultura.

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