Pinta preta
Murcha de fitóftora (Alternaria dianthi) Culturas Afetadas: Cravo, Gladíolo, Plantas ornamentais, Rosa
As plantações no campo são as mais afetadas, onde o patógeno causa perdas numerosas divido à diminuição no número de ramos por plantas ou até mesmo de plantas completas. Ataca fundamentalmente as folhas e o caule, sendo raros os sintomas nas flores.
A doença tem ampla distribuição mundial, com registros na África do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Chipre, Escócia, Estados Unidos, Ilhas Virgens, Índia, Jamaica, Malaui, Nova Zelândia, Porto Rico e Rússia.
Alternaria dianthi tem uma alta especificidade pelo craveiro, porém também tem sido encontrado parasitando hospedeiras da família Malvaceae, como Hibiscus esculentus e Hibiscus cannabinus.
Danos: Plantas afetadas exibem sintomas em folhas, hastes e, ocasionalmente, nas flores. Nas folhas, ocorrem lesões pequenas, púrpuras, evoluindo em tamanho e exibindo seu centro de coloração pardo-acinzentada, onde pode-se visualizar massas pulverulentas de esporos do fungo de coloração negra. Folhas podem exibir sintomas em ambas as faces, sendo as baixeiras as mais afetadas. Hastes são infectadas geralmente na região nodal, onde aparecem lesões de coloração marrom-escura. Folhas e hastes severamente atacadas tendem a secar, apresentando aspecto palheáceo.
Sua reprodução dá-se através da formação de conídios a partir da hifa, os quais são piriformes, escuros, grandes e multicelulares, com septos longitudinais e transversais. Dissemina-se através do vento e respingos de água. Necessita de filme de água sobre os tecidos do hospedeiro para a germinação dos conídios e posterior infecção. Sobrevive saprofiticamente em restos de cultura.
Controle: Não existem referências sobre variedades ou cultivares de cravo com algum tipo de resistência a doença.
As principais medidas de controle utilizadas são a limpeza e desinfecção em geral do campo e da estufa; uso de mudas sadias; evitar plantações muito adensadas, assim como a irrigação por aspersão. Proporcionar uma boa ventilação e temperatura em torno de 25°C nas estufas para evitar a formação de orvalho na superfície das plantas. As folhas e os ramos com os sintomas característicos da mancha-de-alternaria devem ser eliminados e queimados ou enterrados.
Realizar pulverizações com fungicidas protetores registrados para a cultura.