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Ferrugem

(Puccinia helianthi) Culturas Afetadas: Girassol

 

A ferrugem do girassol é uma doença importante em várias regiões produtoras do mundo. Perdas severas têm sido atribuídas a essa doença, que causa desfolha prematura. A severidade da doença é maior em áreas de clima úmido.

A alta incidência de ferrugem em São Paulo, na metade da década de 60, foi o principal fator responsável pelo desestímulo do cultivo de girassol na região noroeste do estado nessa época. Este fato ocorreu em virtude da alta suscetibilidade das variedades utilizadas pelos produtores.

O fungo produz dois tipos de esporos: uredósporos e teliósporos. Os uredósporos constituem a massa pulverulenta alaranjada, característica da doença, e são produzidos em urédios, durante a fase favorável ao desenvolvimento do patógeno. Os urédios são formados na face inferior da folha, distribuídos irregularmente e possuem 1 mm de diâmetro. Os uredósporos são elipsoidais/obovais, às vezes cilíndricos, com tamanho variando entre 25-32 x 19-25 μm. A parede tem 1 a 2 μm de espessura. Nos télios são produzidos os teliósporos, que são cilíndricos a clavados, com tamanho de 40-60 x 18-30 μm.

A infecção ocorre pouco após a floração, quando os uredósporos são depositados em folhas e germinam em condições de alta umidade relativa. Os esporos são transmitidos para outras plantas a partir de lavouras contaminadas, de ramos e folhas deixados no campo, da superfície do solo ou de plantas voluntárias. Uredósporos e teliósporos têm sido encontrados na semente, mas não há provas de transmissão.

A severidade da ferrugem pode variar com a idade da planta, com as condições ambientais e com a resistência do genótipo. O patógeno é favorecido por temperaturas de 18 a 22ºC e alta umidade relativa e, sob essas condições, pode provocar epidemias. Nove raças do patógeno já foram relatadas no Canadá.

Danos: Os sintomas típicos da ferrugem do girassol são pequenas pústulas circulares, de 1 a 2 mm de diâmetro, pulverulentas, de coloração variável de alaranjada a preta, distribuídas ao acaso por toda a superfície da planta. São mais comuns nas folhas de baixo, progredindo para as folhas superiores. Normalmente, as pústulas são circundadas por pequenos halos amarelos. Em altos níveis de infecção, haste, pecíolo e partes florais podem apresentar sintomas. A coalescência de pústulas pode ocupar quase toda a superfície foliar, causando senescência prematura de folhas, o que provoca a redução da produção e da qualidade das sementes.

Controle: Recomenda-se o uso de produtos registrados para a cultura.

 

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