O sojicultor brasileiro há tempos não via sua atividade ser tão mega rentável como à desta última safra. Mega rentável? Bem, esse certamente seria o título deste artigo se o Brasil não tivesse enfrentado o pior apagão de infra-estrutura logística da história. Partindo deste ponto, nos parece que o título mais apropriado para hoje seria: por conta dos altíssimos custos de transporte e armazenagem, o produtor brasileiro só teve margem positiva graças aos inéditos preços internacionais da oleaginosa. Ou por que não: quebra de safra norte-americana e argentina em 2012 garantiu lucro aos produtores brasileiros.
De fato, nas últimas duas temporadas, os efeitos climáticos desestruturaram o quadro de oferta e demanda mundial da oleaginosa. E mesmo com a entrada dessa que os norte-americanos já se encaminham para o final da colheita, a pressão vinda da demanda é muito forte. Tanto que a disputa pelo grão que ainda resta em mãos do produtor brasileiro é fortíssima entre as indústrias locais e exportadores. Nos portos, alguns compradores seguem oferecendo bonificação de cerca de US$ 6,00/saca a mais do que o preço da oleaginosa na bolsa de Chicago (o chamado prêmio portuário). No entanto, os compradores internos neste momento se antecipam e chegam pagar no armazém do vendedor o preço pago nos portos.
Nunca antes se viu tanta demanda pelo grão no mundo, e ano após ano em caminho crescente. Somente a China prevê importar na temporada 2013/2014 em torno de 69 milhões de toneladas. Conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos no ano comercial 2010/2011 o país asiático importou 52,3 milhão. É verdade que o crescimento da produção mundial também tem correspondido a altura pela necessidade do grão, graças à eficiência dos produtores na implantação constante de novas tecnologias, e não fosse à interferência do clima, possivelmente estaríamos com os estoques de passagem equilibrados, e em contraponto não haveriam preços tão elevados.
Aqui chegamos à pergunta chave desta semana. Se nas últimas duas temporadas não tivesse havido quebras de safra nos EUA e Argentina, os sojicultores brasileiros teriam rentabilidade? Por que a menos que outras tragédias alimentares viessem a acontecer pelo mundo, o cenário atual seria totalmente oposto. Provavelmente estaríamos buscando novas alternativas de consumo. A China estaria cancelando embarques para pressionar ainda mais os preços e os produtores estariam a renegociar dividas no banco. Talvez nem tanto, mas certamente os investimentos em tecnologia seriam cortados, os custos de produção e transporte seriam os mesmos e as margens de lucro estariam muito ajustadas.
Portanto, o bom momento atual também deve ser aproveitado para planejar as safras futuras. É preciso que o Agro brasileiro resolva gargalos de armazenagem e escoamento para que a fatia maior fique na propriedade, e que não se fique dependente do azar alheio para obter sucesso. É inquestionável que a demanda tende a ser cada vez maior e precisaremos também nós produtores sempre produzir mais e mais para garantir este abastecimento. Porém este crescimento poderá não ser constante, e ciclos com mais oferta que procura poderá vir e baixar os preços.
De fato, nas últimas duas temporadas, os efeitos climáticos desestruturaram o quadro de oferta e demanda mundial da oleaginosa. E mesmo com a entrada dessa que os norte-americanos já se encaminham para o final da colheita, a pressão vinda da demanda é muito forte. Tanto que a disputa pelo grão que ainda resta em mãos do produtor brasileiro é fortíssima entre as indústrias locais e exportadores. Nos portos, alguns compradores seguem oferecendo bonificação de cerca de US$ 6,00/saca a mais do que o preço da oleaginosa na bolsa de Chicago (o chamado prêmio portuário). No entanto, os compradores internos neste momento se antecipam e chegam pagar no armazém do vendedor o preço pago nos portos.
Nunca antes se viu tanta demanda pelo grão no mundo, e ano após ano em caminho crescente. Somente a China prevê importar na temporada 2013/2014 em torno de 69 milhões de toneladas. Conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos no ano comercial 2010/2011 o país asiático importou 52,3 milhão. É verdade que o crescimento da produção mundial também tem correspondido a altura pela necessidade do grão, graças à eficiência dos produtores na implantação constante de novas tecnologias, e não fosse à interferência do clima, possivelmente estaríamos com os estoques de passagem equilibrados, e em contraponto não haveriam preços tão elevados.
Aqui chegamos à pergunta chave desta semana. Se nas últimas duas temporadas não tivesse havido quebras de safra nos EUA e Argentina, os sojicultores brasileiros teriam rentabilidade? Por que a menos que outras tragédias alimentares viessem a acontecer pelo mundo, o cenário atual seria totalmente oposto. Provavelmente estaríamos buscando novas alternativas de consumo. A China estaria cancelando embarques para pressionar ainda mais os preços e os produtores estariam a renegociar dividas no banco. Talvez nem tanto, mas certamente os investimentos em tecnologia seriam cortados, os custos de produção e transporte seriam os mesmos e as margens de lucro estariam muito ajustadas.
Portanto, o bom momento atual também deve ser aproveitado para planejar as safras futuras. É preciso que o Agro brasileiro resolva gargalos de armazenagem e escoamento para que a fatia maior fique na propriedade, e que não se fique dependente do azar alheio para obter sucesso. É inquestionável que a demanda tende a ser cada vez maior e precisaremos também nós produtores sempre produzir mais e mais para garantir este abastecimento. Porém este crescimento poderá não ser constante, e ciclos com mais oferta que procura poderá vir e baixar os preços.