
Porque cerca 70% d desastres NATURAIS ocorrem no S, SE e CO?
Resumo -
Tal artigo curto (04 pg.) procura abordar, cientificamente com muitos dados, os principais motivos mais situações culturais e/ou politicas e, sobretudo, as muitas inações históricas que levaram a que a maior parte dos desastres naturais do Brasil já seja nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, exatamente as mais ricas e mais desenvolvidas economicamente do País (não socioambientalmente). Inicialmente, procura bem separar o que seja “Desastres Naturais” dos “Desastres Ambientais/Ecológicos” e dos “Desastres Antrópicos”, ou seja, daqueles por atuações/não-atuações humanas.
Também, o artigo mostra e enumera as crescentes e severas degradações socioambientais mais florestais e hídricas naquelas macro regiões, boa parte para reconversões de tais áreas originais em projetos agropecuários (a maioria ainda ilegais se/ou que não querem se legalizar rápido, até talvez preferindo vender e migrar para locais menos exigentes) e/ou pelos crescimentos desordenados e altamente destrutivos e desastrosos das suas principais cidades mais de várias industrias ainda muito poluentes mais de muitas minerações degradantes e operando quase que livremente etc...
A seguir, faz 10 abordagens sugestivas, embora conceituais, culturais etc. dos possíveis motivos que levam a boa parte das populações de tais regiões (mais dos seus principais governantes, tradings, multis de máquina/sementes/fertilizantes/agroquímicos etc.., grandes cooperativas, produtores rurais empresariais e até familiares, demais agentes e operadores, empregados etc..) a quase que rejeitarem tais mudanças socioambientais fundamentais de “pensar” e já com muitas obras e ações atrasadas, que lhes socorram e que reduzam ou que impeçam tais ampliações e tais desastres, mortes e prejuízos, boa parte já anunciados e até cíclicos.
Finalizando, discorro sobre o que já foi feito de real para amenizar e/ou resolver os graves desastres com muitas mortes de humanos/animais//biotas mais dos gigantes prejuízos ocasionados, como nos recentes desastres socioambientais gigantes – bem anunciados e até cíclicos - ocorridos no RS mais nas encostas e regiões praianas do SC, SP e RJ (ou seja, bem mais concentradas nas regiões Sul e Sudeste), todas ocorrendo até como se fossem colheitas de muitos e seguidos erros coletivos bem anteriores e em todos os Estados e/ou da macro região e/ou dos maus resultados de inações anteriores e fundamentais. Perguntam-se no caso especifico do RS: Porque as obras previstas no PAC Federal de 2012 para tanto, quase que não foram implementadas? E quais são os destinos previstos e quais serão os tempos de implementações e, sobretudo, o que já foi feito com os elevadíssimos valores de R$ 6,5 bilhões (até muito prejudicando muito outros estados até bem mais pobres e necessitados) até agora já destinados para o Estado gaúcho mitigar/reduzir/solucionar tais desastres – que se sabe que regressarão e até piores - pelo novo PAC Federal desde 2024? E quais são os valores também já destinados pelos Municípios afetados mais pelo Governo Estadual para tanto?
Artigo Curto -
Infelizmente, embora no Brasil ainda não haja uma clara e confiável definição sobre o que seja “desastres NATURAIS”, muitos cientistas e professores já entendem que são aqueles com muitos e muitos prejuízos inesperados e causados apenas por ações/reações imensas da natureza, ou seja, que não incluem os desastres causados por ações humanas e/ou empresariais (ou seja, antrópicos, previsíveis e controláveis pelas Leis e/ou boas ações preventivas). Também não se incluem neles os muitos prejuízos decorrentes de atuações de fenômenos climáticos cíclicos, repetitivos e/ou já esperados (boa parte contornáveis/amenizáveis), como são as seguidas secas anuais e em muitas cidades do nosso Nordeste e que, a cada ano, por razões políticas e/ou orçamentarias, seus Prefeitos e Câmaras os decretam como sendo os tais “estado de calamidade pública”.
De forma a bem diferenciá-los, também temos: "Desastres ambientais” são eventos desencadeados no meio natural, ou que afetam elementos da natureza, e que apresentam efeitos negativos para os seres humanos. Já Os “desastres ecológicos” (ou “ambientais” como são também, chamados), são causados principalmente pela ação antrópica (por humanos), seja ela atrelada à exploração intensiva dos recursos naturais e/ou à alteração dos meios e/ou das atividades industriais delas decorrentes".
Outros insistem que “desastres naturais” são eventos que ocorrem no meio ambiente, sem interferência humana (ou seja, não são os “desastres ecológicos” acima), e que causam danos ao meio ambiente, à vida animal e humana.
Como características comuns, temos como sendo “Desastres Naturais”: 1) São fenômenos naturais de grande intensidade; 2) Representam o ciclo natural da Terra; 3) Podem ser imprevisíveis, mesmo com o avanço da tecnologia. Os principais exemplos admitidos pela maioria – desde que “não antrópicos” e que sejam “surpresos/repentinos”, ou seja, não previsíveis, não cíclicos, não anunciados e/ou não contornáveis/não-atenuáveis/não-usáveis como desculpas etc. - são: a) Enchentes/inundações; b) Secas; c) Incêndios florestais; d) Tempestades; e) Afundamento e colapsos; f) Ciclones, furacões ou tufões; g) Deslizamento ou escorregamento de terra; h) Tornados.
Seus principais Impactos locais/microrregionais/regionais são: 1) Destruição da biodiversidade; 2) Comprometimento da saúde e da estabilidade econômica das comunidades afetadas; 3) Ações que intensificam desastres naturais por Desmatamento, 4) idem por Mineração; 5) Idem para Mudanças climáticas; 6) Idem, Aquecimento global; 7) Degradação ambiental.
Cientificamente/educacionalmente, outros classificam os desastres naturais como: a) Geológicos; b) Hidrológicos; c) Meteorológicos; d) Climatológicos; e) Biológicos.
Veja mais sobre "Desastres ambientais" em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/desastres-ambientais.htm
Com isto bem conhecido, já podemos voltar ao cerne deste artigo curto.
Até 2022, os 10 maiores desastres naturais (ou seja, inesperados e/ou de cunhos não cíclicos/não esperados; não ambientais/não ecológicos e não antrópicos) do Brasil foram: 1) Região Serrana do RJ em 2011, ou seja, na Região Sudeste do Pais; 2) Caraguatatuba SP – 1967 - Região Sudeste; 3) Petrópolis RJ, 2022 - Região Sudeste ; 4) Rio de Janeiro - RJ, 1967 - Região Sudeste; 5) Recife - PE, 1966 - Região Nordeste; 6) Niterói - RJ, 2010 - Região Sudeste; 7) Santa Catarina - SC, 2008 - Região Sul; 8) Pernambuco - PE, 2022 - Região Nordeste.
Em levantamentos em longos prazos, pode-se dizer que, infelizmente, apenas 02 Estados – o RJ mais o RS - concentram a maior parte desses desastres naturais do Brasil (talvez a maior parte não pelas suas localizações, mas, talvez, por INAÇÕES OPERACIONAIS HISTÓRICAS E ATÉ POR NÃO MUDANÇAS CULTURAIS e/ou pelos motivos que questiono ao final e que precisariam serem muito bem levantados local/estadualmente).
Por outro lado, os Estados com menos desastres naturais ocorridos até 2023 também ficam nas regiões - não inundáveis e longe de montanhas e de áreas incendiárias/florestais de riscos - do Centro-Oeste mais do Sul e são: 1) Distrito Federal (0,1% do total); 2); Goiás (0,2% do total); 3) Mato Grosso (0,3%) e 4) Paraná (1,0% do total).
Entre 2013 e 2022, os desastres naturais como tempestades, inundações, enxurradas e alagamentos atingiram 5.199 municípios brasileiros, o que representou 93% do total de 5.570. Nesses casos, os seus Prefeitos tiveram de fazer registros de emergência ou também declararem estado de calamidade pública. Esses desastres afetaram a vida de mais de 4,2 milhões de pessoas, que tiveram de abandonar as próprias casas. Os dados são da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O estudo indica que mais de 2,2 milhões de moradias foram danificadas em 4.334 municípios (78% do total do País), sendo que 107.413 foram totalmente destruídas.
No período de 10 anos que o estudo cobre, 2022 foi o ano que teve os piores números. Foram contabilizadas 371.172 moradias danificadas ou destruídas. Antes, 2015 tinha os resultados mais negativos e com 325.445 moradias. Quando se consideram os prejuízos financeiros, os anos de 2020 a 2022 juntos representam 70,0% do total de perdas, ou R$ 18,3 bilhões.
Tal diagnóstico pela CNM também defende que os impactos sociais e econômicos até 2022 poderiam ter sido menores se tivessem sido criadas políticas de gestão urbana, habitação e prevenção do risco de desastres. O órgão diz que o investimento federal nesses últimos dez anos foi muito baixo na área de proteção e defesa civil. E que houve queda brusca de novos contratos habitacionais por meio de programas como o Minha Casa, Minha Vida. Contudo, para muitos analistas, consultores especializados e críticos de renome e de mercado, podem ser tais dados da CNM talvez pouco confiáveis pois, historicamente, quase sempre, tal CNM nunca admite e/ou condena os erros claros e mesmo que comprovados/repetitivos e até históricos de seus muitos municípios até patrocinadores, e isto, mesmo que sejam muitos comprovados, mas sempre põem todas as culpas no Governo Federal, qualquer que seja ele.
Em termos florestais (fundamentais para as vidas humanas/animais/biotas, mesmo que ainda com certas capturas anuais, muito lentas e minimas, mas de Co2 por arvores, embora com a maioria sendo apenas belas, idosas e altissimas – vide meus demais artigos comparativos acerca entre as capturas de co2 real em kg/hectare/ano por belas arvores centenárias “versus” por novas especies florestais de crescimentos rapidissimos (até 7 metros de altura aos 3 anos) e de usos socioencomicos ideias mais de milho anual= 02 safras para etanol/DDGS, este com 04 resultados ambientais somados e fantasticos) “em 2023 ainda restavam apenas 24,0% das florestas que existiam originalmente no Brasil, sendo que apenas 12,4% são florestas maduras e bem preservadas”.
Em termos de preservação e de destruição florestal e vegetal, “a percentagem de preservação florestal nos biomas brasileiros varia de acordo com o bioma e a região. No bioma Mata Atlântica, apenas 24,0% da floresta original resta. A Mata Atlântica é a floresta mais devastada do Brasil. O bioma Cerrado mais o bioma Amazônia respondem, somados, por 82,0% do desmatamento total do Brasil. Estimou-se que aproximadamente 95,0% de todo o desmatamento na Amazônia e de conversão nos Cerrados sejam ilegais”.
Verdade é que APENAS “entre 2000 e 2018 os biomas terrestres brasileiros perderam cerca de 500 mil km² de sua cobertura natural. Todos os biomas brasileiros tiveram saldo negativo, mas a tendência nacional foi de diminuição da magnitude ao longo dos anos, com exceção do Pampa e do Pantanal”.
Em números absolutos, a maior perda neste período aconteceu no bioma Amazônia (269,8 mil km²), seguido pelo Cerrado (152,7 mil km²), mas, em termos percentuais, o Pampa foi o que mais perdeu área natural, -16,8%. A cobertura florestal representava 81,9% da área total da Amazônia em 2000, proporção que reduziu para 75,7% em 2018. Essa área foi substituída, principalmente, por áreas de pastagem com manejo e que passaram de 248,8 mil km² para 426,4 mil km² nesse período.
Entre 2000 e 2018, “o Pantanal teve as menores perdas em área (-2,1 mil km²) e em percentual (-1,6%), mas desde 2010, cerca de 60% das mudanças foram de áreas naturais campestres para pastagem com manejo. A Mata Atlântica, que sofre a ocupação mais antiga e intensa, conservava apenas 16,6% de suas áreas naturais, em 2018, o menor percentual entre os biomas”.
No Pantanal, 60,0% das mudanças desde 2010 foram em áreas nativas que deram lugar a pastagens
A pesquisa mostrou também que em 2018 o Pantanal tinha 87,5% de seu território com cobertura natural (vegetações florestal e campestre e área úmida) e que ele teve as menores perdas em área (-2,1 mil km²) e percentual (-1,6%) de 2000 a 2018. Já entre 2016 e 2018, 75,3% das alterações tiveram o nível mais acentuado, de acordo com indicador de intensidade de mudanças utilizada na pesquisa, que avalia o grau de modificação no uso da terra.
“Dentre as áreas com alterações por ação humana (antrópicas) a partir de 2010 no Pantanal, a maioria (59,9%) correspondia a conversões de áreas naturais para pastagem com manejo. “É uma conversão típica do bioma: o pasto nativo vai sendo substituído por uma pastagem com inserção de técnicas e tecnologias agropecuárias”.
Vide mais dados em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/28944-ibge-retrata-cobertura-natural-dos-biomas-do-pais-de-2000-a-2018
Em 2023, “o bioma Cerrado superou o bioma Amazônia como o bioma mais devastado do Brasil, representando 61,0% do desmatamento total e a diminuição do desmatamento era uma das principais ações para proteger esses e outros biomas brasileiros das mudanças climáticas. As informações foram apresentadas durante audiência pública da Subcomissão Temporária para Análise do Mercado de Ativos Ambientais (CMAATIVOS). Segundo importante Consultora em seu depoimento: “nosso último dado aponta que, considerando o Cerrado como um todo, a gente já tem uma perda de mais de 50,0% da vegetação, e com isso ocorre a elevada redução hídrica mais os problemas climáticos que estamos vivenciando e a perda de biodiversidade. (...ao meu ver, que também leva a elevada seca das suas florestas preservadas mais de suas pastagens mau preservadas/quase que abandonadas e com tudo somando e propiciando incentivos aos gigantescos incêndios florestais, quase que anunciados e cíclicos/anuais). O quanto que a gente perdeu ao longo dessas décadas, é um ritmo muito acelerado. Ela acrescentou que a maior forma de desmatamento do Cerrado tem sido para formação de pastagens, chegando a aproximadamente 77 milhões de hectares de pastos e, MAIS, com aproximadamente, 23 milhões de hectares de agricultura”. “A principal causa do desmatamento está ligada à ação antrópica, ou seja, à atuação do ser humano no processo de remoção da vegetação. Desse modo, o desmatamento, na maior parte das áreas florestadas, é causado diretamente pelas atividades produtivas desenvolvidas pelo ser humano em sua totalidade” - Fonte: Agência Senado.
Adicionalmente, outro fator que bem demonstra as elevadas degradações em alguns biomas do País (sobretudo nos cerrados e no pampa) são as quedas rápidas das qualidades das águas para usos humanos, animais e agrícolas, embora já em recuperações mínimas em alguns.
No Brasil, “a água está em grande parte no Norte, Centro-Oeste e Sudeste, mas não há água em abundância em regiões metropolitanas. Em 2023, o bioma Cerrado teve recorde de superfície de água, mas a maioria fica em reservatórios e não nos rios. O bioma Pantanal foi o que mais secou desde 1985. Em 2023, o bioma Amazônia sofreu com uma seca extrema. Em 2023, o bioma Pampa teve superfície de água 40% menor que a média histórica.
Os 100 maiores rios do Brasil, constam da listagem do link a seguir: https://pt.wikipedia.org/wiki/Listas_de_rios_do_Brasil . Segundo a ONG WWF Brasil, o bioma cerrado concentra grande parte das nascentes de importantes rios brasileiros. Seus domínios florestais abastecem, portanto, a maior parte dos rios do Brasil. Cerca de 90% da energia consumida no Brasil já provém da produção de rios cujas águas nascem nos cerrados.
Em 2015, no Brasil, segundo o levantamento abaixo pelo IBGE, 02 biomas tinham as menores ofertas de águas de qualidade para atender as suas demandas totais, exatamente, os biomas caatinga e dos pampas. Somando os quesitos qualitativos levantados de disponibilidades como “muito crítico” mais como “crítico” mais como “preocupante”, cerca de 70% das águas do bioma caatinga não atendiam as qualidades necessária para atender suas demandas e idem 60,0% do bioma pampa (vide gráfico 06 do diagnostico a seguir). Destaque-se que, historicamente, as baixas qualidades do bioma caatinga são bem conhecidas (mais por ações e devastações humanas/antrópicas/mínimos saneamentos básicos), e quase não agrícolas, mas que também melhoram.
Acerca vide bem mais no link a seguir: “Estudo experimental avalia condição da água nos biomas brasileiros” em https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/30540-estudo-experimental-avalia-condicao-da-agua-nos-biomas-brasileiros
“Uma análise feita nos rios brasileiros pela organização não governamental SOS Mata Atlântica mostrou que, nos 130 pontos monitorados no ciclo de 2020 a 2021, 95 deles (73,1%) apresentaram qualidade regular da água. Em 22 (16,9%) a qualidade era considerada ruim e 13 (10%) estavam em boas condições. Não haviam pontos com qualidade de água ótima ou péssima. Em 2023, 60% dos rios da Mata Atlântica não tinham água boa”
No final de 2024, pesquisa revelada pela SOS Mata Atlântica em 111 rios brasileiros mostrou que 23% tinham água com qualidade ruim ou péssima.
“Os principais problemas detectados nos levantamentos hídricos foram: 1) Poluição por esgotos domésticos não tratados; 2) Poluição industrial; 3) Poluição agrícola; 4) Despejo de lixo nos rios e lagos; 5) Micro poluentes e agentes químicos; 6) Microrganismos causadores de doenças; 7) Presenças de Metais pesados (e de microplásticos em excessos); 8) Compostos orgânicos presentes em pesticidas”.
Em 2023, por outro lado, “em média, ainda 33 milhões de pessoas não tinham acesso à água de qualidade no Brasil. Ou seja, apenas 84,9% da população era abastecida com água potável”. Segundo o levantamento, dos municípios analisados, apenas 22 tinham 100% de abastecimento adequado de água”.
Assim, como sugestão construtiva e ao meu humilde ver, SMJ, entendo que as Universidades Federais, Entidades e os Governos locais de todos os Estados das 03 regiões citadas (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) - mesmo que preventivamente - deveriam fazer AGORA (durante os fatos de nada valem) os seguintes levantamentos para bem delinearem todas as razoes das muitas ocorrências de tantos desastres, bem separando todas as ações antrópicas das ações naturais e das ambientais/ecológicas.
Afinal, tais desastres ambientais - até anunciados/cíclicos - nos municípios/micro regiões das 03 regiões macro talvez até podem ocorrerem bem mais por:
1) Talvez porque ainda muitos de seus habitantes ainda tenham fortes heranças devastadoras e até culturais/históricas provindas de seus ascendentes europeus;
2) Por tais regiões macro deterem os melhores e mais férteis solos do país, o que leva a bem menos preocupações dos seus habitantes/exploradores com custos para suas adequadas manutenções/renovações para seus futuros familiares? (assim, bem obedecendo e talvez utilizando somente os conceitos familiares errôneos e culturais herdados/continuados/aprendidos/ensinados de: abro as florestas/campos; uso mais que intensivamente; colho; vendo/entrego barato até me deixando tapear; enriqueço um pouco mesmo que somente ficando com 10%-20% dos lucros brutos finais e ainda assumindo todos os riscos, inclusive patrimoniais, bancários, climáticos, doenças etc.; crio meus filhos e netos o melhor possível, mas não bem os obrigo/educo ambientalmente; revendo bem mais caro do que comprei; migro com toda a família agora comprando tudo bem mais barato em novas regiões bem mais distantes; até triplico o patrimônios familiar e reinicio tudo, talvez até as devastações);
3) Por tais regiões macro ainda terem bons climas entre médios e bons (nem tão intensos, nem surpresos, exceto alguns as vezes importados de países vizinhos), inclusive para cultivos de invernos (há locais abençoados, como na Serra Gaúcha, em que se pode instalar até 04 cultivos sucessivos de grãos mais de hortifrutis na mesma área/ano), o que sempre leva a certas acomodações/maiores rendas - como no item anterior -, inclusive provoca muitas rejeições as mudanças – fundamentais, conservadoras/mantenedoras -, mas com aquelas também sendo consideradas apenas como fortes ampliadoras de custos;
4) Por tais regiões macro deterem as melhores topografias planas e/ou apenas um pouco inclinadas do país e sem montanhas elevadas, que ampliam muito os custos, sobretudo de construções de rodovias (de R$ 5,0 a R$ 10,0 milhões/km), ferrovias (de R$ 18,0 a R$ 21,0 milhões/km) etc., o que também leva a certas acomodações para mudanças - como no item 2 anterior -, mesmo que fundamentais, conservadoras/mantenedoras -, mas também com tais mudanças fundamentais também sendo fortes ampliadoras de custos;
5) Por tais regiões já terem as melhores infraestruturas do País (o que também acomoda muito, sobretudo os eleitores dos políticos governantes envolvidos e que passam a não mais cobrá-los), embora com pouquíssimas barragens contenedoras e com um mínimo de PCH geradoras mesmo com altíssimos potenciais, o que as tornam muito dependentes das gerações hidro pelos demais estados - Vide mais detalhes no último item;
6) Por terem tais regiões macro a mais culta, mais abundante e a melhor treinada mão-de-obra do país atual, o que pode levar a péssima situação de auto-suficiência cultural e, pior, até de elevadas exigências por eles, como as descritas no item 2 acima (até para, erroneamente, formar-se/incentivar-se - até inocentemente (será?) - a tal e já famosa “Geração Z” e/ou a dos jovens da geração dos “nem-nem-nem-nem”) - mais de criar-se muitas situações do tipo: “já sei de tudo” mais de “não precisamos de ajudas” mais de “culpas totais são somente dos Governos Federal e Estaduais etc., enquanto, talvez , até com muitos municípios ainda somente praticando muito mais a necessidade política básica de “o povo somente gosta mesmo é de Pão e Circo” e de “nunca implantar obras solucionadoras, e fundamentais, sobretudo se escondidas” (do tipo: “sarnas para boi coçar”);
7) Talvez pelas famílias de tais regiões macro ainda terem fortes ambições e/ou despreparos agrários familiares ou coletivos e tudo para construírem um novo tipo de reforma agrária familiar legal em que sempre se quer comprar bem mais terras para abrir e depois mau cultivar; depois quase que abandonar e deixar assorear e devastar: depois vender e já até quintuplicando os patrimônios para novamente comprar em nome dos filhos na chamada Nova Fronteira das demais regiões e tudo para novamente repetir até para derreter - vide mais no item 9 a seguir;
8) Por terem tais regiões macro fortes e elevados retornos rápidos de cultivos bem mais exportáveis, o que atrai muitas tradings e multis de máquinas, sementes, agroquímicos, fertilizantes etc. boa parte, possivelmente, até grandes destruidoras e, talvez, não mais aceitas, livre e descontroladamente, em seus países de origens, mas somente no Brasil, África e alguns poucos outros Países;
9) Por terem tai regiões macro os maiores povoamentos do Brasil, ou seja, com os Estados com bem maiores populações ante os demais, e assim, com números bem maiores de favelas (em ampliações constantes no País, infelizmente); de esgotos ao céu aberto; de não saneamentos básicos com esgotos a céu aberto, presenças de animais da fauna e de urubus nas pouquíssimas lixeiras e mais de muitos maus cheiros etc. e com muitas necessidades de obras viárias constantes e caras etc. Também são elas que produzem os maiores volumes de lixo bruto do país, a maior parte sendo de lixo orgânico, altamente poluidoras e de caros transportes e de destinações adequadas. Aqui, até incrivelmente, indaga-se como bem inocentes mais bem maiores demandas por papelão e papelão - em tais cidades - podem ser altamente danosas/insustentáveis, pois, aqueles descartes/sobras/lixos secos quando em contato com o ar mais com o lixo orgânico transformam-se em muitas buchas/tampões – criminosas e insustentáveis ambientalmente segundo a enciclopédia Wikipedia - e que muito entopem os esgotos, redes, córregos, rios etc.
10) Por, talvez, os jovens, estudantes, professores, pesquisadores e governantes de tais regiões macro ainda terem um certo comodismo/lentidão de pensar-agir, até cultural e./ou egoísta (talvez até do tipo: “já nasci e vou continuar no paraíso”) e que quase impedem a alguns de investigarem, de proporem, de projetarem e, principalmente, de implantarem ações locais/estaduais - sobretudo com recurso próprios e não federais - que realmente resolvam seus problemas de degradações continuadas e, assim, também solucionadoras de seus desastres naturais? Por exemplo: passados mais de 01 ano das muitas mortes humanas/animais e prejuízos gigantes com a tragedia - bem anunciada antes e até recorrente - por inundações de áreas gigantes no RS, o que já foi feito, de real, para reduzi-las/controlá-las a tempo (pois, claramente, cíclicas), sobretudo, em termos de construções rápidas de médias a grandes barragens protetoras ou de dezenas de novas PCH (como já bem faz SC) mais de canais de escoamentos, de novas e maiores comportas e de grandes reflorestamentos das margens dos rios, lagos, rodovias, avenidas e ruas? Idem quanto as fundamentais proteções das encostas dos morros nas principais cidades praianas e/ou com áreas sujeitas a deslizamentos (também claramente, cíclicos e anunciados) de SC, SP e de RJ?” “No caso do RS, levantamento do JN à época mostrou que projetos já aprovados há mais de 10 anos (ainda em 2012) poderiam ter minimizado impactos da enchente no RS. Eles tinham o objetivo de evitar enxurradas e alagamentos na Grande Porto Alegre - uma das áreas mais afetadas pela cheia. Incluídos no PAC, projetos tiveram aprovação do governo federal, mas ficaram parados ou mal andaram, infelizmente”. Será que agora já voltaram a andar, vez que no novo PAC do Governo Federal já foram destinados mais de R$ 350 milhões para tanto no RS. “Ao todo, somente o RS receberá R$ 6,5 bilhões do governo federal para obras de contenção de cheias, sobretudo em bons projetos para barragens contenedoras mais estações de bombeamentos mais para drenagem urbana, construção de diques e macrodrenagem?” Vide mais acerca em: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/05/20/levantamento-do-jn-mostra-que-projetos-aprovados-ha-mais-de-10-anos-poderiam-ter-minimizado-impactos-da-enchente-no-rs.ghtml
FIM
Prof. Climaco Cezar de Souza – e-mail: [email protected]
Viva Melhor Ambiental ltda - Brasília - DF e Porto Seguro -BA em 28 de fevereiro de 2025