Programação teve como destaque o lançamento da Análise das Ocorrências Aeronáutica na Aviação Agrícola Brasileiras, em uma série de palestras neste primeiro mês do Ano da Segurança na Aviação Agrícola
Um mergulho nas estatísticas (incluindo fatores e tipos de ocorrências de acidentes aeronáuticos) e o reforço nas ações de prevenção na aviação agrícola encerraram, na sexta-feira (24), a Semana de Proteção a Vidas e Safras. Com o diretor-operacional do Sindag, Cláudio Júnior Oliveira, apresentando em primeira mão o estudo Análise das Ocorrências Aeronáuticas na Aviação Agrícola Brasileira. Seguido da palestra Prevenção : voar e viver, essa é a ideia, do suboficial da Reserva do Comando da Aeronáutica Milton Cardoso de Lima – integrante da Seção de Prevenção do Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa V), em Canoas/RS. Que, por sua vez, apresentou casos de acidentes e de riscos de acidentes, ilustrando de forma didática diversos aspectos que devem ser observados para uma operação segura.
A promoção, do Sindag e do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag), marcou o primeiro mês de um 2025 definido pelas entidades do setor como o Ano da Segurança na Aviação Agrícola. Para isso, desde a terça-feira (21) os internautas tiveram quatro encontros abordando também os temas Cultura organizacional voltada para à segurança (com o piloto e empresário Silvio Kempfer), Fatores humanos e seus impactos na segurança (com o psicólogo clínico Renan Wendrel) e Segurança Operacional na Aviação Agrícola, com o especialista em regulação da Anac Alexandre Endres.
OCORRÊNCIAS
O estudo elaborado e apresentado por Oliveira se debruça sobre as ocorrências aeronáuticas no Brasil entre 2020 e 2024, traçando um paralelo entre a aviação geral e a aviação agrícola. Conforme o levantamento feito junto ao Painel Sipaer, as ocorrências (incidentes, incidentes graves e acidentes) foram de 510 em 2020 para 2.669 ocorrências em 2024 (alta de ) na aviação geral. Enquanto especificamente na aviação agrícolas foram e na aviação geral o índice ficou entre 69 e 76 ocorrências nos mesmos cinco anos.
Já no quesito específico de acidente, foram 144 casos na aviação geral em 2020 e 175 no ano passado, ao passo que na aviação agrícola foram 40 e 56 casos, respectivamente, nos dois anos (em ambos os casos com oscilações no período intermediário). Onde, percentualmente, a agrícola tem se mantido na faixa perto dos 30% do total de acidentes na aviação geral, enquanto atualmente tem 5,2% das fatalidades.
O levantamento também aborda as fases de voo em que aconteceram os acidentes, além dos fatores contribuintes para cada ocorrência. Bem como estatísticas por Estado, tipo de aeronave e as ações das entidades aeroagrícolas para reforçar a segurança no setor – inclusive alguns dos próximos passos no Ano da Segurança na Aviação Agrícola.
