CI

Macauba-SAF são Ouros Verdes? - Macauba-SAF are Green Golds?



Climaco Cezar de Souza

Macauba-SAF são Ouros Verdes? - Macauba-SAF are Green Golds?

A nossa possível Fantástica palmeira Macauba para limpar SAF + biodiesel Marítimo Mundial - “About how our possible fantastic Macauba Palm tree can clean world SAF + Marine biodiesel”

Português -

Como pode uma palmeira típica do cerrado brasileiro mais de áreas secas das nossas caatingas e/ou de áreas com pastagens já degradadas (coqueiro Macaúba) ter custo bruto estimado de produção 70% menor e, além disso, produzir até 10 vezes mais óleo bruto por hectare/ano do que a nossa famosa SOJA – também já muito rentável – e isto seguidamente, sem precisar de replantios e por 20 até 50 anos?

Algumas observações técnicas-econômicas e socioambientais importantes:

1) Entre as nossas plantas, consideradas como semiperenes, no eucalipto e nos pinus há a necessária derrubada total das arvores de 07 aos 09 anos (o que muito amplia seus custos e reduz muito os lucros); na laranja industrial, a vida útil chega a 20 anos e na cana-de-açúcar para etanol e/ou produção de açúcar haverá um corte final até os 06 anos etc.;

2) Estes cultivos semiperenes foram os escolhidos para se comparar com os de Macauba, pois todos são bem mais cultivados nas formas incentivadas e mais seguras de Projetos de Fomento Florestal/Agrícola, em que os produtores rurais cedem/entram com suas terras pelo prazo mínimo necessário e contratado (mesmo que de pastagens já degradadas, ou seja, já pouco uteis e/ou em nada mais rentáveis, como será o caso da nossas macaúbas dos cerrados, campos e caatingas) e para ficarem com 12% a 15% das rendas liquidas finais anuais de cada cultivo, conforme os resultados produtivos e temporais de cada lote entregue; e as agroindustriais/investidores bancam todas as fases de aberturas/reaberturas de áreas, plantios, cultivos, colheitas, processamentos e vendas finais para ficarem com até 88% das rendas liquidas anuais; 

3) A Macauba é muito menos exigente em termos climáticos do que a Palma/Dendê - talvez sendo este o cultivo mais semelhante ao da Macauba no Mundo -, sendo o óleo de palma o mais produzido e o mais consumido por humanos no Mundo, mas o cultivo é muito exigente em chuvas, o que restringe seus cultivos no Brasil somente as áreas da Floresta Amazônica (sudoeste do Pará) mais da Mata Atlântica (sudeste da Bahia), ou seja, estas bem próximas também da refinaria gigante de petróleo da ACELEN em Mataripe – BA, sendo que o lado dela já está sendo erguida uma grande biorefinaria para processar Macauba e outras fontes de óleo, inclusive de soja. O dendê exige precipitação entre 1.800 a 2.500 mm por m2/ano (cada 01 milímetro de chuva equivale a 1,0 litro de água por 1,0 m2 = metro quadrado de área), bem distribuídos, considerando-se 120 mm/m2 como o limite de precipitação mensal mínima recomendável. Baixas precipitações ou períodos superiores a dois meses sem chuva afetam muito acentuadamente a emissão foliar e, assim, o número de cachos e o peso médio do cacho. Cada 100 mm/m2 de déficit hídrico corresponde a uma queda na produção de cerca de 2,0 t./ha/ ano de cacho. Também o cultivo de dendê para ótima produção necessita de 1.500 a 2.000 horas de luz constantes por ano. Também o dendê é muito sensível a 04 grandes grupos de doenças, em especial a “fusariose”, e com custos de controles elevados e que já dizimou milhares de hectares na Bahia. Para a EMBRAPA, a Macauba é bem mais resistente as doenças e bem mais adaptável rapidamente as nossas diversas regiões e situações de todo o Brasil, mesmo que em terrenos declivosos. Para eles, a Macaúba já tem ampla adaptação as regiões dos Cerrados e do Pantanal brasileiros e com a tecnologia atualmente já muito disponível para tanto. Também pode ser muito encontrada em maciços de ocorrência natural nas áreas supramencionadas. Também, a Macaúba domesticada até já bate a palma em produtividade média, pois a produção de óleo de palma, hoje, está na faixa de 3,5 mil a 4,0 mil kg/hectare/ano, enquanto as macaúbas ainda não-domesticadas já produzem de 4,0 mil a 5,0 mil kg/hectare/ano de óleo e isto por até 50 anos. 

Vide mais dados sobre as competitividade e tecnologias de produções do SAF aeronáutico mais do biodiesel marítimo, ambos a partir de óleo de Macauba em português em: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/967159/1/DissertacaoCrissia.pdf  MAIS em meus artigos recentes em português em https://www.agrolink.com.br/colunistas/coluna/macauba--saf--limpara-aereo-e-pode-substituir-60--eucaliptos_498205.html MAIS em inglês em: https://www.researchgate.net/publication/388526699_The_Brazil_Macauba_Coconut_2024_Miracle_-_7_times_more_oil_than_soybean_in_hectare-year_all_for_new_SAF_aviation_susteinable_fuel MAIS em inglês em https://www.linkedin.com/pulse/mubadala-acelen-make-great-masterstroke-saf-macauba-record-cezar-7nz8f

Vide também no link a seguir em que  o grupo árabe MUBADALA/ACELEN RENOVÁVEIS (Emirados árabes + Refinaria gigante de petróleo em Mataripe - BA) recente se uniu com a EMBRAPA numa estação de pesquisas e gigante produção de mudas de Macaúbas em Montes Claros - MG, onde investirá, inicialmente, Us $ 3,0 bilhões para recuperar 100 mil hectares de pastagens degradadas (com planos de atingir 1,0 milhão de hectares em diversos áreas de Estados mais pertos da sua Refinaria) e com cultivos de Macaúbas (com esta, sendo, possivelmente, até 3 vezes mais lucrativa e 4 vezes mais sustentável do que eucalipto e até 5 vezes mais do que com pinus, considerando todos os benefícios/custos socioambientais e temporais para se recuperar as já muito denunciadas devastações de tais cultivos (eucaliptos/pinus), tanto que a Rede Mundial BBC as apelidou no Brasil como sendo “Desertos Verdes” - vide mais dados em português em:  https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxeev8l3mpko.). Já para a mesma BBC Brasil, a Macauba é “A palmeira que desponta como novo 'Ouro Verde' do Brasil” - Vide em português: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39788968

Ao final, todos os resultados dos refinos serão exportados na forma do ainda raro SAF – “Susteinable Aviaton Fuel = “Combustível Aeronáutico Sustentável”, já uma exigência aeronáutica de muitas empresas e de muitos países, em especial dos europeus, e para substituir até 100% do atual querosene de aviação, altamente poluente, e/ou do super biodiesel marítimo, ainda com demanda iniciante, mas também cm expectativas de demandas futuras também gigantescas. Vide mais dados em português no link: https://investnews.com.br/negocios/sem-solucao-para-embate-com-petrobras-mataripe-mantem-investimento-bilionario-e-futuro-em-aberto/ .

Também, em dezembro/2024, a gigante mundial BASF e a brasileira INOCAS S.A. (“Innovative Oil and Carbon Solutions”) assinaram Acordo estratégico para desenvolvimento sustentável de óleo de macaúba no Brasil em longo prazo. Consta que, “desde 2015, a INOCAS desenvolveu, implementou e refinou um modelo inovador para cultivar árvores de macaúba em pastagens degradadas e para melhorar a qualidade do solo e a produtividade. Assim, a INOCAS pretende plantar pelo menos 50 mil hectares de macaúba em parceria com pequenos agricultores até 2030. “Este sistema apoia a agricultura regenerativa combinando silvicultura e pecuária sem uma mudança adicional no uso da terra. As parcerias agrícolas com pequenos agricultores visam melhorar os meios de subsistência de suas famílias”. “A BASF usará o óleo de semente de macaúba da INOCAS em seu portfólio de cuidados pessoais e domésticos no Brasil e na Europa”

 

English -

How can a palm tree typical of the Brazilian savannah, or of OUR dry areas or of our caatingas and/or areas with degraded pastures (the Macaúba coconut tree), have an estimated gross production cost 70% lower and, in addition, produce up to 10 times more crude oil per hectare/year than our famous SOY – also very profitable – and this continuously, without needing replanting and for 20 to 50 years? 

Some important technical-economic and socio-environmental observations: 

1) Among our plants, considered semi-perennial, as our eucalyptus and pine, with the trees must be completely felled when they are 7 to 9 years old (which greatly increases their costs and greatly reduces profits); and/or our industrial oranges, with the useful life reaches 20 years and in our sugarcane for ethanol and/or for sugar production there will be a final cut at 6 years old, etc.; 

2) These semi-perennial crops were chosen to be compared with those of Macauba because also they are all cultivated in the more incentivized and safer forms of Forestry/Agricultural Development Projects, in which rural producers puts/enter their lands for the minimum necessary and contracted cultures period (even if they are already degraded pastures, that is, no longer useful and/or no longer profitable, as is the case with our macaúbas in the our savannahs more our old pasture/cultures fields and our caatingas) and to keep 12% to 15% of the final annual net income from each crop, according to the productive and temporal results of each lot delivered; and the agro-industrial companies/investors pay for all phases of opening/reopening areas, planting, cultivation, harvesting, processing and final sales to keep up to 88% of the annual net proved incomes in hectare/year or in hectare/crop; 

3) Our Macauba palm tree is much less demanding in terms of climate requirements than Palm Oil - perhaps the latter being the crop most similar to Macauba in the world -, with palm oil being the most produced and most consumed by humans in the world, but the crop is very demanding in terms of rainfall, which restricts its cultivation in Brazil to areas of the Amazon Rainforest (southwest of Pará State) and the Atlantic Rainforest (southeast of Bahia State), that is, these very close to the giant ACELEN oil refinery in Mataripe City – BA state, and next to it a large biorefinery is already being built to process Macauba and other sources of oil, including soybeans. Palm oil requires precipitation between 1,800 and 2,500 mm per m2/year (each 0.1 millimeter of rain is equivalent to 1.0 liter of water per 1.0 m2 = square meter of area), well distributed, considering 120 mm/m2 as the recommended minimum monthly precipitation limit. Low rainfall or periods of more than two months without rain have a very significant effect on leaf emission and, therefore, on the number of bunches and the average weight of the bunch. Each 100 mm/m2 of water deficit corresponds to a drop in production of approximately 2.0 t./ha/year of bunch. Also, for optimal production, oil palm cultivation requires 1,500 to 2,000 hours of constant light per year. Oil palm is also very sensitive to four major groups of diseases, especially “fusariosis”, which has high control costs and has already decimated thousands of hectares in Bahia. For EMBRAPA, the Macauba palm is much more resistant to diseases and much more quickly adapts to our various regions and situations throughout Brazil, even on sloping terrain. For them, Macaúba is already widely adapted to the regions of the Brazilian Savannahs more up Pantanal areas, and with the technology currently available for this purpose. It can also be found in large amounts in naturally occurring massifs in the aforementioned areas. Furthermore, domesticated Macaúba already beats the palm in average productivity, as palm oil production today is in the range of 3.5 thousand to 4.0 thousand kg/hectare/year, while non-domesticated macaúbas already produce 4.0 thousand to 5.0 thousand kg/hectare/year of oil and this for up to 50 years.

See more data on the competitiveness and production technologies of aeronautical SAF and marine biodiesel, both from Macauba oil in Portuguese at: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/967159/1/DissertacaoCrissia.pdf MORE in my recent articles in Portuguese at: https://www.agrolink.com.br/colunistas/coluna/macauba--saf--limpara-aereo-e-pode-substituir-60--eucaliptos_498205.html  MORE in English at: https://www.researchgate.net/publication/388526699_The_Brazil_Macauba_Coconut_2024_Miracle_-_7_times_more_oil_than_soybean_in_hectare-year_all_for_new_SAF_aviation_susteinable_fuel MORE in English at https://www.linkedin.com/pulse/mubadala-acelen-make-great-masterstroke-saf-macauba-record-cezar-7nz8f  .

See also the following link where the Arab group MUBADALA/ACELEN RENEWABLES (United Arab Emirates + Giant oil refinery in Mataripe City – BA state) recently joined forces with EMBRAPA in a research station and giant production of Macaúba seedlings in Montes Claros city – MG state, where it will initially invest Us $ 3.0 billion to recover 100 thousand hectares of degraded pastures (with plans to reach 1.0 million hectares in several areas of States closer to its Refinery) and with Macaúba crops (with this, possibly being up to 3 times more profitable and 4 times more sustainable than eucalyptus and up to 5 times more than with pine, considering all the socio-environmental and temporal benefits/costs to recover the already much denounced devastation of such crops (eucalyptus/pine), so much so that the BBC World Network nicknamed them in Brazil as “Green Deserts” - see more data in Portuguese at: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxeev8l3mpko ). For BBC Brasil, Macauba is “The palm tree that is emerging as Brazil’s new ‘Green Gold’” - See in Portuguese: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39788968 .

In the end, all the results of the refinements will be exported in the form of the still rare SAF – “Sustainable Aviation Fuel”, already an aeronautical requirement of many companies and many countries, especially European ones, and to replace up to 100% of the current aviation kerosene, highly polluting, and/or super marine biodiesel, still with an initial demand, but also with expectations of also gigantic future demands. See more data in Portuguese at the link: https://investnews.com.br/negocios/sem-solucao-para-embate-com-petrobras-mataripe-mantem-investimento-bilionario-e-futuro-em-aberto .    

Also, in December/2024, the global giant BASF and the Brazilian INOCAS S.A. (“Innovative Oil and Carbon Solutions”) signed a strategic agreement for the sustainable development of Macauba oil in Brazil in the long term. It states that, “since 2015, INOCAS has developed, implemented and refined an innovative model to grow macauba trees in degraded pastures and to improve soil quality and productivity. Thus, INOCAS intends to plant at least 50 thousand hectares of macauba in partnership with small farmers by 2030. “This system supports regenerative agriculture by combining forestry and livestock without an additional change in land use. Agricultural partnerships with small farmers aim to improve the livelihoods of their families”. “BASF will use INOCAS macauba seed oil in its personal and home care portfolio in Brazil and Europe”

FIM   /   END

Prof. Climaco Cezar de Souza – e-mail: [email protected]

Viva Melhor Ambiental ltda - Brasília - DF e Porto Seguro -BA em 25 de fevereiro de 2025

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.