Em recente artigo e conversa com o amigo Dr. José Luiz Tejon Megido, sócio-diretor da Biomarketing, os humores no Brasil andam bastante exaltados. Estamos vivendo uma fase complicada e durante o final de um de seus cursos onde jovens de todos os continentes se formaram como Mestres em Gestão de Agronegócio e Alimentos.
Esses estudantes chegaram para estudar aqui no Brasil e vieram inicialmente com uma percepção muito ruim, de que produzimos carne desmatando a Amazônia, de que nossa agricultura é intensiva e que esgota os recursos naturais. Após três meses de convivência com professores e especialistas brasileiros eles finalizaram suas de avaliações finais de forma unítona: “O Brasil é muito melhor do que parece”.
Tejon por várias vezes já tratou sobre a ilegalidade de 5% na Amazônia que acaba sendo usada por vozes brasileiras como “vocês não têm nada que se meter nisso, pois já desmataram toda a Europa”. Quer dizer, não comunicamos, afrontamos os clientes.
Outro discurso corrente é “Florestas aí, agricultura aqui” que respondemos ao generalizando como se o mundo lá fora estivesse contra nós. Em outros momentos, redes de supermercados restringem a entrada de produtos brasileiros pelas barreiras de reputação, e tomamos como certo que isso não passa de concorrentes inimigos ao país tentando nos prejudicar.
O agronegócio precisa de um pacificador e falar mal da China, hoje nosso maior parceiro, que tem sustentado nossa economia nas importações e do qual dependemos insumos para vacina, defensivos agrícolas, sendo assim uma postura muito equivocada. Por sua vez falar mal da Europa, nosso segundo maior cliente, é outra imprudência.
Muitas entidades brasileiras ainda não se entendem e misturam política e ideologias dentro de uma seara separatista. Quando as palavras meio-ambiente e clima são pronunciadas em vão e todos se esquecem de falar sim do Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono), o sonho de consumo de qualquer consumidor no planeta. O Brasil precisa de pacificação e temos isso aqui.
Dentro do agronegócio do País, a fruticultura que vai in natura ao mundo também precisa ser protegida, papel que a Abrafrutas vem trabalhando fortemente. Nossa reputação será sagrada para que um consumidor em qualquer canto do mundo saboreie um nossas uvas, um mamão, uma banana cuja embalagem já nasce com ela e esparrame pelos seus lábios uma laranja de mesa, a melancia, além de morder suavemente as nossas maçãs, o melão e os frutos do sertão.
Ao Brasil, desejamos PAZ e que nosso eterno ministro Alysson Paolinelli receba o merecido reconhecimento do prêmio Nobel da Paz, que além de sua obra pela agricultura tropical possa simbolizar a esta tão desejada pacificação, pois precisamos de um pacificador.
E como os jovens alunos internacionais do Prof. Tejon afirmaram: “o Brasil é muito melhor do que parece”.
O Agro não para!