Glister
Geral | ||
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Nome Técnico:
Glifosato
Registro MAPA:
203
Empresa Registrante:
Sinon |
Composição | ||
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Ingrediente Ativo | Concentração | |
Glifosato | 480 g/L | |
Equivalente ácido de Glifosato | 360 g/L |
Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Herbicida
Toxicológica:
5 - Produto Improvável de Causar Dano Agudo
Ambiental:
III - Produto perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Corrosivo
Formulação:
Concentrado Solúvel (SL)
Modo de Ação:
Sistêmico, Não seletivo |
Indicações de Uso
Aveia | Dosagem | Calda Terrestre | |
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Avena sativa (Aveia) | veja aqui | veja aqui |
Azevém | Dosagem | Calda Terrestre | |
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Lolium multiflorum (Azevém) | veja aqui | veja aqui |
Frascos (plásticos): 200 mL e 1 L ;
Bombonas (plásticos): 5 ; 10; 20 L;
Galão (plásticos): 50 L;
Galão (metálico): 50 L;
Tambor (plásticos): 100; 200 L;
Tanque portátil (metálico em aço inoxidável, tipo carreta container): 20.000 L.
INSTRUÇÕES DE USO
O produto é um herbicida pós-emergente, de ação sistêmica, de ação total, não seletivo, indicado para o controle pós-emergente de plantas infestantes de folhas estreitas e folhas largas, anuais e perenes. Após a aplicação nas folhas, o glifosato é rapidamente absorvido e translocado às raízes e regiões meristemáticas, afetando o metabolismo e crescimento das plantas. A morte das plantas pode ocorrer em alguns dias ou semanas depois da aplicação.
CULTURAS
O uso do produto é indicado para aplicação nas seguintes culturas e situações:
a) Pós-emergência da cultura e das plantas infestantes para capina química das culturas de ameixa, banana, cacau, café, cana-de-açúcar, citros, coco, eucalipto (florestas implantadas), feijão, fumo, maçã, mamão, milho, nectarina, pastagens, pera, pêssego, pinus, seringueira e uva;
b) Controle de plantas infestantes em aplicação de área total no pré-plantio da cultura e pós emergência das plantas infestantes para o plantio direto de algodão, arroz, arroz irrigado, milho, soja e trigo e na eliminação do arroz vermelho;
c) Pós-emergência da cultura e das plantas infestantes para capina química através de jato dirigido na cultura da pastagem;
d) Eliminação da soqueira no cultivo de arroz, arroz irrigado e cana-de-açúcar e como maturador da cana-de-açúcar;
e) Aplicação para o controle da rebrota do eucalipto para renovação de área de plantio;
f) Aplicação no pré-plantio e nas entrelinhas em jato dirigido das culturas de pinus e eucalipto;
g) Aplicação como dessecante nas culturas de aveia preta, azevém e soja.
PLANTAS INFESTANTES E DOSES
As doses variam conforme a espécie da planta infestante e seu estádio de desenvolvimento. As doses menores são indicadas para plantas no estádio inicial da atividade vegetativa, e as máximas para as plantas infestantes em fase adultas ou perenizadas.
NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO
Deve ser aplicado sobre as plantas infestantes a serem controladas, já germinadas, quando estas estiverem em boas condições de desenvolvimento e sem efeito de “stress hídrico” (falta ou excesso de água). A eficiência do produto começa a ser visualizada entre o 4º e o 10º dia após a aplicação.
No caso de eliminação de plantas infestantes perenes, o melhor período é próximo e/ou durante a floração, enquanto que para as plantas infestantes anuais o ideal é no período entre a fase jovem até a formação dos botões florais.
Não tem ação sobre as sementes existentes no solo.
Aplicação nas entrelinhas
De modo geral esta aplicação é realizada quando ocorre a presença de plantas infestantes. Se utilizado no período adequado e conforme as recomendações, o produto controlará as plantas infestantes em uma única aplicação, exceto para a tiririca, que em função da sua fisiologia, poderá requerer mais de uma aplicação para o seu controle. No entanto, pelo fato de não possuir efeito residual no solo, poderão ocorrer reinfestações.
Pré-plantio
Aplicar 8 a 10 dias antes da semeadura. É feita uma aplicação com o produto.
MATURADOR DA CANA-DE-AÇÚCAR
Pode ser utilizado como maturador da cana-de-açúcar, em qualquer época durante a safra, com os seguintes direcionamentos:
a) Início da safra: visando antecipar a maturação, devido a condições pouco favoráveis de maturação natural onde nem mesmo as variedades mais precoces estão no seu potencial máximo de acúmulo de sacarose;
b) Meio da safra: visando maximizar a qualidade da matéria-prima e antecipar a liberação de área de reforma para o preparo do solo e plantio de cana de ano e cereais;
c) Final da safra: visando manter um bom nível de maturação, evitando a queda natural que ocorre com o início das chuvas, podendo ainda elevar o potencial natural de maturação daquelas variedades plantadas como cana de ano ou cortadas no final da safra anterior;
d) Áreas com excesso de vinhaça: visando elevar o nível de maturação, normalmente baixo nestas áreas, devido ao alto vigor vegetativo apresentado pela cultura.
Dose, Época de aplicação (Idade da Cultura), Equipamento, Período entre aplicação e colheita
- Dose: 0,6 L p.c./há;
- Época de aplicação (Idade da cultura)
A área a ser aplicada deve estar com um rendimento agrícola estabilizado, devendo-se lembrar sempre que o único objetivo da aplicação é melhorar a qualidade de matéria-prima, ou seja, elevar o teor de sacarose.
Observação
Variedades floríferas
A aplicação como maturador é viável mesmo após a diferenciação floral até o estágio de pavio de vela. Em cana pronta para florescer, essa aplicação é recomendada estrategicamente, para manter e melhorar a qualidade dessa matéria-prima. Não se deve realizar aplicação quando o processo de florescimento estiver em fase adiantada (Cartucho).
Equipamento
A aplicação deve ser realizada via aérea, com aeronaves dotadas de barra com bicos convencionais, e um consumo de calda na faixa de 30 a 40L de calda/há;
Período entre aplicação e colheita
O período entre a aplicação e colheita pode ser manejado em função de doses, massa verde e época de aplicação que possibilita uma adequada flexibilidade de safra. No geral está entre 42 a 56 dias (6 a 8 semanas) para a dose recomendada de 0,6 L p.c./ha do produto.
MODO DE APLICAÇÃO
Preparo da Calda
Encher metade do tanque do pulverizador com água e adicionar o produto, mantendo o misturador mecânico ou o retorno em funcionamento e completar o volume do tanque com água. A agitação da calda deve ser contínua durante o preparo da calda e durante a operação de aplicação da calda.
O produto deve ser diluído em água limpa e aplicado na forma de pulverização sobre as espécies a serem controladas, podendo ser realizada com equipamentos terrestres ou aéreos.
- Para as culturas de ameixa, banana, cacau, café, cana-de-açúcar, citros, Maçã, nectarina, pera, pêssego, uva, pastagem, pinus e eucalipto, aplicar via terrestre, em jato dirigido ou protegido, tomando-se o necessário cuidado para não atingir as partes verdes das plantas úteis (folhas, ramos ou caule jovem);
- Em Plantio Direto de algodão, arroz, arroz irrigado, soja, milho, trigo, e na eliminação do arroz vermelho, aplique em área total, via terrestre ou aérea, antes do plantio da cultura (pré-plantio da cultura e pós-emergência das plantas infestantes);
- Pode-se utilizar em faixa, área total ou coroamento, carreadores, curva de nível, ou em aplicações dirigidas às reboleiras com plantas infestantes;
- No caso de eliminação de soqueira de cana-de-açúcar, aplique sobre as folhas em área total, em aplicação terrestre ou aérea;
- “Roughing”: A eliminação da cana-de-açúcar doente ou indesejável pode ser feita aplicando-se diretamente no cartucho da planta através de pulverizador tipo “trombone” na base de 6% de concentração.
Equipamentos de aplicação terrestre
Pode ser aplicado através de equipamentos terrestres.
- Pulverizador costal manual
Utilize bicos de jato plano (leque) tipo 110.01, TK-05, 80.02, 110.02 ou similares; pressão de trabalho de 20 a 30 lb/pol², volume de calda de 150 a 400 L/ha, tamanho de gotas de 200 a 600µm, densidade de 20 a 30 gotas/cm². Use o produto na dose recomendada em % (porcentagem) ou em litros/ha.
- Equipamento CDA/Bentley BT-3*
Utilize bicos tipo X-2; pressão de trabalho de 40 a 60 lb/pol²; volume de calda de 80 a 120 L/ha, tamanho de gotas de 200 a 300 µm, densidade de 50 a 100 gotas/cm².
* Marca registrada de Equipamentos Bentley.
- Equipamento tratorizado convencional, com barras
Utilize bicos de jato plano (leque), tipo 80.03; 80.04; 110.03; 110.04 ou similares; pressão de trabalho de 20 a 40 lb/pol²; volume de calda de 100 a 400 L/ha, tamanho de gotas de 300 a 600 µm, densidade de 30 a 40 gotas/cm². A velocidade do trator deverá estar entre 6 e 8 km/hora, e a velocidade do vento não superior a 8 Km/h.
Aplicação Aérea
É recomendada para as seguintes modalidades e culturas:
1) aplicação em área total em pré-plantio (pré-plantio da cultura e pós-emergência das plantas infestantes) no sistema de plantio direto para as culturas de algodão, arroz, arroz irrigado, soja, milho, trigo e na eliminação do arroz-vermelho;
2) eliminação da soqueira de cana-de-açúcar e como maturação de cana-de-açúcar;
Barra com bicos para aeronaves de asa fixa – Ipanema (qualquer modelo).
Volume de aplicação: 40 a 50 L/ha.
Altura de voo: 4 a 5 m do topo da cultura.
Largura da faixa de deposição: 15 m.
Tamanho de gotas: 110 - 120 µm.
Densidade de gotas: mínimo de 20 gotas/cm² (DMV: 420-450µ).
Bicos de pulverização
Utilizar bicos de jato cônico vazão da série D ou similar, com difusores em cone adequado a uma cobertura uniforme sem escoamento do produto de forma a obter uma deposição mínima sobre o alvo de 20 gotas/cm² com DVM 420 a 450 µ à pressão de 15 a 30 psi.
Com aviões do tipo Ipanema (qualquer modelo) poderão ser utilizados barra de pulverização, com um total de 40 a 42 bicos. Os bicos da extremidade da asa em número de 4 a 5 em cada uma delas, deverão ser fechados a fim de evitar a influência e arraste das gotas de pulverização pelos vórtices da ponta da asa. Os bicos da barriga em número de 8, deverão permanecer abertos e no mesmo ângulo dos bicos utilizados nas asas. Para outros tipos de aeronave realize os testes de campo com papel hidrosensível, sob orientação do departamento técnico da empresa aplicadora.
Condições climáticas
- Temperatura máxima: 28 ºC;
- Umidade relativa do ar (U.R.) Mínima: 55%;
- Velocidade do Vento Máxima: 10 Km/h (3 m/s).
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da completa secagem da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os EPI’s recomendados para o uso durante a aplicação.
LIMITAÇÕES DE USO
Fitotoxicidade
- Durante a aplicação, deve-se evitar que a solução herbicida atinja as partes das plantas úteis. Não danifica as plantas com caules suberizados, caso os atinja.
Outras restrições
- Uso exclusivo para culturas agrícolas;
- Evitar contato do produto com as culturas, pois trata-se de herbicida não seletivo. No caso de uso do produto nas entrelinhas, a aplicação deve ser feita dirigida às plantas infestantes, com equipamentos que evitem o contato com as folhas da cultura;
- Evitar aplicação sobre plantas infestantes sob "stress" provocado por seca e geada;
- Aplicar sobre plantas sem orvalho e com umidade relativa do ar acima de 50%, devendo evitar as horas mais quentes do dia. Não aplicar com as folhas das plantas infestantes cobertas de poeira, porque nestas condições pode ocorrer diminuição da atividade do produto (adsorção);
- O produto deve ser aplicado isolado. Inclusive o produto tem sua ação reduzida quando misturado com formulações pós-molhaveis de elevada concentração;
- Manusear o produto utilizando apenas recipientes plásticos, fibra de vidro, alumínio ou aço inoxidável. Não armazenar a solução herbicida em recipientes de ferro galvanizado, ferro ou aço comum;
- Evitar o uso de água barrenta, de rios e lagos, bem como o armazenamento da calda herbicida no tanque do pulverizador. Para garantia final de eficiência é essencial que se utilize água limpa (sem argilas em suspensão);
- Sob ameaça de chuva, suspender a aplicação. Caso ocorra chuva nas primeiras 4 horas após a aplicação, a eficiência do produto pode diminuir. Este intervalo de tempo é necessário para a absorção do produto pelas folhas e sua translocação pela planta;
- O produto não tem ação sobre sementes existentes no solo;
- Não capinar ou roçar o mato antes ou logo após aplicação dó produto;
- Evitar o pastoreio ou ingestão de plantas daninhas por animais logo após a aplicação de produto.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
Sempre que houver disponibilidade de informações sobre programas de Manejo Integrado, provenientes da pesquisa pública ou privada, recomenda-se que estes programas sejam implementados.
O uso sucessivo de herbicidas do mesmo mecanismo de ação para o controle do mesmo alvo pode contribuir para o aumento da população da planta daninha alvo resistente a esse mecanismo de ação, levando a perda de eficiência do produto e um consequente prejuízo. Como prática de manejo de resistência de plantas daninhas e para evitar os problemas com a resistência, seguem algumas recomendações:
- Rotação de herbicidas com mecanismos de ação distintos do Grupo G para o controle do mesmo alvo, quando apropriado.
- Adotar outras práticas de controle de plantas daninhas seguindo as boas práticas agrícolas.
- Utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto.
- Sempre consultar um engenheiro agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e a orientação técnica da aplicação de herbicidas.
- Informações sobre possíveis casos de resistência em plantas daninhas devem ser consultados e, ou, informados à: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD: www.sbcpd.org), Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas (HRAC-BR: www.hrac-br.org), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA: www.agricultura.gov.br).
GRUPO G HERBICIDA
O produto herbicida é composto por Glifosato, que apresenta mecanismo de ação dos inibidores da EPSPs (Enoil Piruvil Shiquimato Fosfato Sintase), pertencente ao Grupo G, segundo classificação internacional do HRAC (Comitê de Ação à Resistência de Herbicidas).
Corrosivo ao ferro comum e galvanizado.