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Podridão amarga da macieira

Podridão uva madura (Glomerella cingulata) Culturas Afetadas: Cacau, Caqui, Figo, Goiaba, Kiwi, Maçã, Manga, Melão, Pepino, Pera

Anamorfo: Colletotrichum gloeosporioides

A podridão amarga ocorre praticamente em todos os países onde a macieira é cultivada. O patógeno encontra-se largamente disseminado e vive tanto parasiticamente como saprofiticamente sobre grande número de plantas lenhosas e herbáceas. A doença causa sérios danos em regiões de clima quente e úmido, e ocorre generalizadamente no Sul do País. Nas regiões mais quentes, os prejuízos chegam a comprometer até 20% da produção.

A exemplo da podridão amarga, a podridão da uva madura é importante em localidades onde o verão é quente e chuvoso, condições que favorecem a disseminação e a infecção do fungo. Seus danos são provocados nas uvas maduras, ainda nas plantas, ou após a colheita.

Sintomas - Frutos podem ser infectados logo após a queda das pétalas. No início, observa-se um pequena mancha de 2 a 3 mm de diâmetro, de coloração parda ou marrom-clara. A mancha evolui, aumentando de tamanho ao mesmo tempo que se aprofunda na polpa da fruta. Quando a mancha se aproxima dos 2 cm de diâmetro, observa-se uma depressão interna da lesão com bordos elevados. Sempre que ocorrem condições favoráveis de temperatura e umidade, surgem, em círculos concêntricos, numerosos acérvulos de C. gloeosporioides. Os frutos atacados caem com facilidade e é freqüente o apodrecimento em pré-colheita e durante o armazenamento.

Os ramos também são atacados, onde são formadas lesões semelhantes às do fruto. Ramos jovens são mais suscetíveis e, quando severamente atacados, podem apresentar fendilhamento e, às vezes, exsudação de goma. Lesões nos ramos são importantes como fonte de inóculo para o ataque posterior dos frutos.

Manchas foliares, causadas inicialmente por tipos periteciais, não são comuns, porém podem ocorrer em condições úmidas e quentes. Neste caso observam-se lesões pequenas, de coloração avermelhada, que tornam-se irregulares, marrons, de 0,5 a 1,5 mm de diâmetro. Folhas severamente infectadas podem cair. Manchas foliares associadas a conídios são usualmente circulares e medem 1 a 2 cm de diâmetro.

Controle - Para a cultura da macieira, os ferimentos provocados pela poda devem ser cobertos com tinta plástica branca. Frutos infectados devem ser removidos durante o ciclo da cultura, de modo que não se transformem numa fonte de inóculo secundária. O controle químico deve ter início dois meses após a plena floração, com os fungicidas indicados sendo aplicados a cada 10 dias.

O controle da podridão da uva madura deve incluir práticas de remoção e queima dos frutos mumificados e das partes podadas no inverno, com o objetivo de reduzir o inóculo inicial. Em anos com verões úmidos, deve-se pulverizar a cultura, a partir do estádio 25 (final do florescimento), com reaplicação de acordo com o fungicida utilizado.

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