Oídio
(Blumeria graminis f.sp. hordei) Culturas Afetadas: Cevada, Triticale
O oídio é uma doença de importância econômica em todos os países produtores de cevada, principalmente pela perda de vigor das plantas, o que se traduz em queda dos rendimentos. A doença ocorre de forma natural principalmente na Região Sul do Brasil, nas outras regiões, ocorre em cultivos irrigados. O patógeno reduz a fotossíntese, aumenta a respiração e a transpiração das plantas, conduzindo a um enfraquecimento e enfezamento da planta. O oídio está presente em todos os países produtores de cevada do mundo, com alta incidência na Europa. No Brasil, ocorre principalmente na Região Sul do país.
Danos: O sintoma típico da doença é o crescimento superficial de uma massa branca formada pelo micélio e conídios do fungo; sob ataques intensos, toda a planta pode ser afetada, incluindo a espiga e as arestas. O fungo infecta apenas as células epidérmicas, e os sintomas ocorrem principalmente na superfície superior das folhas e apresentam-se como manchas brancas do micélio do fungo, com aspecto pulverulento. Os tecidos no outro lado das manchas, na superfície inferior da folha, tornam-se verde-pálidos a amarelos; nas folhas mais velhas se forma um anel necrótico amarelo a marrom ao redor da massa micelial. Nas manchas velhas, principalmente nas bainhas das folhas, formam-se corpos esféricos e escuros entre a massa micelial, correspondentes aos cleistotécios (fase sexuada do fungo).
Controle: Existem cultivares com bom grau de resistência ao patógeno, mas essa resistência dura pouco tempo, apenas poucos anos, devido às constantes mutações do fungo que originam novas raças.
Na Europa é comum o uso de misturas de cultivares para poder contornar os efeitos negativos das diversas raças desenvolvidas pelo patógeno. A retirada e a queima dos restos de cultura após a colheita contribuem para a redução da pressão do inóculo no campo. Realizar rotação de cultura com espécies não-hospedeiras. Evitar fertilização excessiva em nitrogênio. Deve-se eliminar as gramíneas selvagens e plantas voluntárias nas proximidades da cultura por constituírem importantes reservatórios dos patógenos que garantem o inóculo primário em cada novo plantio.
É comum a aplicação de fungicidas para o controle do oídio, porém o fungo tem diferentes níveis de resistência à maioria dos compostos químicos, razão pela qual geralmente se usa uma ampla diversidade de fungicidas para um bom controle da doença. O tratamento químico das sementes com fungicida sistêmico, como triadimenol, protege a futura planta do ataque do fungo que chega à lavoura pelos conídios trazidos pelo vento.