Mancha reticulada
Mancha reticular, mancha angular (Helminthosporium teres) Culturas Afetadas:
Sinônimos: Drechslera teres e Pyrenophora teres
Esta doença já foi relatada em todos os locais de cultivo da cevada no Brasil, causando, geralmente, prejuízos elevados, de tal forma que é considerada a moléstia mais importante da cultura. Devido à suscetibilidade dos cultivares disponíveis, boas produtividades de cevada geralmente implicam no emprego de fungicidas.
Danos: Os primeiros sintomas localizam-se nas folhas basais e são conseqüência da transmissão do patógeno a partir da semente. Tais sintomas caracterizam-se como manchas ou estrias marrons que, pela produção de linhas longitudinais e transversais, formam redes de tecido necrosado. As manchas ou estrias, quase sempre, são circundadas por um nítido halo amarelado. Estas lesões evoluem ou coalescem, podendo formar estreitas e extensas áreas de tecido necrosado, sobre as quais o fungo esporula abundantemente. Manchas marrons também podem ser observadas nas espigas.
Controle: Devido à especificidade do patógeno pela cevada, a rotação de culturas durante dois anos, especialmente com linho e leguminosas, reduz o inóculo presente no solo a níveis insignificantes. Esta prática deve ser complementada com o uso de sementes sadias ou tratadas. Neste sentido, vários produtos têm sido testados, mostrando resultados satisfatórios. Dentre estes, apenas iprodione, thiram e triadimenol são registrados para a cultura, sendo que o último também proporciona controle do oídio até a fase de perfilhamento. Na parte aérea, aplicações de fungicida são necessárias quando, entre os estádios de perfilhamento e grão em massa mole, as manchas foliares atingirem 10% da área foliar, na média das três folhas superiores do colmo principal de plantas colhidas na lavoura. Para tanto, são recomendados os fungicidas propiconazole, triadimenol e tebuconazole.