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Mancha-cinzenta-da-haste

(Phomopsis helianthi) Culturas Afetadas: Girassol

Sinônimo - Diaporthe helianthi

Esta doença é relativamente nova e tem se mostrado altamente destrutiva nos países da Europa Oriental. O dano provocado é devido à quebra e ao acamamento das plantas atacadas, prejudicando seriamente a colheita. E uma doença que frequentemente ocorre em reboleiras e, dependendo das condições climáticas, o grau de incidência pode alcançar 50% a 60% das plantas.

Em condições de infecção natural, os picnídios começam a ser formados logo após as manchas surgirem na haste. Podem ser encontrados nas folhas, porém sempre em menor número que na haste. Os picnídios são globulares, com 120 a 190 pm de diâmetro, marrom-escuros, ostiolados e frequentemente imersos nos tecidos do hospedeiro. Desenvolvem beta-conídios hialinos, com 17 a 42 μm de comprimento por 0,5 a 2 μm de largura, retos ou circulares numa extremidade e, às vezes, com conteúdo granular. Os peritécios podem ser encontrados desenvolvendo-se em resíduos de girassol, em tecidos corticais, individualmente ou em grupos, formando longos rostros através da epiderme. Numerosos ascos globulares a cilíndricos, com 60 a 76,5 μm de comprimento por 8,7 a 12,5 μm de largura, desenvolvem-se nos peritécios. Após a maturação, cada asco libera Oito ascósporos bicelulares e elipsoidais.

A temperatura ótima para o desenvolvimento do fungo está ao redor de 25ºC. Os esporos infectam as plantas em condições de umidade elevada durante 12 a 15 horas consecutivas. Chuvas freqüentes e abundantes resultam em aumento no nível de infecção. A temperatura não parece ser limitante. O fungo persiste em restos de cultura como micélio que, sob condições de temperatura e umidade adequadas, forma peritécios que liberam ascósporos, os quais são disseminados pelo vento e água da chuva. Altas densidades de plantas favorecem o aumento da incidência e severidade da doença, devido à formação de microclima mais favorável (alta umidade) e à redução do vigor das plantas.

Sintomas - Os primeiros sintomas da doença ocorrem nas folhas medianas ou baixeiras, normalmente após o florescimento. Cerca de 10 a 15 dias após a infecção, pequenas manchas necróticas, circundadas por um halo amarelado, aparecem na margem das folhas e evoluem em direção à nervura principal da folha. As folhas infectadas rapidamente murcham e morrem.

O fungo cresce em direção à haste, onde aparecem os sintomas mais característicos. As lesões na haste, sempre iniciadas nas axilas das folhas, iniciam-se como manchas pequenas, marrons e encharcadas, que rapidamente alargam-se e tornam­se redondas ou elipsoidais e usualmente circundam a haste. A parte central da mancha torna-se cinzenta, enquanto que as bordas são marrom-escuras. O fungo destrói os tecidos internos às lesões e a haste quebra-se facilmente, tornando as plantas sujeitas ao acamamento. Em genótipos suscetíveis, as lesões podem atingir, eventualmente, 15 a 20 cm, enquanto que em genótipos resistentes, as lesões permanecem pequenas, marrons e superficiais, sem causar danos aos tecidos internos. Podem ser observados picnídios pequenos e escuros nos tecidos infectados. Concomitantemente ao desenvolvimento de lesões na haste, as folhas superiores tornam-se cloróticas. O sintoma final da doença é a seca total da planta.

Controle - Recomenda-se o uso de produtos defensivos registrados para a cultura.

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