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Crestamento gomoso do caule

Podridão amarga (Didymella bryoniae) Culturas Afetadas: Abóbora, Abobrinha, Chuchu, Framboesa, Maxixe, Melancia, Melão, Mirtilo, Pepino

Sinônimos: Ascochyta citrullina, Mycosphaerella citrullina e Mycosphaerella melonis

É uma doença muito importante em cucurbitáceas, principalmente em melão, pepino e melancia. Nas regiões de clima úmido, esta doença limita o plantio de melão, mesmo em condições de plasticultura. Vem ocasionando elevados prejuízos nas Regiões Sudeste e Sul do Brasil.  Ataca todas as cucurbitáceas cultivadas (melancia, melão, abóbora, abobrinha e pepino), tanto em cultivo no campo quanto em estufas, afeta também muitas espécies nativas. Manchas foliares nos pecíolos e na base do caule, podridão do extremo dos frutos e nas superfícies em contato com o solo. Este fungo encontra-se distribuído por todos os continentes, especialmente nas regiões tropicais e subtropicais.

Danos: O fungo ataca todos os órgãos aéreos da planta em qualquer estádio de desenvolvimento. Em mudas, o fungo provoca necrose na região do colo e seu tombamento. Nos cotilédones, provoca manchas necróticas circulares, que em pouco tempo destroem o órgão e atingem o caule da plântula. Ramos afetados apresentam-se encharcados, com exsudação de goma, coloração parda, passando a cinza e apresentando numerosos corpos de frutificação negros. Na maioria dos casos, a colonização circunscreve todo o caule, causando seca do ramo na região situada acima da lesão. É muito freqüente sintomas semelhantes nos pecíolos e nas gavinhas. Pode ocorrer morte de plantas quando a infecção ocorre no colo. Outros fungos, tais como Macrophomina phaseolina, Diaporthe melonis, Botryodiplodia theobromae, Fusarium oxysporum f. sp. melonis e Myrothecium roridum, podem causar sintomas semelhantes na região do colo das plantas e levar a uma diagnose incorreta da doença, principalmente em melão. Os sintomas nas folhas são manchas pardas, circulares, cujo diâmetro pode variar de alguns milímetros a vários centímetros. Em estádio mais avançado, verificam-se numerosos pontos negros que são os corpos de frutificação do fungo. Lesões nos frutos são pouco freqüentes. Quando ocorrem, são necróticas, circulares, pardacentas e profundas. O tecido afetado exsuda goma.

Controle: Atualmente, nenhum cultivar comercial de cucurbitáceas apresenta resistência a este fungo. Porém, os genótipos PI 140471 e Anô nº 2 estão sendo utilizados como fontes de resistência em programa de melhoramento de melão.

Em cultivos em estufa, deve-se prestar atenção especial ao controle do microclima, criando condições de arejamento e alta temperatura que evitem a formação de película de água sobre os tecidos. Na cultura no campo, também é muito importante controlar o conteúdo de água sobre as plantas, para isto recomenda-se realizar irrigação mais freqüente, porém menos intensa, e sempre nas horas da manhã. Folhas, hastes e frutos infectados devem ser retirados do campo e destruídos. Uma vez concluída a colheita, os restos de plantas e frutos devem ser retirados, tanto das estufas quanto do campo, e destruídos ou enterrados profundamente.

A eficácia do controle químico vai depender da intensidade da aplicação, especialmente em cultivos em estufa, realizando-se pulverizações semanais. Recomenda-se alternar o uso dos produtos, pois o fungo pode desenvolver tolerância a algum deles. Lesões grandes sobre as hastes podem ser tratadas com um caldo espesso contendo vários desses produtos.

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