Cercospora
(Cercospora capsici) Culturas Afetadas: Pimenta, Pimentão
Esta é uma doença comum no pimentão e na pimenta, mas muito mais freqüente no primeiro. Provoca severas perdas por causa da desfolha intensa que causa, principalmente em solos de baixa fertilidade. A doença se caracteriza pelas lesões acinzentadas e desfolha prematura da planta, caso ocorra um ataque severo. O patógeno tem ampla distribuição mundial, ocorrendo em países como Barbados, Birmânia, Brunei, China, Coréia, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, Ilhas Virgens, Índia, Malaui, México, Nepal, Porto Rico, Singapura, Venezuela e Zaire. No Brasil, existem relatos da doença nos estados do Ceará, Espírito Santos, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo.
Danos: Os sintomas típicos da doença são lesões acinzentadas e desfolha prematura da planta, caso ocorra um ataque severo. As lesões começam como pequenas manchas aquosas, translúcidas, verde-escuras, circulares, evoluindo para manchas que podem atingir 4-10 mm de diâmetro, com anéis concêntricos, as bordas escuras rodeadas por um halo clorótico e o centro branco-acinzentado, sobre o qual observam-se pontos escuros correspondentes às frutificações do patógeno. Sob ataques severos, as lesões podem coalescer e ocupar grandes áreas na lâmina foliar, provocando a queda da folhas, que pode ser quase total. O fungo ataca principalmente o pedúnculo, muito raramente ocorrem lesões sobre a superfície dos frutos. Apresentam lesões alongadas e maiores que as observadas nas folhas.
Controle: Não há referências sobre variedades resistentes a C. capsici. Deve-se usar sementes limpas e adequadamente tratadas. Devido à predisposição da planta quando cultivada em solos de baixa fertilidade, recomenda-se uma adubação equilibrada e aplicação de matéria orgânica no solo. Realizar rotações de cultura com espécies não-hospedeiras. Evitar plantações muito adensadas e realizar podas de limpeza freqüentes para retirar as folhas ou ramos com sintomas. Os restos de cultura infectados devem ser retirados do campo e queimados ou enterrados profundamente. Manter um regime de umidade adequado, evitando a irrigação por aspersão. Realizar pulverizações com fungicidas sistêmicos ou cúpricos, com uma freqüência que dependerá da severidade do ataque.