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Virando o jogo


Diego Botelho
Não restam duvidas que a maior preocupação mundial é produzir alimento de qualidade e em quantidade suficiente para alimentar 7 bilhões de pessoas de maneira sustentável com o mínimo possível de agressão ao meio ambiente, sem falar no aumento vertiginoso da população mundial, que segundo a FAO atingirá em 2050 cerca de 9 bilhões de pessoas, o que tornará o mundo mais vulnerável à insegurança alimentar, pois a medida que a população mundial aumenta há uma considerável substituição das áreas de cultura pelas industrias e urbanização, além da defasagem dos recursos hídricos, degradação do solo e problemas climáticos.


Esse aumento da demanda mundial por alimentos traz uma oportunidade ímpar ao Brasil, pois de acordo com o USDA ( sigla usada para o ministério da agricultura americano) é o país que tem maior potencial no mundo para crescer no agronegócio, afinal, somos responsáveis por 22 % da terra agricultável do mundo e 13 % da água disponível no planeta.

Essa necessidade de produção de alimento tem gerado uma certa competitividade no mercado interno, o que é um fator extremamente positivo por estimular direta e indiretamente a profissionalização do setor agropecuário, ou seja, para que a fome e a insegurança alimentar recuem, a produção de alimentos precisaria crescer em um nível superior ao da população, levando em consideração que a todo ano há uma diminuição de áreas agricultáveis, sendo então, a verticalização o caminho para a luz.

Virando o jogo

O Brasil vive uma nova era na história das relações econômicas internacionais, segundo o UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento), o país ficou em segundo lugar como receptor de investimento estrangeiro, sendo o agronegócio a principal locomotiva da economia brasileira, responsável por 25% do PIB e um terço do emprego do Brasil.

A primeira década deste século foi marcada por transformações profundas, passando de uma economia pouco dinâmica, com taxas de crescimento abaixo da média mundial, para integrar o rol dos países emergentes dinâmicos que lideram o crescimento mundial, o Brasil foi uma das economias do G20 que mais cresceram nesses últimos anos, caminhando para ultrapassar as grandes potencias mundiais, fomos um dos últimos a entrar na crise e um dos primeiros a sair dela, sendo que sua severidade ainda se faz sentir em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos e Zona do Euro, nunca fomos foi tão influente na política nem tão ouvido nas mesas de negociações internacionais.


A ascensão econômica e a saga do agronegócio brasileiro recarrega nossa autoestima e nos enche de orgulho, o mundo dos países desenvolvidos sempre subestimou o Brasil, por medo ou preconceito, hoje conquistamos grande credibilidade no mercado internacional, o que fazemos é criar expectativa e superá-las, o que falar sobre produção e exportação de alguns produtos como: açúcar, carne, café, suco de laranja, soja e etanol.

Hoje somos líder em pesquisa e desenvolvimento tecnológico em manejo e soluções agropecuárias, o que exige uma maior qualificação profissional, para acompanhar a evolução e o desenvolvimento do mercado, apesar do belo trabalho que o Brasil vem realizando é nítida a escassez de mão de obra qualificada, principalmente no setor agropecuário, e, para que possamos alcançar posições ainda mais privilegiadas, precisamos de bons profissionais no mercado, é necessário começarmos por baixo, é como construir uma casa, não começamos a construção pelo telhado, ninguém deseja viver em um castelo de areia, é necessário investir em educação básica, quem sabe chegar próximo ou superar o sistema educacional de Shanghai, o mercado está carente de bons profissionais, quem tem uma boa preparação na educação básica tem mais facilidade de desenvolvimento e especialização em sua área profissional, sendo recompensado pelo mercado de trabalho.

Considerações Finais

É inquestionável a importância do agronegócio à nossa economia, o agronegócio se tornou o setor chave para que o Brasil se inclua no comercio mundial. Apesar do grande sucesso e perspectivas futuras do agronegócio brasileiro, precisamos estar atentos aos desafios a serem superados que dependem, essencialmente, de investimentos tanto públicos como privados, afinal estamos assumindo o compromisso de alimentar o mundo.

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