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O Rio Grande voltou a crescer?


Opinião Livre
Por Túlio Zamin
Nos últimos anos, nosso Estado teve um crescimento moderado de sua economia na comparação com a economia do Brasil. Entre outros fatores, tivemos secas, fragilidades industriais, provocadas pela então valorização do real e perda de competitividade. E agora? Qual será nossa perspectiva a partir de 2013? Para nós, o cenário atual indica possibilidades concretas de reversão desta tendência. Contrariando em parte cenários mais pessimistas, podemos afirmar que a conjuntura econômica gaúcha nos permite otimismo.

A safra agrícola 2012/2013 gaúcha é uma das melhores da história. Os últimos levantamentos apontam a produção de grãos com aproximadamente 28,2 milhões de toneladas, mais de um terço superior à safra anterior, revertendo grande parte das dificuldades enfrentadas pelo setor no ano passado. Nesse fim de semana, iniciou-se a 36ª Expointer, com a expectativa de superar os R$ 2,03 bilhões em volume de negócios da edição anterior e com a garantia do Banrisul de não faltar recursos para financiamento de todas as vendas.
No setor industrial há também ótimas novidades. O crescimento de 4,5% da atividade industrial no primeiro semestre de 2013, com todas as variáveis ligadas à produção com desempenho positivo em junho, é outra evidência de retomada econômica. Além disso, tivemos a confirmação da montadora chinesa Foton Aumark, que anunciou a instalação de uma unidade de fabricação de caminhões. Um investimento da ordem de R$ 250 milhões, com a participação decisiva do Banrisul como financiador. Complementarmente, tivemos a inauguração das obras de expansão da fábrica da Celulose Riograndense, considerado o maior investimento privado da história do Estado, R$ 5 bilhões até 2015. Soma-se, ainda, o bom desempenho dos diversos arranjos produtivos do Estado, com destaque para os pujantes e promissores setores naval, de semicondutores e de energia eólica.

Outro indicador para avaliarmos perspectivas sobre o futuro próximo é a demanda dos empresários gaúchos por financiamento para investimento produtivo (máquinas, obras, instalações etc.). Neste sentido, cabe destacar o aumento, em mais de 130%, dos repasses do BNDES no Rio Grande do Sul no primeiro semestre do ano, se comparado ao mesmo período de 2012. Foram alocados mais de R$ 6,8 bilhões, sendo quase um quarto deste montante através das instituições que formam o Sistema Financeiro Público Estadual. Noutra parte do crédito, os dados do Programa Gaúcho de Microcrédito - que tem o Banrisul como agente financeiro - apontam para o crescimento dos investimentos também na área dos pequenos e médios empreendimentos. São mais de R$ 217 milhões em operações, que beneficiaram e beneficiam quase 30 mil novos negócios.
Diante destes indicadores, nossa resposta é: sim, nosso Estado voltou a crescer.
*Presidente do Banrisul
Artigo originalmente publicado no site do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, em 26.08.2013

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