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Meu filho vale ouro!



Marcos Crivelaro
Criar um jovem de classe média alta custa até os 21 anos cerca de meio milhão de reais. É o equivalente a meio quilo ao ano ou 10 quilos de ouro ao longo de uma vida estudantil. Esse simbolismo de carregar 10 quilos de ouro na mochila é fruto do investimento que os pais fazem em diversas áreas. Educação: escola particular, cursos de idiomas, cursos de informática e conservatório musical. Além do nível cultural, como dizem, a beleza é fundamental, principalmente para os adolescentes. Então é necessário adicionar: academia, natação, clínica de estética, alimentação especial, dentista, aparelhos ortodônticos, roupas, calçados, acessórios. E não podemos esquecer do lazer: cinema, teatro, parque de diversões, brinquedos, CD´s e DVD´s, celular, computador, internet banda larga... Ufa!

Se os pais investissem os valores desses gastos conseguiriam através de uma previdência privada, por exemplo, acumular um valor três vezes maior e conquistar uma aposentadoria tranqüila.
Quer economizar? Aproveite o que a área pública disponibiliza para a formação de seu filho e reduza o gasto até 21 anos para o patamar de R$ 50 mil. Com isso, o gasto com um filho de classe média baixa representa um décimo em relação à classe média alta. Mas cuidado com essa economia. A globalização aumentou a competição por empregos. Cada vez se exige maior qualificação dos candidatos.
Desde o nascimento já é um parto! Veja o que é necessário: plano de saúde, guarda-roupa da mamãe, quarto do bebê, primeiro enxoval, fraldas, Mamadeiras, bicos e chupetas, kit de higiene, babá ou creche. Isso tudo somado pode facilmente ultrapassar R$ 1.000 mensais. Novamente fazendo um cálculo de investimento desses gastos, em 6 anos (50 meses) já seria possível comprar um apartamento no litoral.

Podemos estabelecer uma proporção de gastos em relação ao total entre as diversas fases da vida dos filhos: de 0 a 5 anos - 15%; de 6 a 11 anos - 20%; de 12 a 17 anos - 30% e de 18 a 23 anos - 35%. Os gastos com filhos sobem, em média, 2% ao ano. Após os 12 anos o salto é de 10%. Por isso os pais precisam promover uma alteração completa em sua vida financeira após a chegada dos filhos. Seria prudente o casal já possuir uma reserva financeira de 30 mil reais. Outra dica, o segundo filho do casal custa, em média, 20% menos do que custou o primeiro. O terceiro, então, sai 35% mais barato. Isso porque eles dividem quartos, brinquedos, roupas e ganham descontos em escola. Portanto, quem decide formar família deve ter rapidamente todos os filhos desejados. Mas essa estratégia é interessante quando os filhos ainda não atingiram a fase universitária (a mais cara!) porque manter dois ou três filhos, sem trabalhar, simultaneamente em universidades particulares pode exigir uma renda familiar acima de R$ 15 mil mensais.
Vale a pena, financeiramente, ter filhos? Pensando apenas, financeiramente, espera-se um retorno desse investimento. É razoável quando os filhos atingirem a sua maturidade financeira começarem a retribuir ajudando nas despesas do lar dos pais já aposentados. Presentear os pais que moram de aluguel com uma residência. Já para os pais mais abastados, nada mal seria receber de presente viagens ao exterior, presentes e netos. ... Xiii, mais despesas!
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