Na Páscoa, perdemos o Papa Francisco. O primeiro papa Jesuíta, um homem aberto ao diálogo, defensor de minorias, a favor da inclusão de todos, que combateu abusos da igreja e aumentou a transparência do Vaticano, dividindo o poder conferido ao Papa com um conselho de notáveis cardeais. Além disso, com seu estilo de vida humilde e simples, abriu mão de muitos excessos que a igreja proporciona e com seu exemplo, ganhou admiradores dentro e fora do catolicismo, entre eles, eu. Francisco trouxe a igreja para o século XXI, com suas agruras e mazelas modernas e não as escondeu embaixo dos tapetes do Vaticano.
O Papa, que escolheu o nome Francisco por considerar que: “São Franscisco de Assis é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade” escreveu em 2015, a encíclica Laudato Si (Louvado sejas), que é uma citação do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis. Essa carta a todos (católicos ou não) é um convite à reflexão sobre a necessidade de mudança de atitude para com o planeta, considerando que tudo está conectado e que a degradação ambiental afeta a todos.
A carta trata sobre o cuidado que devemos ter com a “casa comum”...
Assim, como os moradores de uma casa precisam zelar por ela, cuidar de vazamentos, rachaduras, pinturas, da limpeza e dos mantimentos para mantê-la de pé e funcional a todos, Francisco escreve na carta que o planeta também precisa desse olhar e desse cuidado, principalmente se considerarmos que a lógica tem sido outra: como é de todo mundo, não é de ninguém! Então quem cuida? A integra da carta com 246 pontos, pode ser lida aqui https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html
Francisco viveu para servir e daí vem meu respeito a quem liderou pelo exemplo. Descanse em paz e que a igreja siga firme no caminho de uma ecologia integral.
