O choque de ideias origina-se porque os jovens possuem um grande desejo de implantar novos projetos e também novas atividades produtivas na empresa familiar rural (ZAGO, 2013). Outro ponto impactante é a baixa participação dos filhos nas decisões importantes que interferem no desenvolvimento da empresa familiar rural, além da falta de liberdade para as filhas, as quais geralmente não são ouvidas no processo de sucessão familiar rural (STROPASOLAS, 2006).
Muitas empresas familiares rurais que ainda estão sob a gestão de seu fundador chegam ao momento de realizar a sucessão com extrema dificuldade. Na maioria dos casos, deveriam ter iniciado o processo há muito tempo e acabam deixando os pontos mais importantes do processo sucessório para serem tratados muito tarde, quando os pais já estão se aposentando e os filhos já conheceram outras oportunidades de sustento (LANGE et al., 2013). Quanto mais jovem o filho for apresentado à gestão da empresa familiar rural, maiores serão as chances de que ele se interesse pela empresa da família e candidate-se a ser um sucessor (MISHRA; EL-OSTA; SHAIK, 2010).