Desde meados da década de 1990, a produção agrícola brasileira cresce continuamente, devido às mudanças estruturais do período. Também foi catapultada pela fase áurea de crescimento da economia mundial, entre 2003-2009. Mesmo a crise financeira, centrada nos países ricos, não arrefeceu a produção do agronegócio, suportada pela demanda dos países emergentes – decorrente da forte inclusão social gerada pelo seu enriquecimento – e por frustrações de safra em alguns países, como os EUA.
Em 2013 o Brasil produziu 187 milhões de toneladas (Mt) de grãos, dos quais exportou 25 Mt de milho e 43 Mt de soja. O saldo das exportações do agronegócio, próximo a US$ 100 bilhões, foram suficientes para contrabalançar o enorme déficit dos demais setores, agravado pelas importações adicionais de petróleo. Em 2014 não se repetirão os bons preços de 2013, mas as previsões não são ruins: soja e milho, as joias da coroa, devem ter uma cotação média 10% inferior em 2014. Porém, as dificuldades macroeconômicas do Brasil, e a prosperidade contínua da economia dos EUA, devem significar melhora na cotação do câmbio, o que neutraliza a queda de preços. Logo, é lícito esperar leve aumento (uns 5%) na produção de grãos do país. Portanto, os prenúncios são de continuidade do protagonismo do agronegócio no conjunto da economia brasileira, literalmente salvando a lavoura!
Há uma certeza e uma incerteza balizando o comportamento da próxima safra. A certeza é que continuaremos com uma logística e infraestrutura que não condiz com a pujança do nosso agronegócio, impedindo que o mesmo realize seu efetivo potencial. A incerteza é quanto ao comportamento do clima: em tempos de mudanças climáticas globais, sempre existe o risco de extremos climáticos de caráter intenso, que podem prejudicar a agropecuária.
De resto o agronegócio será pontilhado por desafios como a recomposição das APPs e reserva legal, o risco patrimonial permanente representado pelas invasões de áreas produtivas, as pragas que se tornam mais agressivas conforme o clima se modifica e os sistemas produtivos avançam tanto em direção às regiões tropicais, quanto no sentido de manterem a terra ocupada a maior parte do ano. Deve ser um Feliz 2014.
O autor é Engenheiro Agrônomo. www.gazzoni.eng.br
Em 2013 o Brasil produziu 187 milhões de toneladas (Mt) de grãos, dos quais exportou 25 Mt de milho e 43 Mt de soja. O saldo das exportações do agronegócio, próximo a US$ 100 bilhões, foram suficientes para contrabalançar o enorme déficit dos demais setores, agravado pelas importações adicionais de petróleo. Em 2014 não se repetirão os bons preços de 2013, mas as previsões não são ruins: soja e milho, as joias da coroa, devem ter uma cotação média 10% inferior em 2014. Porém, as dificuldades macroeconômicas do Brasil, e a prosperidade contínua da economia dos EUA, devem significar melhora na cotação do câmbio, o que neutraliza a queda de preços. Logo, é lícito esperar leve aumento (uns 5%) na produção de grãos do país. Portanto, os prenúncios são de continuidade do protagonismo do agronegócio no conjunto da economia brasileira, literalmente salvando a lavoura!
Há uma certeza e uma incerteza balizando o comportamento da próxima safra. A certeza é que continuaremos com uma logística e infraestrutura que não condiz com a pujança do nosso agronegócio, impedindo que o mesmo realize seu efetivo potencial. A incerteza é quanto ao comportamento do clima: em tempos de mudanças climáticas globais, sempre existe o risco de extremos climáticos de caráter intenso, que podem prejudicar a agropecuária.
De resto o agronegócio será pontilhado por desafios como a recomposição das APPs e reserva legal, o risco patrimonial permanente representado pelas invasões de áreas produtivas, as pragas que se tornam mais agressivas conforme o clima se modifica e os sistemas produtivos avançam tanto em direção às regiões tropicais, quanto no sentido de manterem a terra ocupada a maior parte do ano. Deve ser um Feliz 2014.
O autor é Engenheiro Agrônomo. www.gazzoni.eng.br
