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NAAA divulga números do setor nos EUA em 2024



Gabriel Colle

Pesquisa da entidade aeroagrícola também apontou expectativas e receio dos operadores para este ano

Os operadores aeroagrícolas dos Estados Unidos voaram em média 330 horas por aeronave em 2024, conforme dados divulgados neste mês pela Associação Nacional de Aviação Agrícola daquele país (NAAA, na sigla em inglês). O número é um pouco acima das 327 horas por aeronave em 2023 e mais do que as 316 horas/aeronave dos últimos 10 anos. Ainda sobre as médias, cada operador somou 920 horas voadas, tratando 141.084 acres (57,1 mil hectares).

Os dados foram publicados na AgAviation Magazine, da NAAA. Esta foi a 13ª pesquisa anual da NAAA, que em setembro enviou os formulários para os 1.044 operadores (membros e não-membros) constantes no banco de dados da instituição. Conforme a entidade, os 207 participantes (19,6% do total) foram o suficientes para dar uma margem de erro de +/- 5% à pesquisa, que se repete desde 2011. O estudo também apontou no ano passado uma média de 2,9 aeronaves por operador, 21% a mais do que as 2,39 aparelhos em 2023.

A NAAA também pediu este ano que os operadores que especificassem  os tipos de aeronaves operada, incluindo os drones. O que resultou em uma amostragem com 80% de operações com aviões, 15% com helicópteros e 5% com drones – ou veículos aéreos não-tripulado (UAS, na sigla em inglês).

Áreas, lavouras e percepções

A pesquisa mostra que 28% dos operadores aeroagrícolas estadunidenses voaram em 2024 bastante ou um pouco mais áreas do que na safra 2023. Enquanto o mesmo percentual voou quase o mesmo número de hectares nos dois anos e 44% trataram áreas um pouco ou bastante menores de lavouras, no comparativo entre o ano passado e o anterior.

Além disso, 85% do trabalho aeroagrícola em 2024 nos EUA foi para o trato de lavouras. Neste quesito, as culturas mais atendidas nesse quesito estão o milho (44%) e o arroz (12%), além do trigo, batata e soja (empatados com 10% cada) e outras culturas.  Outro dado aí é o de que 27% dos entrevistados declararam atender lavouras orgânicas, que significam 2% da atuação em campo. Além do trato de lavouras, as operações aeroagrícolas também ocorreram em pastagens (12%), semeadura (6%), trato de florestas (4%, controle de mosquitos (2%) e outras.   

PERSPECTIVAS

Sobre as expectativas para 2025, o levantamento da NAAA aponta 32% dos operadores dos operadores aeroagrícolas otimistas sobre os negócios. Outros 42,19% se mostraram neutros e 25% se declaram pessimistas sobre o desempenho do setor.

Entre as preocupações do setor apontadas para este ano, estão o cenário político e baixos preços para as commodities e grãos em geral. Além da inflação de peças, produtos e mão-de-obra, bem como as variações climáticas.

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