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Em defesa da citricultura



Arnaldo Calil Pereira Jardim

O Programa Integrado de Combate ao Greening e o levantamento 2018 da doença foram apresentados na quinta-feira, dia 23 de agosto, pelo Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura), em Araraquara. É um estudo importantíssimo sobre a incidência de greening no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo e Sudoeste Mineiro.

Já o Programa Integrado de Combate ao Greening foi aprovado em junho pelo Conselho Deliberativo do Fundecitrus. Faz parte da campanha nas #Unidoscontraogreening, criada em 2017, e vai intensificar as ações de conscientização de produtores sobre o manejo da doença dentro e fora dos pomares, além de envolver toda a sociedade.

O objetivo é que até maio de 2021, período de desenvolvimento do projeto, sejam eliminadas mais de 1,2 milhão de murtas e plantas de citros sem o controle recomendado em todo o cinturão citrícola.

Um trabalho que envolverá assistência técnica e extensão rural, pesquisa e manejo em um esforço integrado do Fundecitrus com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que participará com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati).

União para vencer desafios e garantir conquistas, como a legislação para o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) do cancro cítrico, determinado na Instrução Normativa nº 21 pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Destaco ainda a adoção da Permissão de Transporte Vegetal Eletrônica (e-PTV) para os citros, dinamizando a comercialização e beneficiando os produtores de frutas de mesa; e a implantação dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) no âmbito dos institutos de pesquisa paulista, que convergiu em melhorias para o setor.

Ações como esta são mais do que bem-vindas e necessárias porque o setor citrícola é muito importante para a geração de emprego e renda e para a economia brasileira. A cadeia, segundo a Markestratt, movimenta US$ 15 bilhões por ano, arrecada US$ 180 milhões em impostos para cerca de 350 municípios de São Paulo e Minas Gerais e gera nada menos que 200 mil empregos diretos e indiretos.  A cada cinco copos de suco de laranja consumidos no mundo, três são com a fruta cultivada no Brasil.  

Além disso, o Estado de São Paulo é o maior produtor de laranja do mundo, respondendo por quase 30% do total produzido no globo terrestre, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, em inglês) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nosso Estado é também o maior produtor brasileiro de limão, dominando em torno de 70% desse segmento, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA) do governo paulista. Essas informações evidenciam o protagonismo dos paulistas no campo e enchem a população de orgulho. É uma atividade que gera emprego e renda e traz positivos impactos sociais.  

A citricultura fechou o ano de 2017 como uma das principais atividades geradoras de emprego no Estado. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, a atividade encerrou o ano com um total de 51.477 admissões. O número representa um crescimento de 23,2% em relação ao ano de 2016, quando o setor gerou um total de 41.757 contratações.

Quando se observam os números de demissões e contratações, o saldo de empregos do setor é de 14.557 postos de trabalhos gerados durante todo o ano. Um resultado muito acima do registrado em 2016, quando a citricultura fechou o ano com um saldo de emprego negativo em -2.930.  

Como deputado federal, defendo a citricultura no Congresso Nacional integrando a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Além disso, integro também a Comissão da Agricultura na Câmara, que é onde são analisadas todas as questões de legislação, projetos de lei, medidas provisórias que versam sobre o setor agro. É outro front importante para poder fazer isso.  

Mas, acima de tudo, um parlamentar age bem se ele tiver um vínculo com o setor. E uma das coisas que me deixou mais feliz foi durante o período como secretário de Agricultura paulista ter aprofundado a minha convivência e vivência com o setor citrícola através de suas diferentes entidades, de todos os elos da cadeia produtiva. Continuo em Brasília a ser o porta-voz a partir desse relacionamento que foi construído. 

É por toda essa importância que espero contribuir cada dia mais para que a agricultura paulista tenha voz no Congresso Nacional!

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