Infelizmente não foi desta vez que o Brasil se tornou hexacampeão mundial. Fomos eliminados da Copa da Rússia pela dedicação e pelo jogo de equipe da Bélgica. Momento de identificarmos os erros, avalia-los e reconstituir referências e ir trabalhando por quatro anos para, em 2022, conquistarmos mais uma estrela.
Lições para reorientar comportamentos para os próximos anos, aprendizados que, vindos do campo de futebol, podem ser utilizados para nossas vidas. No país do futebol, nada melhor do que usar os ensinamentos de uma Copa do Mundo para crescermos como Nação.
Primeira lição: é preciso se preparar e se dedicar para obter um bom resultado. Como nós brasileiros bem sabemos, sem muito trabalho, todos os dias, nada cai do céu, nada é conquistado. “Somente se colhe o que se planta”
Vamos tentando marcar um gol de placa que nos dê alegria mas não é possível contar apenas com a sorte. É preciso estratégia, planejamento. As coisas não podem ser feitas na base do achismo, de forma individual e autoritária. Precisamos ser um time.
Outra importante lição: unidos somos mais fortes. Como uma equipe, temos mais condições de driblar obstáculos em campo como desemprego, corrupção, falta de investimentos em diversos setores, insegurança e instabilidade política.
Quando jogamos em nome de um bem coletivo, e não de forma individual, conseguimos superar dificuldades da vida como a marcação de um bom zagueiro. Elas devem ser dribladas, assim como a tristeza de não estarmos na final da Copa. É preciso manter o objetivo, se desvencilhar da dificuldade e ter força para continuar nosso caminho rumo ao gol e isto significa não fazer coisas imediatas, não admitir artificialismos para resolver problemas econômicos, não aceitar políticas sociais clientelistas, não se submeter aos corporativismos.
Perdemos a Copa da Rússia, mas podemos nos orgulhar de sermos o maior campeão mundial de futebol – e também de termos forças para sempre continuar lutando mesmo após as derrotas. O Brasil é o país da coragem, da resiliência e do compromisso com o trabalho.
Ou seja, buscamos consolidar as iniciativas e setores em que temos vantagens competitivas e comparativas em relação aos outros países do mundo.
Por exemplo: setor agropecuário.
Devemos ser um time que tem pela frente neste ano o desafio de escalar representantes comprometidos, sérios, de trabalho comprovado, éticos e com a ficha limpa. Eles governarão o Brasil, os Estados e Distrito Federal nestes quatro anos até a Copa do Qatar. Daí a importância das eleições!
Se quisermos vencer o jogo e colocar o Brasil de novo no rumo do crescimento e desenvolvimento precisamos colocar em campo quem luta pelo grupo, pela população, não quem se interessa apenas em construir uma imagem própria, atender interesses pessoais.
É simbólico pensar nisso. Analogias entre futebol e vida são muitas, mas talvez a mais valiosa seja a de que, mesmo se houver um 7x1, a esperança de dias melhores deve prevalecer entre nós. Uma esperança baseada na força do nosso povo. Somos capazes de seguir em frente, enfrentar os problemas e aproveitar as alegrias.
Nesta disputa que toma espaço em outubro, o mais bem preparado vence, no tempo regulamentar do primeiro turno ou na prorrogação do segundo turno. Como no futebol, o fanatismo deve ficar de lado na hora da escolha. A paixão de torcedor deve dar lugar à responsabilidade.
Responsabilidade de escolher quem vai entrar em campo e nos garantir bons resultados fugindo dos extremismos. É preciso avaliar o talento de cada um tendo em mente o bem da nossa nação, não deste ou daquele time/partido. É preciso vestir a camisa do Brasil.
Que o 2x1 que a Bélgica nos impôs seja o estímulo para que nos permita voltar a vencer!