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Solo fértil x Solo saudável: a verdadeira praga



Altamiro Alvernaz

Hoje o coração do sistema produtivo de mais de 95% do nosso agronegócio está em desequilíbrio. Se você utiliza defensivos no coração da sua produção você faz parte desses 95% a que me refiro. Isso significa que alguma coisa acontece no seu processo produtivo que o desequilibra e força você a usar o defensivo. Já parou para pensar nisso? Qual a causa desse desequilíbrio na sua produção se damos tudo que a planta necessita em termos de nutrientes para que ela cresça forte, saudável e produzindo?

 

Solo Fértil x Solo Saudável: a verdadeira praga

Se um solo contém altos teores de fertilizantes minerais, ele deveria ser permanentemente fértil, com nutrientes disponíveis, e saudável. Por que isso não acontece?

A fertilidade do solo garante, por si só, uma produção agrícola saudável a longo prazo? Se sim, por que usamos defensivos?

Será que apenas a presença de nutrientes solúveis de fertilizantes minerais define a capacidade do solo de sustentar a vida vegetal? Ou preciso sempre do defensivo para a equação fechar?

Ou existe algo mais complexo que regula essa produtividade?

Será que o segredo de um solo verdadeiramente produtivo está apenas nos nutrientes, ou na interação entre minerais, estrutura e vida biológica?

Peço que reflita por 1 minuto e siga a leitura.

 

Solo Fértil x Solo Saudável: a verdadeira praga (parte II)

O que acontece com os microrganismos do solo quando aplicamos fertilizantes minerais altamente solúveis? Se a solubilidade desse fertilizante vem da injeção de ácido sulfúrico e ácido fosfórico, será que eles favorecem a vida no solo ou acabam eliminando grande parte dela?

E o cloreto de potássio? Se ele é um cloro, será que sua alta concentração não elimina os microrganismos essenciais para a saúde do solo? Será que uma outra fonte não seria mais benéfica ao solo?

E eliminando os microrganismos do solo, não estamos desequilibrando esse solo?

Desequilibrando esse solo não estamos abrindo espaço para as “pragas e doenças”?

E os defensivos agrícolas? Se eles são formulados para eliminar “pragas e doenças”, será que não afetam também os microrganismos benéficos do solo?

Será então que os fertilizantes minerais e cloreto de potássio quando eliminam os microrganismos do solo, provocam o desequilíbrio e o aparecimento de doenças?

Será que é por isso que uso defensivo toda safra?

Se a microbiota do solo é a responsável por disponibilizar nutrientes e manter a saúde do solo, o que acontece quando passamos a depender apenas de insumos químicos? Será que viramos “dependentes químicos”?

Se meu solo é mantido com fertilizantes minerais, cloreto de potássio e defensivos químicos, e depende cada vez mais dessas correções químicas para continuar produzindo, eu sou um dependente químico?

Será que estamos apenas mantendo uma ilusão de fertilidade enquanto degradamos silenciosamente sua estrutura e biologia? A quem interessa manter essa ilusão?

E será que eu, como dependente químico, não consigo sair desse vício?

Peço que reflita por mais 1 minuto e siga a leitura.

 

Solo Fértil x Solo Saudável: a verdadeira praga (parte III)

Como podemos garantir que um solo que perdeu sua microbiota seja capaz de produzir alimentos ricos e saudáveis para nós, já que nossos alimentos são provenientes de um solo que é dependente de insumos químicos?

Será que a crescente incidência de doenças modernas, como alergias, distúrbios metabólicos e problemas intestinais, pode estar ligada à forma como cultivamos nossos alimentos?

Será que estamos realmente nos alimentandos de forma saudável quando consumimos produtos cultivados em solos quimicamente dependentes?

Se a “dependência química” em humanos é considerada uma doença, será que nossos solos são doentes?

Será que não está na hora de repensarmos o que realmente significa nutrição e saúde desde a raiz?

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