Nos últimos anos verifica-se uma tendência global de preocupação com a segurança dos alimentos. Mercados como a União Européia em especial atribuem grande importância ao assunto. Qualidade, frescor, sabor, informações sobre o meio ambiente de produção e a origem dos alimentos são atributos cada vez mais considerados pelos consumidores europeus. Portanto, quem quiser entrar nesse importante mercado europeu, com alto valor agregado, precisa seguir à risca normas que garantam a qualidade dos alimentos. Caso contrário, serão simplesmente excluídos do processo.
No que tange ao mercado de carne bovina, o Brasil possui uma importante e decisiva vantagem, pois nossos animais são alimentados exclusivamente a campo com pastagens e suplementação mineral. Bovinos de genética comprovada e certificada são capazes de produzir animais precoces com carcaça de qualidade alimentando-se de matéria verde.
Para que possamos explorar esse diferencial incontestável, é preciso apresentar certificações que comprovem as características da nossa pecuária, oferecendo ao mercado externo produtos de qualidade e que atendem às exigências dos consumidores.
EurepGap é uma ferramenta cada vez mais reconhecida pelos europeus nesse processo. Trata-se da certificação exigida pelas grandes redes varejistas européias, que abrange a segurança do alimento, o meio ambiente, a saúde ocupacional, a segurança e o bem-estar animal e dos envolvidos na produção. Até o trabalho infantil e o nível educacional dos funcionários das propriedades são considerados.
A Agropecuária Jacarezinho, uma das maiores organizações pecuárias do País, com propriedades em São Paulo e na Bahia e comercialização de mais de 1.000 touros Nelore por ano, deu um passo além. Criamos a certificação Qualex, que além dos requisitos exigidos pelo EurepGap, aborda aspectos como o cuidado com os neonatos, programa de melhoramento genético, sistema de gestão de qualidade e fábrica de rações.
É importante deixar claro que nós, pecuaristas, somos fornecedores de alimentos. E, como tal, precisamos atender às exigências dos nossos clientes. Nesse sentido, as certificações de qualidade garantem que as tais necessidades dos consumidores sejam atendidas. Está aí um processo sem volta: ou investimos em segurança alimentar ou podemos continuar marginalizados em relação a preço no comércio internacional.
