
O poeta Fernando Pessoa resumiu em uma frase a dimensão da existência humana: o homem é do tamanho dos seus sonhos. De fato, sem sonhos e ideais não há esperança e a vida perde sua grandiosidade. São eles que nos fortalecem e que nos movem e, por eles, enfrentamos as dificuldades e desafios porque enxergamos à frente que há uma meta a ser atingida. Sem um objetivo, a vida segue ao sabor do vento, a existência perde seu sentido e o homem abre mão do seu poder de transformação.
E os sonhos podem ser projetos pessoais, mas também coletivos. E vejo com preocupação que o brasileiro, em geral, perdeu um pouco a capacidade de fazer planos e de lutar pelos objetivos comuns. Há uma certa apatia, um imobilismo disseminado pelo país e uma descrença de que a ação coletiva possa fazer alguma diferença. É até compreensível que isso esteja acontecendo. Infelizmente.
A sucessão de escândalos que se tornou comum, sobretudo na política brasileira, fez com que encarássemos esses acontecimentos da mesma forma como assistimos a uma novela ou a um filme. Perdemos o parâmetro do que é aceitável porque há um desgaste dos valores. Como tudo acaba em nada - sem culpados, sem penas, sem punição -, o brasileiro se vê desanimado, vencido pela situação. Fazer o quê, se nada acontece e se nada muda? É esse o pensamento que acaba enfraquecendo os nossos sonhos.
Tenho visto com alguma freqüência nos jornais articulistas apontarem a ausência de lideranças como uma das principais explicações para esse desânimo nacional. E até concordo. Se tivéssemos uma figura capaz de agregar grupos em torno de um ideal, de um objetivo comum, talvez fosse possível alguma transformação. Grandes mudanças e grandes feitos podem partir da ação de poucos, mas ganhar força com o engajamento de muitos. O sonho coletivo passa a estar mais próximo da realidade.
E exemplos estão por toda parte. A Canaoeste é um deles. A associação foi fundada em 1945, quando um grupo de 20 produtores rurais se uniu para tentar melhorar suas condições de vida. Perceberam que juntos teriam mais chance de alcançar um ideal comum, apesar de todas as dificuldades e desafios que, com certeza, eram bem maiores do que são hoje. Mesmo assim, o grupo fez a sua parte. Talvez nem tivessem consciência de que a iniciativa era uma semente grandiosa, de onde surgiram frutos.
Passados 63 anos, que serão completados no dia 22 de julho, a Canaoeste é hoje a maior associação de fornecedores independentes de cana do Brasil e, consequentemente, uma das mais importantes do mundo. É materialização do ideal perseguido por aquele pequeno grupo de produtores, que não se desanimou frente às dificuldades e que foi à luta. Faço esse registro porque no último dia 20 recebemos com pesar a notícia do falecimento de Eugênio Mazzer, o último dos 20 sócios fundadores a nos deixar.
É uma perda irreparável, mas fica para o nós o seu exemplo de coragem e ousadia e também a responsabilidade de levarmos adiante a bandeira da associação. Se a Canaoeste é hoje moderna e progressiva, é graças ao empenho de cada um que dela fez parte ao longo da sua história, sobretudo daqueles que fizeram dela um ideal a ser perseguido. Prestamos nossa homenagem a Eugênio Mazzer e pedimos a Deus que lhe reserve um bom lugar. Foi um grande homem, um líder. Do tamanho dos seus sonhos. E um grande exemplo para todos nós.
E os sonhos podem ser projetos pessoais, mas também coletivos. E vejo com preocupação que o brasileiro, em geral, perdeu um pouco a capacidade de fazer planos e de lutar pelos objetivos comuns. Há uma certa apatia, um imobilismo disseminado pelo país e uma descrença de que a ação coletiva possa fazer alguma diferença. É até compreensível que isso esteja acontecendo. Infelizmente.
A sucessão de escândalos que se tornou comum, sobretudo na política brasileira, fez com que encarássemos esses acontecimentos da mesma forma como assistimos a uma novela ou a um filme. Perdemos o parâmetro do que é aceitável porque há um desgaste dos valores. Como tudo acaba em nada - sem culpados, sem penas, sem punição -, o brasileiro se vê desanimado, vencido pela situação. Fazer o quê, se nada acontece e se nada muda? É esse o pensamento que acaba enfraquecendo os nossos sonhos.
Tenho visto com alguma freqüência nos jornais articulistas apontarem a ausência de lideranças como uma das principais explicações para esse desânimo nacional. E até concordo. Se tivéssemos uma figura capaz de agregar grupos em torno de um ideal, de um objetivo comum, talvez fosse possível alguma transformação. Grandes mudanças e grandes feitos podem partir da ação de poucos, mas ganhar força com o engajamento de muitos. O sonho coletivo passa a estar mais próximo da realidade.
E exemplos estão por toda parte. A Canaoeste é um deles. A associação foi fundada em 1945, quando um grupo de 20 produtores rurais se uniu para tentar melhorar suas condições de vida. Perceberam que juntos teriam mais chance de alcançar um ideal comum, apesar de todas as dificuldades e desafios que, com certeza, eram bem maiores do que são hoje. Mesmo assim, o grupo fez a sua parte. Talvez nem tivessem consciência de que a iniciativa era uma semente grandiosa, de onde surgiram frutos.
Passados 63 anos, que serão completados no dia 22 de julho, a Canaoeste é hoje a maior associação de fornecedores independentes de cana do Brasil e, consequentemente, uma das mais importantes do mundo. É materialização do ideal perseguido por aquele pequeno grupo de produtores, que não se desanimou frente às dificuldades e que foi à luta. Faço esse registro porque no último dia 20 recebemos com pesar a notícia do falecimento de Eugênio Mazzer, o último dos 20 sócios fundadores a nos deixar.
É uma perda irreparável, mas fica para o nós o seu exemplo de coragem e ousadia e também a responsabilidade de levarmos adiante a bandeira da associação. Se a Canaoeste é hoje moderna e progressiva, é graças ao empenho de cada um que dela fez parte ao longo da sua história, sobretudo daqueles que fizeram dela um ideal a ser perseguido. Prestamos nossa homenagem a Eugênio Mazzer e pedimos a Deus que lhe reserve um bom lugar. Foi um grande homem, um líder. Do tamanho dos seus sonhos. E um grande exemplo para todos nós.