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Nossa carne é mais saudável: Será que existe diferença entre carne de boi e de vaca ?



Eduardo Krisztán Pedroso

Muitos dizem que sim. Outros dizem que não. Curioso, mas quando o assunto é carne há sempre um especialista por perto. Falar de carne e de qualidade dá margem a diversos pontos-de-vista; além do que, a própria denominação boi ou vaca não é suficiente para rotular ou definir o padrão do produto final. Por isso é importante ao consumidor ter bem claro alguns conceitos, antes de embarcar em discussões estéreis.

Mais que um conceito, é um fato constatado pela ciência de que a carne bovina é um alimento indispensável à saúde humana. O complexo de macro e micronutrientes da carne vermelha é essencial ao desenvolvimento mental e físico do ser humano. Na década de 60, o pesquisador indiano Ananda Prasat, radicado no Canadá, que estudava populações subnutridas do Egito e do Irã, observou que a deficiência de Zinco era a causa das três anomalias observadas naquele grupo : o nanismo – estatura física muito abaixo da média -; atraso no desenvolvimento mental do grupo, e hipogonadismo – desenvolvimento incompleto dos órgãos sexuais.

Essa pesquisa é bem conhecida no meio científico, assim como as funções do Zinco, um mineral que responde por praticamente todas as funções do organismo humano e animal. Onde há falta de zinco, o órgão adoece. Isso é um fato reconhecido pela ciência há mais de três décadas. Principais fontes de zinco : peixes e frutos do mar; e carne vermelha. Não há portanto como dispensá-la da dieta humana.

Outros aspectos relevantes, como o da segurança sanitária, conservação adequada da carne e abate inspecionado deveriam constar sempre da pauta do dia dos meios de comunicação. Afinal, são os consumidores que remuneram toda a cadeia produtiva, cabendo-lhes, portanto, o direito à segurança alimentar. Devido ao espaço restrito desta coluna, abordaremos, por ora, apenas mais um aspecto relativo à segurança oferecida pela carne do boi do Brasil, o nelore, criado a pasto e longe do risco do mal da vaca louca.

Todos sabem que o mal da vaca louca é transmitido pelo consumo de rações de restos animais. Ou seja, rações fornecidas aos animais criados em regime de confinamento, como é típico dos países de clima temperado, Canadá e União Européia, principalmente. No caso do Brasil, temos pastos de sobra para criar a raça nelore, de origem indiana e perfeitamente adaptada às condições dos trópicos. Nenhuma outra raça adptou-se tão bem às condições do Brasil como o nelore, que enfrenta longos períodos de seca comendo pasto de brachiaria, resistindo aos ecto e endoparasitas, enquanto cresce e se reproduz.

É preciso também ter bem claro que quando se fala que carne faz mal à saúde, ou ao coração, isso talvez sirva aos moradores do hemisfério norte ou do Japão, onde se cultiva o hábito de carnes gordas e produzidas em regime de confinamento, á base das tais rações contaminadas.

A carne do nosso nelore, graças à Deus, é magra e produzida a pasto, à base de grãos e forragens tropicais.

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