A safra gaúcha de trigo ainda não chegou à metade da área colhida e as cotações já despencaram cerca de R$ 150,00 à tonelada no mercado de lotes local. Desde o final de outubro, quando as primeiras lavouras começaram ser colhidas no oeste e noroeste do Estado, a pressão de safra pesou forte sobre as cotações. O mesmo registrado no forte da entrada da safra paranaense, no inicio do mês de outubro. Porém no PR a pressão nos preços fora bem menor. Por conta do início da safra ter sido muito conturbado com o estrago ocasionado pelas geadas, no sudoeste do estado, a qualidade e produtividade do grão ficaram comprometidas.
O que piora ainda mais a situação no Rio Grande do Sul é o apagão da demanda por parte dos moinhos. Após arrematar os primeiros volumes colhidos, os compradores se ausentaram do mercado, e estão agora apenas acompanhando a evolução da colheita e recebendo lotes negociados durante o desenvolvimento da safra. E assim, a primeira semana de novembro permanece literalmente apenas com preço referência, e pouquíssimos registros de negócios sendo efetuados.
E então, o que fazer diante deste pânico nos preços? Esta pergunta com certeza deve matutar a cabeça de muitos produtores neste momento. Bem, um fator muito importante a ressaltar, é que o mercado de trigo também encontra dificuldades de comercialização nos elos seguintes da cadeia do cereal. O que obriga os moinhos a aguardar novos movimentos dos compradores de farinhas para só assim calcularem suas margens e voltar às compras. As indústrias de processamento – que compram farinha dos moinhos – por sua vez, estão inseguras em efetuar grandes programações de compras até o final do ano, de olho nos movimentos da economia do país.
Do lado fundamental, um dos pontos que talvez seja o que mais pressiona os preços no RS é o descasamento entre oferta e demanda. Em contraste com o quadro brasileiro, que para o ano comercial 2013/2014 estima produzir 4,7 milhão de toneladas e importar outras 7,5 para suprir o consumo nacional e garantir um volume mínimo de estoques de passagens, no RS a situação é inversa. O estado projeta colher 2,7 milhão de toneladas e sua projeção de moagem deverá absorver apenas a metade deste volume.
A liberação pela Camex (Câmara de Comercio Exterior) para a compra de mais 600 mil toneladas dos Estados Unidos com isenção da TEC também causou certo efeito psicológico aos preços do grão brasileiro. Porém esta isenção provavelmente permanecerá ao longo de 2014 e o triticultor precisa desde já encará-la como realidade daqui para frente. Afinal, a atual política de preços estáveis e baratos dos alimentos não deverá mudar em pleno ano de eleição.
No entanto, a boa notícia é que as cotações internacionais seguem bem acima dos preços internos, e o setor de farinhas sabe disso. Em Santos, por onde tradicionalmente entra o maior volume importado do país, as cotações do trigo argentino e uruguaio, com entrega em dezembro, giram na casa de R$ 950,00 à tonelada. Já o produto norte-americano, com a isenção da TEC, chega ao mesmo porto na casa de R$ 1000,00 a tonelada. Portanto, a indicação dos analistas é que o produtor aguarde este momento de pressão passar, porque aos poucos o produto gaúcho começará ser demandado também pelos moinhos de Santa Catarina, Paraná e São Paulo ao longo da entressafra.
O que piora ainda mais a situação no Rio Grande do Sul é o apagão da demanda por parte dos moinhos. Após arrematar os primeiros volumes colhidos, os compradores se ausentaram do mercado, e estão agora apenas acompanhando a evolução da colheita e recebendo lotes negociados durante o desenvolvimento da safra. E assim, a primeira semana de novembro permanece literalmente apenas com preço referência, e pouquíssimos registros de negócios sendo efetuados.
E então, o que fazer diante deste pânico nos preços? Esta pergunta com certeza deve matutar a cabeça de muitos produtores neste momento. Bem, um fator muito importante a ressaltar, é que o mercado de trigo também encontra dificuldades de comercialização nos elos seguintes da cadeia do cereal. O que obriga os moinhos a aguardar novos movimentos dos compradores de farinhas para só assim calcularem suas margens e voltar às compras. As indústrias de processamento – que compram farinha dos moinhos – por sua vez, estão inseguras em efetuar grandes programações de compras até o final do ano, de olho nos movimentos da economia do país.
Do lado fundamental, um dos pontos que talvez seja o que mais pressiona os preços no RS é o descasamento entre oferta e demanda. Em contraste com o quadro brasileiro, que para o ano comercial 2013/2014 estima produzir 4,7 milhão de toneladas e importar outras 7,5 para suprir o consumo nacional e garantir um volume mínimo de estoques de passagens, no RS a situação é inversa. O estado projeta colher 2,7 milhão de toneladas e sua projeção de moagem deverá absorver apenas a metade deste volume.
A liberação pela Camex (Câmara de Comercio Exterior) para a compra de mais 600 mil toneladas dos Estados Unidos com isenção da TEC também causou certo efeito psicológico aos preços do grão brasileiro. Porém esta isenção provavelmente permanecerá ao longo de 2014 e o triticultor precisa desde já encará-la como realidade daqui para frente. Afinal, a atual política de preços estáveis e baratos dos alimentos não deverá mudar em pleno ano de eleição.
No entanto, a boa notícia é que as cotações internacionais seguem bem acima dos preços internos, e o setor de farinhas sabe disso. Em Santos, por onde tradicionalmente entra o maior volume importado do país, as cotações do trigo argentino e uruguaio, com entrega em dezembro, giram na casa de R$ 950,00 à tonelada. Já o produto norte-americano, com a isenção da TEC, chega ao mesmo porto na casa de R$ 1000,00 a tonelada. Portanto, a indicação dos analistas é que o produtor aguarde este momento de pressão passar, porque aos poucos o produto gaúcho começará ser demandado também pelos moinhos de Santa Catarina, Paraná e São Paulo ao longo da entressafra.