MAPA resolve “tirar o sofá da sala” no caso das ivermectinas LA e despreza avanços na produtividade da pecuária brasileira.
“Tirar o sofá da sala” é uma anedota antiga, onde o marido após ser avisado por um bilhete anônimo que a esposa o traia com um amante no sofá da própria sala de visitas, resolveu rapidamente o problema: tirou o sofá da sala.
Como especificado em nota recente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil – ACNB, a qual nos solidarizamos, “as Avermectinas são aprovadas pelo MAPA e usadas no Brasil há mais de 25 anos, sendo seus benefícios de grande relevância para toda cadeia produtiva - em especial nos dias atuais, em que se vê a implementação de programas governamentais que buscam ganhos de eficiência na produção, redução de emissão de gases e preservação do meio ambiente”.
As “mectinas” são as responsáveis pela primeira grande explosão de produtividade da pecuária nacional! Revolucionaram o manejo e possibilitaram que os animais, principalmente nos trópicos, pudessem produzir, a pasto, mais carne e em menos tempo. Foram impulsionadoras das tecnologias que vieram ou foram aperfeiçoadas depois, como os proteinados, intensificação dos rebanhos em melhoramento genético, melhoria de pastagens e etc, afinal elas mostraram ao produtor que a aplicação correta da tecnologia resultava, realmente, no aumento da produtividade na pecuária de corte e os capitalizou para avançar na aplicação de tecnologias. Inclusive em tecnologias para redução do uso da molécula nos animais.
Enfim se hoje, figuramos no topo da produção de carne para o mundo, e para horror dos americanos e europeus, numa matriz majoritariamente a pasto, em clima tropical e com custos altamente competitivos, devemos a descoberta desta molécula milagrosa há décadas atrás.
A alegação do MAPA, da última quarta (11/06), apenas corrobora a piada. Com a alegação de proibir o uso do produto para não prejudicar as exportações aos Estados Unidos, ou seja, para garantir 23,5 mil das 1 milhão e 500 mil toneladas de carne que vendemos anualmente para o mundo, ou ainda, garantir uma “possível” abertura para o mercado americano de carne “in-natura”, nosso Secretário de “Defesa Agropecuária” ao invés de intensificar as inspeções nos frigoríficos, autuar os infringentes dos prazos de carência ou fiscalizar empresas que agem a margem da lei na produção ou introdução do produto no país, resolveu simplesmente punir toda a cadeia, em sua esmagadora maioria, cumpridora dos seus deveres na produção de carne saudável.
Para resumir, nosso atual Secretário de “Defesa” não buscou “defender” os interesses do setor produtivo, simplesmente “tirou o sofá da sala” impedindo a venda de um produto, muito mais utilizado na cria e na recria (justamente pela sua longa ação) do que na engorda, como forma de “resolver” um problema que poderia ser solucionado com outras medidas mais eficazes, numa intrigante rapidez, não consultando o setor produtivo, e pior, desprezando a história de sucesso mundial da nossa pecuária tropical nacional, além de desmerecer nossa forte posição internacional como produtor de proteína animal no mundo, conquistada pelo setor produtivo e, pelo que vemos, sem importância para tomada de suas decisões.
Então, resta perguntar: Quem será responsabilizado pelo prejuízo que tal medida representará ao setor? Para quem mandaremos a conta?
Fernando Lopa
Presidente
Associação Brasileira de Hereford e Braford
www.abhb.com.br
“55 anos a serviço da pecuária brasileira”
Como especificado em nota recente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil – ACNB, a qual nos solidarizamos, “as Avermectinas são aprovadas pelo MAPA e usadas no Brasil há mais de 25 anos, sendo seus benefícios de grande relevância para toda cadeia produtiva - em especial nos dias atuais, em que se vê a implementação de programas governamentais que buscam ganhos de eficiência na produção, redução de emissão de gases e preservação do meio ambiente”.
As “mectinas” são as responsáveis pela primeira grande explosão de produtividade da pecuária nacional! Revolucionaram o manejo e possibilitaram que os animais, principalmente nos trópicos, pudessem produzir, a pasto, mais carne e em menos tempo. Foram impulsionadoras das tecnologias que vieram ou foram aperfeiçoadas depois, como os proteinados, intensificação dos rebanhos em melhoramento genético, melhoria de pastagens e etc, afinal elas mostraram ao produtor que a aplicação correta da tecnologia resultava, realmente, no aumento da produtividade na pecuária de corte e os capitalizou para avançar na aplicação de tecnologias. Inclusive em tecnologias para redução do uso da molécula nos animais.
Enfim se hoje, figuramos no topo da produção de carne para o mundo, e para horror dos americanos e europeus, numa matriz majoritariamente a pasto, em clima tropical e com custos altamente competitivos, devemos a descoberta desta molécula milagrosa há décadas atrás.
A alegação do MAPA, da última quarta (11/06), apenas corrobora a piada. Com a alegação de proibir o uso do produto para não prejudicar as exportações aos Estados Unidos, ou seja, para garantir 23,5 mil das 1 milhão e 500 mil toneladas de carne que vendemos anualmente para o mundo, ou ainda, garantir uma “possível” abertura para o mercado americano de carne “in-natura”, nosso Secretário de “Defesa Agropecuária” ao invés de intensificar as inspeções nos frigoríficos, autuar os infringentes dos prazos de carência ou fiscalizar empresas que agem a margem da lei na produção ou introdução do produto no país, resolveu simplesmente punir toda a cadeia, em sua esmagadora maioria, cumpridora dos seus deveres na produção de carne saudável.
Para resumir, nosso atual Secretário de “Defesa” não buscou “defender” os interesses do setor produtivo, simplesmente “tirou o sofá da sala” impedindo a venda de um produto, muito mais utilizado na cria e na recria (justamente pela sua longa ação) do que na engorda, como forma de “resolver” um problema que poderia ser solucionado com outras medidas mais eficazes, numa intrigante rapidez, não consultando o setor produtivo, e pior, desprezando a história de sucesso mundial da nossa pecuária tropical nacional, além de desmerecer nossa forte posição internacional como produtor de proteína animal no mundo, conquistada pelo setor produtivo e, pelo que vemos, sem importância para tomada de suas decisões.
Então, resta perguntar: Quem será responsabilizado pelo prejuízo que tal medida representará ao setor? Para quem mandaremos a conta?
Fernando Lopa
Presidente
Associação Brasileira de Hereford e Braford
www.abhb.com.br
“55 anos a serviço da pecuária brasileira”