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Lixão ou Aterro – Prefeituras é possível solucionar e até lucrar com eles ?


Climaco Cezar de Souza
O lixão quando bem aproveitado pode ser uma boa fonte de recursos para os órgãos ou agências municipais e sem riscos de incêndios ou até de explosões e mortes quando da sua remoção. 
EXISTEM TECNOLOGIAS QUE PERMITEM O APROVEITAMENTO RACIONAL, AMBIENTALMENTE CORRETO E SEM RISCOS, DOS RESÍDUOS CONTIDOS NOS LIXÕES, ATÉ SEM CUSTOS PARA OS MUNÍCIPES E SEM INTERFERIR NOS ATUAIS SISTEMAS DE LIMPEZA E DE COLETA. 
A tecnologia de pirólise LOCAL em fornos especiais, por exemplo, permite transformar o lixo em carvão de alta qualidade e com inúmeras aplicações – siderurgia, termo elétricas, caldeiras, pellets para uso domiciliar, carvão ativado e outros, além de grande redução dos custos com remoções. 
Considerando que o lixo tem o custo de praticamente “ZERO” e o carvão o preço de até R$ 500,00 a tonelada, é fácil perceber o lucro que o processo tecnológico pode proporcionar. Também, em casos específicos, podem-se produzir bons volumes de energia elétrica com o biogás e lixo (tecnologia alemã rápida e bem diferente do biogás de dejetos animais), sendo que a E. E. é vendida no mercado livre entre R$ 250,00 e R$ 700,00/mWh, a depender do local e da existência de demandantes.
Também, no caso do carvão pirolitico, devem ser levados em conta outros benefícios:
- Como não há geração de metano, podem ser pleiteados créditos de carbono; 
- Haverá comercialização de matérias que não sofreram decomposição térmica – alumínio, ferro, vidro, cobre, areia e rochas; 
- Possível aproveitamento de grande parte dos resíduos finais, e dos entulhos de construção também recolhidos ou depositados no local, na fabricação de blocos para construção de casas populares dos catadores. Ao final, alem da boa solução ambiental e social, muito se reduzirá o tamanho do aterro sanitário necessário, lembrando que fica muito caro a construção de tais aterros e em que não há boa segurança ambiental; 
- Sem formação de chorumes e sem vazamentos de gases nocivos remanescentes; 
- Reaproveitamento de outros produtos no processo de pirólise, boa parte formadores de outros gases nocivos como o ácido pirolenhoso e o gás de síntese para geração de energia (punção/drenagem primária dos bolsões de gás originais). 
NO PROCESSO DE PIRÓLISE PARA A ATMOSFERA É EMITIDO APENAS VAPOR D’ÁGUA. 
PRINCIPAIS ROTAS TECNOLOGICAS, SEUS CUSTOS E RESULTADOS. 
Basicamente são três as modernas tecnologias disponíveis para tanto (nacionalizadas, muito baratas e efetivas) e seus custos e resultados dependerão da qualidade do lixo e dos volumes a depositar na porta da usina a ser construída na forma de parceria local ou regional no mínimo por 30 anos (usina a ser construída apenas no formato de SPE/PPP, após estudos e aprovação pela Câmara). Preliminarmente, tudo precisará ser muito bem diagnosticado e medido, sobretudo em termos de possíveis resultados sócio-econômicos e reais soluções ambientais (não criação de novos problemas que gerem ainda mais multas ambientais, dissabores para a população e embargos futuros dos TCE e/ou das Câmaras). 
Se for lixo mais orgânico ou misto (inclusive de CEASAS, feiras, restaurantes, residências etc..), o ideal será produzir-se eletricidade a partir de metano/biogás rápido e mais biofertilizante de alta qualidade (modelo alemão nacionalizado). 
Já se o lixo for mais inorgânico (basicamente lixo seco de fábricas, escritórios, ruas, residências etc.., inclusive plásticos, pneus, papelão, papel, pilhas, baterias, vidro, ferro, aço, cobre etc..) ou oriundo de lixões e aterros sem gás explosivo ou incendiável o ideal será produzir-se muito carvão pirolitico (carbonização sem queima) mais bons volumes de produtos químicos não emanadores de novos gases nocivos (modelo chinês nacionalizado). 
Uma terceira via com tecnologia adicional é a produção de eletricidade no mesmo local ou vizinho (pelo elevado perigo de transporte) com a punção/drenagem de gases perigosos ainda remanescentes nos lixões e aterros até que estes esgotem seus gases e possam também serem transformados em carvão pirolitico e produtos químicos (não serve para biogás). 
As tecnologias são bem mais viáveis e rentáveis em municípios acima de 100 mil habitantes, podendo-se formar consórcio de prefeituras menores, desde que o lixo total seja entregue na porta da usina por todo o período e situada no máximo a 80 km de cada sede (até para não haver perdas e derramamentos pelos caminhões). 
Para mais detalhes SOBRE CUSTOS E RESULTADOS, vide o texto mais duas  apresentações ao final com as duas técnicas principais para diversas populações neste mesmo site: 
http://www.agrolink.com.br/colunistas/ColunaDetalhe.aspx?CodColuna=6510

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