CI

Intervenções no câmbio - Entrevista Armínio Fraga



Marcos Archina Weigt
Vários clientes perguntando nossa opinião sobre as declarações do Armínio Fraga com relação a descontinuidade das intervenções no câmbio. Como parece ser um assunto de interesse para a maioria das empresas, vou fazer alguns comentários sobre a questão.
Abaixo trecho de outra entrevista dele para o Estado de SP:
Na avaliação de Fraga, a economia brasileira está "quase derretendo", com um crescimento próximo de zero.
Em participação por vídeo em seminário realizado em Washington, o economista criticou intervenções do governo para controlar preços administrados e a taxa de câmbio, defendeu aproximação com os Estados Unidos e distanciamento dos governos bolivarianos, defendeu maior abertura do País ao exterior e propôs critérios mais estritos para concessão de empréstimos subsidiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"Nós vimos esse filme antes. Essas coisas funcionam por algum tempo, mas depois voltam para assombrá-lo", afirmou, em relação às intervenções governamentais na economia para controlar preços e câmbio.
Fica claro que ele é contra grandes intervenções, mas não deu indicação com relação a intervenções pontuais.
O mercado como falamos em outros informativos é bipolar, ou está muito otimista, e portanto existe grande fluxo de dólares para o Brasil, seja para investimento direto, empréstimos ou portfólio (Investimentos em Renda Fixa e Renda Variável) ou está pessimista, e nesse momento todos querem sair do país ao mesmo tempo.
E nesses momentos, se não existir uma intervenção por parte do Banco Central, os movimentos se retroalimentam (principalmente no pessimismo), e portanto acontecem os "overshootings".
Uma moeda muito volátil afeta todo mercado financeiro, política monetária e prejudica também as empresas, que sem um mínimo de previsibilidade quanto à taxa de câmbio, não conseguem fazer um planejamento de longo prazo quanto à mercados, preços de produtos, vendas, dívida e investimentos.
Portanto, acredito que eles vão deixar o câmbio flutuar de acordo com seus pares no exterior, não vão mais usar as intervenções para manter o câmbio artificialmente valorizado para "segurar" a inflação, mas não vão abrir mão de intervenções pontuais em momentos de grande volatilidade.
Fiquem à vontade para nos contatar caso tenham outas questões!
Marcos Archina Weigt
[email protected]
http://cambioehedge.blogspot.com.br/

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.