O nível de qualidade de vida de uma sociedade é difícil de ser mensurado em sua plenitude. Contudo, pode ser avaliado por meio de indicadores em determinadas áreas consideradas como componentes essenciais para o delineamento do quadro de bem-estar social de uma população. Por isso foi elaborado o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que oferece um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Aos poucos, o IDH tornou-se referência mundial. É um índice-chave dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas. E o Brasil é um dos 191 Estados-Membros das Nações Unidas que assumiram o compromisso de atingir oito objetivos socioeconômicos até 2015. Os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio adotados por todos os países da ONU na cúpula de 2000 da organização incluem a redução da pobreza extrema e da fome, o acesso universal à educação primária, a promoção da igualdade entre homens e mulheres, a redução da mortalidade infantil e a melhoria da saúde materna. Citando a água potável, cerca de 90% da população brasileira tem acesso a ela, proporção semelhante à de países com alto IDH, como a Coréia do Sul (com 92%). Mas apenas os 20% mais ricos da população desfrutam níveis de acesso à água e ao saneamento comparáveis aos de países ricos. Já os 20% mais pobres no Brasil têm uma cobertura inferior à do Vietnã. Para atingir a meta do Milênio o Brasil precisará intensificar o ritmo atual de expansão e ampliar sua cobertura em 14% até 2015.
IDH-M: no Brasil o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), que pode ser consultado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil cobre 5.507 municípios do país é uma ferramenta de planejamento governamental importantíssima. Os melhores IDH dentre as regiões metropolitanas em 2000 eram de Florianópolis (0,859), Porto Alegre (0,835) e São Paulo (0,828). Nos estados do Nordeste também existem excelentes valores de IDH, mas eles acontecem em algumas áreas apenas. Por exemplo, da região metropolitana de Recife temos dados recentes de 2005. No topo do ranking aparecem as áreas mais ricas da capital pernambucana: a orla de Boa Viagem/Pina (IDH de 0,964), o agregado dos bairros residenciais de Graças/Aflitos/Derby/Espinheiro (IDH de 0,953) e a área contígua ao Shopping Recife
Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo: com um custo de R$ 420 milserá apresentado no próximo dia 14 de Setembro esse Atlas que através de um banco de dados eletrônico possibilitará aos mais diversos setores da sociedade paulistana conhecer aspectos da realidade socioeconômica da cidade de São Paulo das 31 Subprefeituras, 96 Distritos ou das 454 micro-regiões. Em nível municipal fazem parte do cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M os indicadores de renda per capita média, a esperança de vida ao nascer, a alfabetização e a taxa bruta de freqüência à escola. Comparem os números: atualmente os moradores dos bairros de Moema e Perdizes possuem o melhor IDH da cidade de São Paulo (0,972) similar à Noruega (líder no ranking mundial).
Belíndia & Portuguiné: esses dois Brasis dentro de um só foram ilustrados brilhantemente em 1974 com a "fundação" de um país imaginário pelo economista Edmar Bacha, a "Belíndia", para se referir aos contrastes brasileiros, que tinham áreas tão avançadas como a Bélgica e, ao mesmo tempo, tão atrasadas como a Índia. Em
Pobreza: quando se fala em miséria, costuma-se usar como quantificador a renda mensal per capita, e são considerados abaixo da linha de pobreza aqueles que têm renda menor que US$ 1 por dia. Aproximadamente a metade da população do mundo vive próxima da linha de pobreza, e segundo um informe da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 3 bilhões de pessoas vivem com menos de US$ 2 por dia. A pobreza não está restrita às nações em desenvolvimento: mais de 10% da população nos 20 países mais ricos do mundo vivem com menos da metade do salário mínimo recomendado. As desigualdades econômicas e sociais continuam aumentando