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ETFs – Exchange Traded Funds - E o Agronegócio



Márcio R. Santos

Ano após ano, governo após governo, o setor que continua deixando o Brasil em destaque é o comumente chamado Agro. Provavelmente isto ocorra devido aos bons resultados para a balança comercial brasileira que, aliado a uma maior exposição nos meios de comunicação e a uma maior cobertura por parte dos agentes econômicos, acarrete um aumento nas alternativas de investimento relacionado ao setor do agronegócio. Além das opções tradicionais disponíveis no mercado como ações, FI Agro, LCA, CRA, existem também os ETFs – Fundos de Investimentos ou Exchange Trade Funds.

Os ETF são fundos de investimento atrelados a algum índice de referência e que possuem suas cotas negociadas em bolsa de valores. Existem ETFs de ações, renda fixa, imobiliários, de commodities, contratos futuros e até mesmo de criptomoedas. Talvez estes produtos não sejam tão conhecidos para a maioria das pessoas no Brasil, mas já são consolidados em mercados desenvolvidos. Por exemplo, existem aproximadamente 1.000 opções de investimento via ETFs nos Estados Unidos, enquanto no mercado Brasileiro a quantidade gira ao redor de 170 alternativas diferentes.

A pessoa que deseja investir em ETF pode fazê-lo através de alguma corretora de valores. Ao comprar uma cota de um ETF de ações, por exemplo, o investidor estará exposto a uma carteira diversificada de ações que procurará replicar o desempenho do índice de referência em questão e que esteja de acordo com a política de investimento e o regulamento do fundo. Assim como outros fundos de investimento, os ETFs também estão sujeitos a cobrança de taxa de administração, imposto de renda (onde o responsável pelo recolhimento é o próprio investidor), além outras taxas como corretagem, negociação e custódia.

Na bolsa Brasileira – B3 – existem algumas alternativas de ETFs de ações ou de mercado futuro ligados ao agro. Dentre os de ações existe o ETF do Banco do Brasil – ticker AGRI11 – que procura refletir a rentabilidade do índice IAGRO-FFS B3. Este índice - IAGRO – é calculado pela B3 e tem como objetivo ser um indicador de desempenho de ações de companhias classificadas como agronegócio e que possuam suas ações negociadas na B3. Outra opção disponível é o ETF do Banco BTG – ticker CMDB11. Este produto também tem como objetivo replicar a rentabilidade do índice ao qual está vinculado, tendo como referência o Índice Teva Ações Commodities Brasil, elaborado pela empresa Teva Índices. Também estão disponíveis para negociação junto à B3 os ETFs BBOI11 e CORN 11, que seguem como referência os índices do boi gordo – IFBOI – e o milho – IFMILHO - ambos calculados pela B3.

Portanto, ETFs são alternativas de investimento que não necessitam de grande valor para se iniciar; são geridas por profissionais, mas que, como qualquer tipo de investimento, necessitam certa prudência e entendimento do que se tratam e a qual índice estão relacionados.

Abaixo segue uma comparação de desempenho entre os ETFs do Banco do Brasil – AGRI11 -, do Banco BTG – CMDB11 - e o ETF BOVA11 (que procura refletir o desempenho do índice BOVESPA), composto pelas ações das empresas mais relevantes do mercado de capitais brasileiro.

Márcio R. Santos
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