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Especulação imobiliária está elevadíssima no Brasil, mesmo com preços da mão-de-obra bem menores do que em outros países


Climaco Cezar de Souza
Em maio/2015, confirmando dados de nosso artigo de março/2013, o CUSTO TOTAL do metro quadrado de um apartamento “standard” novo e em torno de 65 m2 no Brasil de US$ 810/m2 ainda era bem menor do que nos países ricos, mas acima da média dos países do BRICS. 
Contudo notem que este valor médio de R$ 2.308/m2 (cambio de R$ 2,85) em São Paulo ficava muito abaixo dos valores gerais de venda (VGV) atualmente praticados nos mesmos locais, indicando a pratica de altíssimas margens-de-lucro liquidas por m2 (uma verdadeira especulação imobiliária ou prenuncio de uma grande bolha de investimentos; “se não baixar bem mais, não vende”). Em São Paulo, o preço atual do m2 deste tipo de apartamento varia entre R$ 4.000 a R$ 8.000 conforme o local. Já em Brasília, varia entre R$ 2.800 e R$ 7.000/m2 em locais acima de 30 km do centro.
Em maio 2015, conforme levantamentos detalhados pela respeitadíssima Consultoria Internacional especializada Turner & Townsend, o custo do metro quadrado da construção civil no Brasil era cerca de 28% do valor praticado em Londres e 35% do valor de Nova Iorque, mas quase o dobro do valor da Índia e da China. Vide mais detalhes em inglês no site ao final da tabela a seguir, inclusive com detalhamentos da estrutura de tais custos.
Por outro lado, comparando os preços das principais matérias-primas, o valor do concreto (cimento + britas); do aço estrutural; do vidro e dos tijolos no Brasil era bem maior do que os praticados na Índia e na China. Especificamente, os preços do concreto na China eram -48,8% inferiores aos do Brasil, -39,9% no aço estrutural e -52,0% no vidro. 
Já o valor da mão-de-obra da construção civil no Brasil era igual ao da Rússia, mas o dobro do valor praticado na Índia e sete vezes mais do que na China.


De forma geral, os preços médios atuais, externos e internos, das principais matérias-primas (em Us$) estão bem inferiores aos praticado em dezembro de 2011, embora os preços de venda do m2 dos imóveis em R$ tenham aumentado substancialmente no mesmo período no Brasil.
 

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