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DICAS DE GESTÃO_2


Rogério de Melo Bastos
Continuando com as Dicas de Gestão.
Temos como objetivo, disponibilizar informações simples e qualificadas para os gestores de empresas rurais, para que possam melhorar e otimizar a gestão financeira das suas propriedades rurais com foco em resultados. Acreditamos que ao utilizar as ferramentas de gestão propostas nesta série de dicas, os empresários/produtores e gestores rurais atingirão um patamar de mais profissionalização do negócio rural.

Dica de hoje: FLUXO DE CAIXA PROJETADO E REALIZADO.
É uma ferramenta bastante simples para utilizar e de grande eficácia para garantir uma boa e segura gestão financeira na empresa rural. Há várias opções de projeção do fluxo de caixa, tudo depende do giro e do volume dos negócios. Nossa sugestão é para um fluxo de caixa anual, com frequência mensal tanto para as entradas quanto para as saídas.
Após a elaboração da prospecção financeira, sugerida na edição da semana passada, na qual foi possível relacionar todas as possíveis entradas de recursos, seja da atividade operacional, tais como venda de produtos que serão produzidos ao longo do ano, seja de produtos ainda em estoque, seja da liberação dos recursos de financiamentos de custeio habitualmente utilizado, da liberação dos recursos de financiamentos de investimentos, sejam outras receitas não operacionais, como venda de ativos já previamente programados, enfim, de todas as entradas prospectadas na ferramenta anterior.  
O mais importante, agora, é que para estas projeções de entradas deve haver a previsão do mês em que elas deverão se efetivar como entradas.
O mesmo procedimento deve ser feito para aquelas previsões de saídas prospectadas na ferramenta anterior e, da mesma forma prever o mês em que elas deverão se efetivar como saídas.
O fluxo de caixa projetado, para um período anual, com frequência mensal, não quer dizer que tenha que acompanhar rigorosamente a sequência do calendário Janeiro a Dezembro, por exemplo. Pode-se iniciar a qualquer tempo, desde que tenha um ciclo de 12 meses. Insistimos no ciclo de 12 meses, porque dentro deste período certamente haverá o fechamento de todas as culturas de uma propriedade rural. Para as empresas com exploração agrícolas, a sugestão é de que siga o calendário agrícola, tipo, julho de um ano a junho do outro. Mas a escolha do período fica à cargo do gestor. Nossa principal dica: inicie ainda hoje.

Após a organização das informações de entradas e saídas em seus respectivos meses, agora há que sistematizar num formulário bem simples em que o gestor possa identificar o saldo do mês projetado – Entradas menos saídas, repetindo o procedimento mês a mês. Vamos observar que os saldos mensais poderão evidenciar falta de recursos em determinados períodos e sobra de recursos em outros. Todavia, a análise não se resume em observar os saldos mensais, mas fundamentalmente o saldo acumulado. Como chegar no saldo acumulado? Também é bastante simples. Basta considerar o saldo do primeiro mês, somar com o saldo do segundo mês e assim por diante. Sendo assim, o gestor claramente vai identificar as sobras de caixa e/ou os estrangulamentos de caixa. Quanto aos estrangulamentos de caixa, o maior valor negativo acumulado, em determinado mês será a informação da necessidade do capital de giro. Este é o fluxo de caixa projetado. Já o fluxo de caixa realizado, terá como fonte de informações os registros de entradas e saídas efetivamente ocorridos. Assim o gestor poderá comparar o realizado com o projetado e identificar quais as causas positivas ou negativas que afetaram o resultado de caixa.
Sucesso e bom trabalho!

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