A pesca é uma importante atividade econômica e social realizada no Pantanal e em toda a Bacia do Alto Paraguai nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, nas modalidades profissional artesanal, esportiva (= amadora) e de subsistência. Nessa bacia em Mato Grosso do Sul, a captura registrada para a pesca esportiva foi equivalente a 329 toneladas em 2003, e vem se mantendo constante em torno de 300 toneladas anuais para a profissional-artesanal desde 1996, segundo os dados obtidos pelo Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul (SCPESCA/MS).
O pescado capturado pela pesca profissional-artesanal é comercializado in natura - fresco ou congelado - e destinado em mais de 85% aos mercados municipal e estadual. Entretanto, pode ser obtido maior rendimento econômico e social por quilograma de peixe capturado, agregando valor a esse pescado por meio de seu processamento e diversificando a oferta de produtos. Assim, desenvolvendo-se a cadeia produtiva do pescado - filé de peixe congelado, peixe defumado, óleo, concentrado protéico, farinha, pratos prontos – juntamente com a cadeia produtiva do couro de peixe, incluindo a manufatura de itens de vestuário, podem ser gerados novos empreendimentos e mais postos de trabalho, além da qualificação da mão-de-obra local.
Contudo, a escala de produção desses empreendimentos deve ser compatível com a quantidade e a regularidade da oferta de matéria prima, podendo-se utilizar peixes oriundos da pesca e da piscicultura. Para se obter uma produção pesqueira regular pode ser necessária a utilização de petrechos de captura mais eficientes, como a tarrafa, a ser permitida mediante a definição de critérios técnicos relacionados às suas dimensões e condições de uso como apontam vários estudos.
Nesse sentido, um primeiro passo para agregar valor ao pescado foi a realização da oficina “Reciclando o Peixe” nos municípios de Coxim, Corumbá, Miranda e Aquidauna, em 2002. O evento foi uma parceria entre o Fundo de Investimento da Cultura/MS, a SEMA/MS e a Fundação de Cultura/MS com o apoio da Embrapa Pantanal, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), entre outros. Essa oficina foi dirigida sobretudo para a população carente e para os familiares dos pescadores, que aprenderam técnicas de curtimento de couro de peixes, confecção de bijuterias, acessórios e peças de vestuário. Como resultado, formaram-se associações de curtidores (as) de couro nesses municípios, as quais já estão em atividade.
Através do processamento do pescado pode-se, ainda, estabelecer uma ponte entre a pesca profissional artesanal e o turismo pesqueiro. As oficinas de processamento de pescado poderão se tornar novos locais de visitação e os pescadores esportivos e outros turistas potenciais consumidores dos produtos ali fabricados. Além disso, a exemplo do que ocorre em outros países, os pescadores esportivos que visitam o Pantanal Sul poderão deixar os peixes que capturaram em “oficinas de defumação”. Mediante o pagamento de um valor, eles receberão posteriormente os peixes já defumados pelo correio em suas próprias casas. Assim, prolonga-se o “sabor” da pescaria, reforçando o vínculo do visitante com o Pantanal.
O pescado capturado pela pesca profissional-artesanal é comercializado in natura - fresco ou congelado - e destinado em mais de 85% aos mercados municipal e estadual. Entretanto, pode ser obtido maior rendimento econômico e social por quilograma de peixe capturado, agregando valor a esse pescado por meio de seu processamento e diversificando a oferta de produtos. Assim, desenvolvendo-se a cadeia produtiva do pescado - filé de peixe congelado, peixe defumado, óleo, concentrado protéico, farinha, pratos prontos – juntamente com a cadeia produtiva do couro de peixe, incluindo a manufatura de itens de vestuário, podem ser gerados novos empreendimentos e mais postos de trabalho, além da qualificação da mão-de-obra local.
Contudo, a escala de produção desses empreendimentos deve ser compatível com a quantidade e a regularidade da oferta de matéria prima, podendo-se utilizar peixes oriundos da pesca e da piscicultura. Para se obter uma produção pesqueira regular pode ser necessária a utilização de petrechos de captura mais eficientes, como a tarrafa, a ser permitida mediante a definição de critérios técnicos relacionados às suas dimensões e condições de uso como apontam vários estudos.
Nesse sentido, um primeiro passo para agregar valor ao pescado foi a realização da oficina “Reciclando o Peixe” nos municípios de Coxim, Corumbá, Miranda e Aquidauna, em 2002. O evento foi uma parceria entre o Fundo de Investimento da Cultura/MS, a SEMA/MS e a Fundação de Cultura/MS com o apoio da Embrapa Pantanal, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), entre outros. Essa oficina foi dirigida sobretudo para a população carente e para os familiares dos pescadores, que aprenderam técnicas de curtimento de couro de peixes, confecção de bijuterias, acessórios e peças de vestuário. Como resultado, formaram-se associações de curtidores (as) de couro nesses municípios, as quais já estão em atividade.
Através do processamento do pescado pode-se, ainda, estabelecer uma ponte entre a pesca profissional artesanal e o turismo pesqueiro. As oficinas de processamento de pescado poderão se tornar novos locais de visitação e os pescadores esportivos e outros turistas potenciais consumidores dos produtos ali fabricados. Além disso, a exemplo do que ocorre em outros países, os pescadores esportivos que visitam o Pantanal Sul poderão deixar os peixes que capturaram em “oficinas de defumação”. Mediante o pagamento de um valor, eles receberão posteriormente os peixes já defumados pelo correio em suas próprias casas. Assim, prolonga-se o “sabor” da pescaria, reforçando o vínculo do visitante com o Pantanal.