Desde os tempos antigos, quando o homem era caçador e coletor, até a atualidade, caracterizada pela integração e intensificação de sistemas agrícolas, o entendimento do conceito de rendimento tem passado por modificações substanciais; que, não obstante toda a evolução do ensino das ciências agrárias, ainda não foi plenamente dominado pelos principais atores envolvidos, de uma forma ou de outra, com a agricultura.
Para o homem primitivo, rendimento era não mais que uma razão entre a energia derivada do alimento obtido e a energia que havia sido gasta no processo de obtenção. Depois, com a transição do homem caçador e coletor para agricultor, com a criação de animais e o cultivo de plantas, começou o que se pode chamar de pressão para auferir os benefícios da produção e obtenção de energia, para fins de alimentação, em densidades elevadas.
Uma vez estabelecida a semeadura como prática corrente nas sociedades agrícolas, a compreensão de rendimento mudou da razão entre energias (obtida/gasta) para algo mais prático, tipo quantidade de sementes colhidas por quantidade de sementes lançadas no solo. Isso foi fundamental para que, empiricamente, o homem tomasse a decisão de quanto da sua produção poderia ser utilizada para fins de alimentação e quanto deveria ser guardada para a semeadura da próxima safra. Não é surpresa que, em regiões de agriculturas tecnologicamente atrasadas e de limitações ambientais fortes, ainda hoje, muitas pessoas usem esse conceito de rendimento, valendo-se de expressões tipo “colheita de tanto por um”. A consequência, na evolução das espécies cultivadas, foi a seleção de plantas individualmente mais produtivas (maior número de grãos por plantas, no caso dos cereais).
Com o aumento da população mundial veio o processo de urbanização, a degradação dos solos (desertificação, salinização, etc.) e a escassez de terras para fins agrícolas, em muitas regiões do mundo, virou realidade. A maior produção por unidade de área tornou-se um critério mais importante para rendimento que produção por planta individualmente. Com isso, a seleção de plantas com rendimento elevado (grãos por grão) mudou para plantas menos competitivas, mas com capacidade para produzir mais por unidade de área. A agregação da dimensão tempo no conceito de rendimento foi o passo seguinte, surgindo, por exemplo, a expressão rendimento por hectare e por ano. Na medição da produtividade dos sistemas agrícolas, envolvendo intensificação e integração (lavoura-pecuária-floresta, por exemplo), a variável tempo assume posição de relevância.
Nos cultivos individuais, trigo ou soja, por exemplo, é importante o entendimento de definições como rendimento real, rendimento atingível, rendimento potencial limitado pela disponibilidade hídrica, rendimento potencial e potencial de rendimento. O rendimento real é a média de rendimento (kg/ha) de uma determinada cultura em escala municipal, regional ou de lavoura, em determinada safra (ou média de safras). É resultado das condições de solo, de clima, do nível de tecnologia e da habilidade do agricultor. Por sua vez, o dito rendimento atingível corresponde ao melhor rendimento obtido com o uso pleno da melhor tecnologia disponível. São rendimentos alcançados experimentalmente e/ou pelos agricultores de melhor desempenho produtivo, em uma dada região. E os conceitos de rendimento potencial limitado pela disponibilidade hídrica e rendimento potencial em sentido estrito correspondem aos rendimentos máximos que poderiam ser obtidos por uma cultura, em um dado ambiente, em função da fisiologia da espécie, para uma dada quantidade disponível de água ou sem limitação hídrica, respectivamente. Às vezes confunde-se rendimento potencial com potencial de rendimento, que é o rendimento de uma cultivar em um ambiente para o qual é adaptada, sem limitação de nutrientes, de água e na ausência de danos causados por pragas, doenças ou competição com plantas daninhas. Rendimento potencial no âmbito de espécie (atributo fisiológico) e potencial de rendimento de cultivar, envolvendo além de ambiente, também práticas de manejo.
Em magnitude crescente, tem-se rendimento real, seguido de rendimento atingível, depois por rendimento potencial limitado pela disponibilidade hídrica e rendimento potencial stricto sensu e, no grau mais avançado da escala, potencial de rendimento. O importante é entender e identificar as causas de distanciamento entre esses níveis hierárquicos de rendimento dos cultivos e buscar a redução dessas diferenças. Essa é a essência do manejo de cultivos e da gestão da produção vegetal em escala de lavouras.
Para o homem primitivo, rendimento era não mais que uma razão entre a energia derivada do alimento obtido e a energia que havia sido gasta no processo de obtenção. Depois, com a transição do homem caçador e coletor para agricultor, com a criação de animais e o cultivo de plantas, começou o que se pode chamar de pressão para auferir os benefícios da produção e obtenção de energia, para fins de alimentação, em densidades elevadas.
Uma vez estabelecida a semeadura como prática corrente nas sociedades agrícolas, a compreensão de rendimento mudou da razão entre energias (obtida/gasta) para algo mais prático, tipo quantidade de sementes colhidas por quantidade de sementes lançadas no solo. Isso foi fundamental para que, empiricamente, o homem tomasse a decisão de quanto da sua produção poderia ser utilizada para fins de alimentação e quanto deveria ser guardada para a semeadura da próxima safra. Não é surpresa que, em regiões de agriculturas tecnologicamente atrasadas e de limitações ambientais fortes, ainda hoje, muitas pessoas usem esse conceito de rendimento, valendo-se de expressões tipo “colheita de tanto por um”. A consequência, na evolução das espécies cultivadas, foi a seleção de plantas individualmente mais produtivas (maior número de grãos por plantas, no caso dos cereais).
Com o aumento da população mundial veio o processo de urbanização, a degradação dos solos (desertificação, salinização, etc.) e a escassez de terras para fins agrícolas, em muitas regiões do mundo, virou realidade. A maior produção por unidade de área tornou-se um critério mais importante para rendimento que produção por planta individualmente. Com isso, a seleção de plantas com rendimento elevado (grãos por grão) mudou para plantas menos competitivas, mas com capacidade para produzir mais por unidade de área. A agregação da dimensão tempo no conceito de rendimento foi o passo seguinte, surgindo, por exemplo, a expressão rendimento por hectare e por ano. Na medição da produtividade dos sistemas agrícolas, envolvendo intensificação e integração (lavoura-pecuária-floresta, por exemplo), a variável tempo assume posição de relevância.
Nos cultivos individuais, trigo ou soja, por exemplo, é importante o entendimento de definições como rendimento real, rendimento atingível, rendimento potencial limitado pela disponibilidade hídrica, rendimento potencial e potencial de rendimento. O rendimento real é a média de rendimento (kg/ha) de uma determinada cultura em escala municipal, regional ou de lavoura, em determinada safra (ou média de safras). É resultado das condições de solo, de clima, do nível de tecnologia e da habilidade do agricultor. Por sua vez, o dito rendimento atingível corresponde ao melhor rendimento obtido com o uso pleno da melhor tecnologia disponível. São rendimentos alcançados experimentalmente e/ou pelos agricultores de melhor desempenho produtivo, em uma dada região. E os conceitos de rendimento potencial limitado pela disponibilidade hídrica e rendimento potencial em sentido estrito correspondem aos rendimentos máximos que poderiam ser obtidos por uma cultura, em um dado ambiente, em função da fisiologia da espécie, para uma dada quantidade disponível de água ou sem limitação hídrica, respectivamente. Às vezes confunde-se rendimento potencial com potencial de rendimento, que é o rendimento de uma cultivar em um ambiente para o qual é adaptada, sem limitação de nutrientes, de água e na ausência de danos causados por pragas, doenças ou competição com plantas daninhas. Rendimento potencial no âmbito de espécie (atributo fisiológico) e potencial de rendimento de cultivar, envolvendo além de ambiente, também práticas de manejo.
Em magnitude crescente, tem-se rendimento real, seguido de rendimento atingível, depois por rendimento potencial limitado pela disponibilidade hídrica e rendimento potencial stricto sensu e, no grau mais avançado da escala, potencial de rendimento. O importante é entender e identificar as causas de distanciamento entre esses níveis hierárquicos de rendimento dos cultivos e buscar a redução dessas diferenças. Essa é a essência do manejo de cultivos e da gestão da produção vegetal em escala de lavouras.