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Cenário positivo para o empreendedor em 2007



Marcos Crivelaro
O desenvolvimento de novos empreendimentos é fundamental, não só para aqueles que decidem viver diretamente de seu trabalho como empreendedores, mas também para os executivos que atuam em empresas. O Brasil é o 7º. país mais empreendedor do mundo e quanto à motivação para empreender 46% dos empreendedores brasileiros o fazem "por necessidade". As três limitações principais do empreendedorismo são: falta de apoio financeiro, políticas governamentais desfavoráveis e deficiência em treinamento. E o sucesso do empreendedor depende de três etapas: identificar a oportunidade de negócio, identificar os riscos e implementar o empreendimento. As previsões relativas às principais incertezas do empreendedor para 2007 são positivas: Economia nacional: O crescimento do PIB ficará em torno de 3,5%, a taxa de juros cairá para 12% a.a. e o dólar subirá para R$ 2,25. No setor industrial 40% das empresas pretendem contratar em 2007, mas a balança comercial dificilmente atingirá US$ 40 bilhões. Na agricultura quando se observa a demanda internacional por certas commodities, não é improvável prever forte pressão nos preços agrícolas internos no ano que vem. A inflação anual de 2007 deve ser levemente superior ao ano de 2006 superando o patamar de 4% sendo que a contribuição do preço dos alimentos para a inflação será de 1% e os gastos com transportes de 1,5%. Medidas governamentais: O projeto da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas entrará em vigor em julho e reduzirá a carga tributária e a desburocratizará os procedimentos de abertura e fechamento de empresas. O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou o aumento dos limites das operações de microcrédito para os microempreendedores, R$ 1.000 nas operações para pessoas físicas e R$ 3.000 naquelas voltadas a empreendedores produtivos (taxa de juros de 2%). Já o limite das operações de microcrédito produtivo orientado com acompanhamento técnico subiu para R$ 10 mil (taxa de juros 4%). Os preços de fretes agrícolas que disparam com sobrecusto de até 30% justificam o provável investimento de R$ 16 bilhões do governo federal em infra-estrutura (ferrovias e portos). Treinamento: A expansão da Rede de Telecentros de Informação e Negócios tem o objetivo de facilitar o acesso da população às tecnologias da informação e da comunicação. Permite o acesso a serviços bancários, comércio eletrônico e capacitação empresarial dos microempreendedores. Deve ocorrer também a liberação de R$ 7 milhões do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para projetos de inclusão digital destinado aos portadores de deficiências. Exportação: Até o final do ano de 2007, a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) vai estar presente em oito países com os Centros de Distribuição de Produtos Brasileiros no Exterior (CDs) com uma estrutura mínima que permite manter um estoque de produtos das empresas, além de um mostruário e um escritório destinado às atividades comerciais e administrativas. Os oito países são: EUA, Portugal, Polônia, Alemanha, Emirados Árabes Unidos, China, África do Sul e Panamá. Nesse avanço da exportação brasileira o nosso artesanato e a moda made in Brazil são setores privilegiados. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o bordado é a principal atividade artesanal em 75% dos municípios, logo após aparecem atividades com madeira (43%), barro (23%) e material reciclável (17%). O Brasil está na moda no exterior: colares, pulseiras, brincos e bolsas em tamanho grande, muita prata e ouro velho. A indústria brasileira deverá usar técnicas do artesanato regional para enriquecer suas coleções com o colorido das pedras brasileiras e peças feitas em fibras naturais. Entre as inovações estará o primeiro tecido plano de fio tinto de bambu do Brasil. Necessidade dos clientes: A reforma da casa é o principal sonho de consumo dos brasileiros que compõem as classes D e E, com rendimentos de até quatro salários mínimos, segundo pesquisa realizada por empresa de estudos domiciliares da América Latina. Esta pesquisa também mostrou que estas classes gastaram 35% a mais com produtos das cestas de alimentos, bebidas, higiene pessoal e limpeza. O segmento de Vendas Diretas é o que mais gera emprego (1,6 milhão de profissionais autônomos) e renda no Brasil. Os produtos que incluem cuidados pessoais, cuidados do lar, suplementos nutricionais e serviços são os mais requisitados.
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