AS MELHORES PRÁTICAS DE GESTÃO, NA PROPRIEDADE RURAL, SURGEM A PARTIR DA GESTÃO POR INDICAODRES DE DESEMPENHO.
AS MELHORES PRÁTICAS DE GESTÃO, NA PROPRIEDADE RURAL, SURGEM A PARTIR DA GESTÃO POR INDICAODRES DE DESEMPENHO.
Indicadores podem ser construídos...basta que saibamos o que querermos medir e busquemos as variáveis onde elas estiverem.
Há duas grandes famílias de indicadores: Os de Produtividade que medem a eficiência dos processos (eficiência: fazer mais com menos recursos) e os de Qualidade que medem a eficácia dos processos (simplesmente fazer e entregar dentro de parâmetros – impureza, acabamento, etc).
Mas há uma terceira família de indicadores que medem o desempenho do negócio. São os indicadores de gestão, que medem a saúde econômica e financeira de um empreendimento, seja ele urbano ou rural.
Vamos nos deter nos indicadores de gestão, que, por sua vez, estão divididos em dois grandes grupos: os Indicadores Operacionais que são oriundos do DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício ou período produtivo) que medem o desempenho do negócio e os Indicadores Patrimoniais que são oriundos do Balanço Patrimonial e medem a saúde econômica e financeira do negócio.
Vamos apresentar cada um destes indicadores, com suas respectivas métricas:
Tais métricas foram obtidas, a partir de uma pesquisa aplicada, ao longo de minha “lavra” junto às propriedades rurais, cujos dados são colecionados nas minhas consultorias, exclusivamente de propriedades rurais, ou unidades de produção rural. A primeira e mais grata surpresa, com esta pesquisa, é que qualquer negócio rural, independentemente da ou das atividades exploradas, podem atingir tais patamares de desempenho. Outra grata surpresa, é que para atingir as métricas que garantem sustentabilidade econômica ao negócio, não é o tamanho ou extensão das propriedades ou unidades de produção. Logo, é possível à todos os negócios e de todos os tamanhos ou extensão de exploração conquistar os melhores patamares de desempenho e gestão.
INDICADORES OPERACIONAIS, ORIUNDOS DO DRE:
- Lucratividade: igual ou maior que 25%. Este indicador é obtido através da relação percentual entre o Lucro Líquido e a Renda Bruta da empresa;
- Participação do Custo Fixo: Ainda não é considerado um indicador, no entanto, todas as empresas rurais que atingiram as melhores performances de resultado, possuem o montante dos CF em valores iguais ou menor do que 25% da Renda Bruta;
- Rentabilidade: Igual ou maior que 6%. Este indicador é obtido através da relação percentual entre o Lucro Líquido e o montante dos investimentos no negócio.
As propriedades rurais, dentro destas métricas operacionais, conferiram viabilidade ou sustentabilidade econômica aos seus respectivos negócios.
INDICADORES PATRIMONIAIS, ORIUNDOS DO BALANÇO PATRIMONIAL:
- CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: Ativo Circulante, menos Passivo Circulante: Métrica: Número Positivo e que esteja num patamar igual ou superior ao montante dos custos fixos, anual;
- INDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE: Ativo Circulante, dividido pelo Passivo Circulante: Indicador que mede a capacidade de pagamento no curto prazo. Métrica: 1,5 para garantir tranquilidade financeira ao saldar as contas de curto prazo.
- INDICE DE LIQUIDEZ GERAL: Ativo Circulante mais Ativo Realizável Longo Prazo, dividido pelas dívidas totais (Curto e Longo Prazo). Indicador que mede a capacidade de pagamento no Longo Prazo. Métrica: Após a aplicação da fórmula deve-se multiplicar o valor encontrado pelo prazo médio (em anos) dos compromissos a pagar e o resultado deve ser um número igual ou maior do que 2.
- GRAU DE IMOBILIZAÇÃO: Indicador que mede o grau de imobilização do Ativo. Relação percentual entre Ativo imobilizado e o Ativo Total. Métrica: Igual ou menor que 80%. Justificativa: para que o produtor possua 20% ou mais no Capital de Giro.
Uma empresa ou propriedade rural que possua indicadores Operacionais e Patrimoniais dentro destas métricas, podemos afirmar que, certamente esta empresa têm sustentabilidade econômica e financeira.