Agricultor lucra -66% q EUA e só fica 5%-10% receita liquida
SÍNTESE: “Mesmo com nossos produtores rurais ainda auferindo renda média total -66% menor do que a obtida nos EUA e parte da UE – e somente ficando, quase que historicamente, com 10%-22% da Receita Bruta média final e com 5-10% da Receita Liquida; ante apenas 11% da liquida média há muitos anos também nos EUA (assim com ambos países não tendo renda liquida real para recuperarem, sozinhos, seus biomas, solos, subsolos, aguas, ar etc..), o Brasil ainda poderá quase que dobrar a sua área cultivada total atual para até 491,0 milhões hectares (grãos, demais alimentos e bebidas, pecuária ainda não degradada, florestas/extrativismos etc.), tudo para ofertar e bem alimentar até 4,0 bilhões pessoas no Mundo em 2050 (quando a população mundial deve estabilizar), ante as 1,6 bilhão que ajudamos a alimentar em 2021”. Pior é que no Mundo 14% ainda passam fome, enquanto 17% da produção de alimentos é jogada fora, tudo porque, além das atuações amplas e muito ambiciosas de algumas multis, tradings, especuladores em bolsas, varejos, “food service”, governos etc. e outros muitos agentes do antes-porteira e do pós-porteira (que ficam historicamente com até 95% da receita liquida média final das produções de alimentos/bebidas/grãos/produtos florestais etc..), temos as péssimas ações e os maus exemplos de apenas 0,025% da população mundial, na forma de maus empresários, famílias e pessoas trilionárias e mais conhecidos como HNWI “High-Net Worth Individuals”. Tais pessoas e famílias, que são as donas da maioria dos grupos/empresas acima -, além de altamente ambiciosas, especuladoras, nocivas e perigosas – ficam com a riqueza mundial somada de Us $ 86,8 trilhões (3 vezes maior do que o PIB dos EUA de Us $ 27,4 trilhões). Em 2021, tais mesmas pessoas, agora num grupo ampliado de 1,0% da população, segundo o Banco Mundial, tiveram renda “per capita” média de Us $ 2,25 milhões/pessoa/ano, ou seja, 1.000 vezes maior do que os miseráveis (50% da população) e com renda anual de somente Us $ 2,1 mil/pessoa/ano. A classe média mundial - 9% da população - detinha renda média de Us $ 247,2 mil/pessoa/ano e os pobres - 40% da população - tinham renda “per capita” média de Us $ 32,2 mil/pessoa/ano.
1) RESUMO OBJETIVO, ESTRATÉGICO E CURTO –
Neste paper/artigo longo (21 pg) - bem mais para análises, consultas e formulações de estratégias de Inteligência Competitiva Empresarial e Ambiental etc. -, mostro e analiso muitos dados mundiais confiáveis e até provando que, mesmo ficando com somente 66,0% dos lucros médios brutos anuais de todas as atividades rurais, ante a média nos EUA e de parte da UE, o Brasil ainda poderá dobrar suas áreas agricultáveis mais sua oferta mundial de alimentos (colaborando, então, para atender até 4,0 bilhões de pessoas em 2050, ano esperado de estabilização da população mundial). Espera-se que isto ocorra de forma futura bem mais sustentável (com os produtores rurais sozinhos - e/ou Governos pobres e com outras prioridades bem mais sérias para reduzir as imensas desigualdades mais as pobrezas mundiais - nunca bancando/atuando, ou sendo cobrados, sozinhos, mas somente se com a participação - até obrigatória, mediante tributações finais de 5%-10% das receitas brutas mundiais auferidas com as vendas mundiais de muitas toneladas alimentos/bebidas/produtos florestais, máquinas, insumos, transportes etc.. Tais tributos seriam cobrados de todos os agentes mundiais participantes abaixo (e que ficam em 2023/2024 e na média final com 90% a 95% da renda liquida final alimentar/agrária somada, tanto no Brasil, como nos EUA e parte da UE), sobretudo das multis fornecedoras; tradings; transportadoras; indústrias de alimentos; frigoríficos bovinos/ovinos; integradoras de pequenos animais; cooperativas; fomentadoras florestais/extrativistas; atacados; varejos; “food service”; especuladores em bolsas; seguradoras; governos etc..). Nos EUA, historicamente, os produtores rurais também somente ficam com 11% da renda liquida média final (mas recebem muitos subsídios, incentivos e ajudas complementares) e no Brasil, tais produtores rurais e famílias, somente ficam, também historicamente, com apenas 5% a 10% da renda liquida média final das atividades rurais somadas ou de 10%-22% da renda (receita) bruta rural média, obtidas com produções e vendas de alimentos totais, bebidas, produtos florestais etc.. No Brasil, real e honesto, todos sabemos que os produtores rurais nada recebem dos subsídios governamentais propagandeados nem como sendo de juros baixos ou negativos, (pois, na verdade, é de 0% as remunerações dos imensos valores dos depósitos à vista diários - de toda a população com alguma conta bancaria - e de outras fontes sem compulsórios e/ou com exigibilidades zeradas, ou seja, créditos com 0% de custos) nem de outras poucas ajudas somente se e quando recebendo algumas cestas básicas políticas). Infelizmente, no Mundo, chegamos a este ponto horrível da história alimentícia humana e das imensas pobrezas (em que 14% da população mundial ainda passa fome e 17% dos alimentos produzidos ainda são jogados fora e diariamente) - não somente devido às certas culpas até bem determinadas/aceitas de alguns dos agentes acima -, mas, claramente, pelas claras ambições de algumas Empresas mais de famílias e de pessoas – altamente especuladoras e até perigosíssimas - do Mundo atual. Em 2022, juntos, apenas 0,025% da população mundial (7,9 bilhões), iguais a 22,8 milhões de pessoas muito mais ricas - os chamados HNWI “High-Net Worth Individuals” - já detinham bens conjuntos no valor de Us $ 86,8 trilhões, ou seja, 3 vezes maior do que o PIB dos EUA no mesmo ano e de Us $ 27,4 trilhões. Em 2021, conforme o BIRD (Banco Mundial), para uma renda “per capita” média mundial de Us $ 58,7 mil/pessoa/ano (Mundo com 7,9 bilhões de pessoas e com riqueza total de Us $ 463,6 trilhões), os mais ricos - com 1,0% da população mundial - tinham renda “per capita” média de Us $ 2,25 milhões/pessoa/ano; enquanto, os miseráveis (50% da população) somente detinham, absurdamente, Us $ 2,1 mil/pessoa/ano, ou seja, com renda 1.000 vezes menor do que os ricos. A classe média mundial - 9% da população - detinha renda média de Us $ 247,2 mil/pessoa/ano e os pobres - 40% da população - tinham renda “per capita” média de Us $ 32,2 mil/pessoa/ano.
2) APRESENTAÇÕES E PRINCIPAIS OBJETIVOS -
Trata-se de artigo/paper longo, histórico, bem detalhado e altamente estratégico para muitos que, realmente, praticam a “ICES - Inteligência Competitiva Empresarial e Sócio Ambiental”, para o bem, no Brasil (21 páginas). Apenas nele, optei por apresentar muitos dados comparados do agro mundial recente mais das indústrias de alimentos e outras (raros de se ver desta forma e bem completa, sobretudo com muitos dados e análises internas e recentes do agro produtivo e das produções de alimentos nos EUA e na Europa); MAIS sobre as áreas cultivadas e as ainda disponibilidades de áreas mundiais (em especial nos EUA, Europa e Brasil); MAIS sobre as nefastas, até vampirescas e elevadas especulações financeiras mundiais pelos mais ricos, chamados de HNWI e todos seus danos para os povos. MAIS sobre os já elevados faturamentos e lucros mundiais trilionários das indústrias de alimentos, mas sem nada mesmo contribuírem para reduzir/solucionar tais danos. Idem, então, sobre as elevadas degradações socioambientais, sobretudo de solos, subsolos e de águas no Mundo decorrentes de tantas explorações seguidas e crescentes, embora visivelmente insustentáveis (vide as mudanças climáticas atuais e evolutivas e que já prejudicam a todos, inclusive a tais empresas ambiciosas) e ainda sobre os perfis produtivos, áreas e as rendas rurais médias brutas e liquidas, em especial no Brasil, EUA e Europa. MAIS sobre as produções, mercados e tendencias para as produções mundiais de alimentos “in natura” e processados, bebidas, grãos, produtos florestais/extrativos etc.
Assim, trata-se de diagnósticos longo e bem mais para conhecimentos, analises e consultas de dados estratégicos competitivos – mais socioambientais - inclusive, sobre os empoderamentos crescentes de algumas pessoas e famílias mundiais muito ambiciosas e destruidoras do ambientais do Mundo (juntos, tais 0,025% da população mundial de 7,9 bilhões, muito mais ricos, iguais a 22,8 milhões de pessoas, os chamados HNWI “High-Net Worth Individuals” - que já detinham em 2022 bens no valor de Us $ 86,8 trilhões, ou seja, 3 vezes maior do que o PIB dos EUA no mesmo ano de Us $ 27,4 trilhões).
MAIS sobre os gigantes empoderamentos e apoderamentos externos/desvios continuados e crescentes quase integrais das rendas agropecuárias finais por alguns agentes, financiadores e processadores das produções agrícolas nos EUA, Europa e Brasil e que em nada ajudam a combater as imensas devastações e rastros que deixam para trás nas produções para seus altíssimos lucros em cada País. Deste segmento participam – as ainda muito paparicadas no Brasil e no Mundo – algumas (ou até diversas) multis fornecedoras/transportadoras; tradings; seus acionistas ou proprietários; cooperativas; frigoríficos bovinos; integradoras de pequenos animais; especuladores - até vampiros - em bolsas agrícolas; seguradoras; consultoras; atacados/varejos/” food service”; bancos; governos etc..). Estas empresas e agentes ainda ficam com 90% a 95% de todas as rendas rurais finais brutas nos 02 países (bancando boa parte dos custos diretos totais anuais, verdades, mas sem terem que comprar imóveis nem armazéns nem arcarem com riscos climáticos e de ataques pragas/doenças nem com as despesas familiares dos produtores rurais mundiais como com “pegas dos animais” mais com alimentações familiares mais com combustíveis de automóveis, luz, água, internet, impostos pessoais e imobiliários, planos de saúde, faculdades dos filhos etc..).
MAIS sobre com nossa baixa renda/receita média rural bruta total, grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado), ainda a distribuir/dividir entre todas as partes (não é a nossa baixíssima renda liquida real final de apenas 5% a 10% das atividades rurais) sendo cerca de 1/3 da mesma renda/receita bruta total, também grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado), nos EUA, pois também ainda a distribuir/dividir entre todas as partes (também com baixíssima renda liquida final média de apenas 11% da receita rural total) e 20% menos do que na Europa (nos EUA - também pressionados pelas indústrias mundiais de alimentos e demais acima, a renda bruta média, em calculo simples a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado) ficou entre 9,1% em 2003 e 22,1% em 2022, mas a renda liquida média real dos produtores rurais/rancheiros foi ainda bem menor (excluindo da receita média bruta as despesas familiares, com alimentos/bebidas, agua, luz, internet, telefone, impostos, combustíveis de automóveis etc..), situação também bem comprovada por analistas de lá. Pois, nos EUA, os produtores rurais somente ficaram - grosso modo e num cálculo simples, objetivo e aproximado - com apenas 11% das receitas liquidas médias das atividades em 2022, ante de 5% a 10% no Brasil, da mesma forma. Assim, a grosso modo (novamente, em meus calculo simples, objetivo e aproximado), em ambos países, entre 89% e 95% das receitas liquidas médias finais em 2022 já ficaram com as multis fornecedoras/transportadoras; tradings; seus acionistas ou proprietários; especuladores até vampiros em bolsas; seguradoras; consultoras; atacados/varejos/”food service”; bancos; governos etc..) e isto sem nada bancarem ou sequer colaborarem para as fundamentais recuperações de solos, sub solos, aguadas, ar e lixos de ambos países, e que foram as fontes básicas de seus elevadíssimos, históricos e crescentes lucros operacionais e não-operacionais.
MAIS sobre como tais empresas de alimentos e outras acima já são emissoras de 40% dos GEE - gases provocadores do efeito estufa mundial e que consomem 30% a 40% da energia global e isto, mesmo que, deixando vergonhosamente 11% da população mundial ainda passar fome e até desperdiçando 17% das produções de seus alimentos produzidos/comprados.
MAIS sobre as crescentes e já elevadas degradações/devastações de 40% dos solos, sub solos, aguadas e ar mundiais (ou seja, em especial pelas mudanças dos usos dos solos) somente nas produções agrarias primarias e de alimentos e que os agricultores e Governos mundiais não têm como bancarem sozinhos e de forma rápida, como necessárias. Somente no Brasil, os custos das fundamentais recuperações de pastagens degradadas (cerca de 65 milhões de hectares – vide acima) já chegam a Us $ 77,5 bilhões, segundo ótimo diagnóstico recente pela FGV. Então, temos que mudar muito a agropecuária Mundial para produções rurais bem mais sustentáveis e tudo com ajudas e participações reais das empresas e dos agentes acima citados, que ainda ficam – grosso modo e num cálculo simples, objetivo e aproximado - com 80% a 90% das receita brutas médias das atividades rurais, pois os agropecuaristas dos EUA e do Brasil estão sozinhos há mais de 40 anos e, assim, nada conseguem recuperar, mas apenas cultivar/valorizar/destruir/vender e depois migrarem para áreas mais baratas e bem mais férteis e reiniciando o ciclo destrutivo e de reaquecimento global. Para tanto, apresento-vos diversas propostas para tanto, inclusive de imposto mundial de 5% dos consumos/receitas brutas empresariais e/ou de tombamentos das áreas degradadas pelas UNESCO/ONU e/ou de suas compras para recuperações com cultivos de arvores muito mais rápidas de Co2 (crescimento de até 2,50 m/ano), assim muito mais sequestradoras reais (não apenas belas para fotos como as arvores gigantes e com grandes copas - sufocantes e impeditivas - da Amazonia e da Mata Atlântica) mais, então, com suas posteriores vendas para novos usos realmente sustentáveis pelos “Trusts/Fundations/Heritages Groups/Own forests” protetores – até com acionistas -, como nos castelos da Europa. Ainda melhor exemplo de conservação – embora sem usos socioeconômicos reais - é que na Europa cerca de 60% das florestas já são privadas/próprias (por muitos milionários mais donos de empresas, aristocratas, igrejas e artistas/esportistas) e apenas 40% ainda são públicas, ou seja, uma boa forma de bem proteger áreas já degradadas e/ou a degradar e, melhor, de guardar/poupar dinheiro e patrimônio familiar.
MAIS sobre como o Brasil, mesmo que já muito contribuindo para bem alimentar cerca de 1,6 bilhão de pessoas no Mundo, ainda pode dobrar esta assistência para a oferta alimentar mundial - mais justa e mais abundante - até 2050 (ano em que se espera a estabilização da população mundial). E, tudo isto, na situação em que, no Brasil, a área total chegava a 850,3 milhões de hectares em 1985 (inclusive com florestas nativas, rios, lagos, pântanos, cidades, estradas, asfaltos etc.) e as áreas somente com vegetação nativa ocupavam 75% do território do País em 1985 (e 64% em 2022), sendo a nossa área total agricultável atual entre 491,0 e 547,0 milhões de hectares, conforme a fonte e a forma da pesquisa. Assim, dados recentes mostram que Brasil (com área total de 850 a 890 milhões de há, inclusive com florestas nativas, pântanos, rios, cidades, estradas etc..) ainda poderá quase que dobrar sua área total plantada com grãos, demais alimentos e bebidas “in natura” ou já processados mais com pastagens; florestas cultivadas/extrativismos (coma área somada total de 282,5 milhões de hectares já cultivados, segundo o MAPBiomas), ou seja, ainda com áreas para ampliar em mais 236,5 milhões de há de terras aráveis/cultiváveis com novos cultivos (até alcançarmos 491 milhões de hectares de terras agricultáveis totais disponíveis). Toda esta ampliação prevista poderá ocorrer - mas, se as formas produtivas e com divisões de custos, realmente, mudarem para sustentáveis - em nossas terras ainda ociosas e/ou, sobretudo, já recuperando parte de nossas muitas pastagens degradadas (65 milhões de hectares já degradados de 177,0 milhões de pastagens em usos) - e para até dobrarmos a nossa oferta mundial de grãos e de alimentos até 2050 (quando a população mundial deve estabilizar).
3) SOBRE AS RIQUEZAS ESPECULATIVAS E DAS ELEVADAS AMBIÇÕES EMPRESARIAIS, FAMILIARES E PESSOAIS MUNDIAIS MAIS SOBRE AS ATUAÇÕES E OS ALTÍSSIMOS LUCROS ISOLADOS (nunca distributivos com as produções rurais nem recuperadores ambientais do que até pagaram/compraram até para destruir) POR ALGUNS DA INDUSTRIA MUNDIAL DE ALIMENTOS/BEBIDAS/PRODUTOS FLORESTAIS “versus” AS DEGRADAÇÕES AMBIENTAIS SEVERAS PROVOCADAS/NÃO COMPENSADAS POR TODOS PARA OBTEREM TAIS ELEVADOS LUCROS (E PERDAS E FOME DE MUITOS) -
Pela importância, cito que estudos recentes, com parte dados da EMBRAPA (de que 01 hectare no Brasil consegue bem alimentar 04 pessoas/ano no Mundo) comprovam que o Brasil já contribui para bem alimentar 1,6 bilhão de pessoas/ano no Mundo.
Em 2021, conforme o BIRD (Banco Mundial), para uma renda “per capita” média mundial de Us $ 58,7 mil/pessoa/ano (Mundo com 7,9 bilhões de pessoas e com riqueza total de Us $ 463,6 trilhões), os ricos - com 1,0% da população mundial - tinham renda “per capita” média de Us $ 2,25 milhões/pessoa/ano; enquanto, os miseráveis (50% da população) somente detinham, absurdamente, Us $ 2,1 mil/pessoa/ano, ou seja, com renda 1.000 vezes menor do que os ricos. A classe média mundial - 9% da população - detinha renda média de Us $ 247,2 mil/pessoa/ano e os pobres - 40% da população - tinham renda “per capita” média de Us $ 32,2 mil/pessoa/ano.
Segundo muitos diagnósticos especializados, tudo decorre bem mais das já elevadas ambições pessoais e/ou familiares mundiais (pessoas e famílias já muito ricas – somando 0,3% da população mundial em 2021, mas já com fortuna somada 3 vezes maior do que o PIB dos EUA e, pior, já com renda “per capta” média, entre 1.500 a 2.000 vezes maior do que a dos mais pobres). Idem pelas ambições acumulativas mundiais de muito mais lucros e bem mais riquezas - do que realmente necessárias - pelas muitas multinacionais, tradings, transportadoras, empresários vampiros, bancos, seguradoras, especuladores em Bolsas, Governos etc.
Em 2021, como exemplo mundial e com uma população de 215,3 milhões de pessoas, o Brasil já produziu alimentos suficientes para 1,6 bilhão de pessoas no Mundo – dados da FAO no SOFI 2022 (embora aqui por uma série de erros internos, 60,0 milhões de pessoas – mais que 30% do povo total - ainda estejam em insegurança alimentar e 33,0 milhões (16,0% do total) ainda passem fome todos os dias. Segundo a FAO, um país passa a integrar o Mapa da Fome quando apresenta uma PoU - Prevalência de Subalimentação maior do que 2,5%).
No Mundo, em 2022, toda a indústria de alimentos já faturou cerca de Us $ 14,0 trilhões/ano, ou seja, cerca de 14% do PIB mundial total de Us$ 100,9 trilhões no mesmo ano (dados do BIRD), sendo Us $ 8,0 trilhões do faturamento somente com alimentos processados, conforme a FAO (obs: vide abaixo que, para 2024, a Consultoria Statista dos EUA estima vendas de Us $ 9,12 trilhões e com volume de 2,4 milhões de toneladas de alimentos, isto mesmo que gerando 2 a 5 vezes mais valor do que a própria produção agrícola mundial). Contudo, na verdade, quase não faltam alimentos no Mundo e sim são erradas suas distribuições, pois não há acessos iguais para todos. Ao contrário, as perdas mundiais de alimentos são elevadas e passaram de 17% em 2021, ao tempo que 11% da população mundial ainda passa forme, pois, um grupo de pessoas e famílias poderosíssimas e muito ambiciosas (que somam apenas 22,8 milhões de pessoas), os chamados HNWI “High-Net Worth Individuals” - iguais a 0,025% da população mundial de 7,9 bilhões - mais de suas empresas (sobretudo multis, trading, transportadoras etc.) mais de bancos, seguradoras, especuladores em bolsas, Governos etc. ainda dominam quase todos os bens e finanças mundiais, e algumas para o mal. Juntos, tais 0,025% de HNWI mais ricos detinham em 2022 bens no valor somado de Us $ 86,8 trilhões, ou seja, já com valor 3 vezes maior do que o PIB dos EUA no mesmo ano (Us $ 27,4 trilhões).
Na verdade, quase não faltam alimentos no Mundo e sim são erradas suas distribuições, pois não há acessos iguais para todos.
Assim, estima-se que cerca de 828 milhões de pessoas – cerca de 11% da população mundial total - ainda vão para a cama com fome todas as noites, vez que não há distribuição correta da elevada renda Mundial nem caridades ou doações suficientes de alimentos, mesmo que sigam para perdas futuras.
Com dados de 2023, pergunto-vos sobre como acreditar socioambientalmente num Mundo em que a fortuna somada dos 22,8 milhões de pessoas mais ricas (Us$ 86,8 trilhões) – número 5,1% mais do que em 2022 - foi 3 vezes maior que o PIB dos EUA (Us$ 27,4 trilhões) ?? e, pior, que ainda são muito apoiados por suas famílias, Governos, Empresas, Funcionários e até por seguidores fanáticos? Curiosamente, eles são chamados de HNWI (“High-Net Worth Individuals”), ou seja, Indivíduos de Alto patrimônio Líquido, isto com dados do site brasileiro “o Antagonista” (na verdade, são vampiros sugadores mundiais de sangue dos mais pobres e famintos, sendo que com apenas 0,05% desta riqueza acumulada, e ampliando, já seria possível erradicar a insegurança alimentar mundial, conforme o FMI). Vide mais destes abusos e de suas formas de atuações/ampliações em inglês no site: https://www.123financials.com/insights/tax-planning-for-high-net-worth-individuals/ .
Assim, vem a principal pergunta/duvida do povo mundial: Como os produtores rurais mundiais e seus Governos pobres e com outras prioridades imediatas, sozinhos, poderão equacionar, reduzir ou reverter as constantes, ampliadoras e até criminosas etc. devastações socioambientais mundiais pela gigante e riquíssima indústria mundial de alimentos?
Esperam-se que isto ocorra mediantes pesadas tributações compensatórias e/ou via ações diretas pagas e/ou nas formas de doações controladas de alimentos suficientes e de boa qualidade (pelo menos 10% do que já produzem, exceto sobras e descartes) para entidades serias e comprovadoras distribuírem gratuitamente em todo o Mundo (Cruz Vermelha, Crescente Vermelho, MSF Médicos sem Fronteiras, ACNUR, UNICEF etc..).
Contudo, no Mundo, atualmente, as produções de alimentos “in natura” e processados já são emissoras de 40% dos gases provocadoras do efeito estufa atual), tudo, com desculpas, de serem para a correta alimentação total Mundial, mesmo que com tais fabricantes/tradings etc. já deixando 11% do povo mundial passar fome e já com perdas totais de alimentos de 17%.
Elas, no conjunto, já cobrem 40% das terras do planeta com plantios de seus produtores rurais fornecedores e, pior, somente o Setor de alimentos mundial já utiliza, de muitas formas inclusive com altas perdas, 70% da água doce disponível no Planeta (fonte: Getty).
Também, as indústrias mundiais de alimentos, bebidas e outras já se consideram que sejam as emissoras de 40% dos gases provocadoras do efeito estufa mundial. São necessários 199,8 milhões de litros de água por segundo e, pior, gastando de 30% a 40% da energia global disponível e cada ano mais escassa, sobretudo nos EUA e na Europa. Tudo acentuou muito nos últimos 40 anos, principalmente com as ainda crescentes degradações agropecuárias, florestais e extrativas etc., pelos maus usos e abandonos dos solos, subsolos, aguadas, aquíferos, ar, biotas e outros, tudo decorrente das injustas e irregulares distribuições finais das elevadas receitas brutas propiciadas por suas explorações intensivas.
Na Europa, o desempenho económico da indústria agrícola pode ser medido em termos do valor acrescentado líquido ao custo dos fatores, que é o valor acrescentado bruto ajustado ao consumo de capital fixo e aos subsídios e impostos sobre a produção. É também conhecido como rendimento dos fatores, pois é a remuneração disponível para todos os fatores de produção (terra, capital e trabalho).
As alterações no volume de produção da indústria agrícola refletem em grande parte as alterações no volume de bens e serviços utilizados.
Durante grande parte do período entre 2008 e 2021, registrou-se uma tendência ascendente no volume de produção da indústria agrícola da UE (um aumento total de +10,1%). Em grande medida, os maiores volumes de produção foram sustentados pelo aumento do volume (+9,5%) de bens e serviços consumidos), sugerindo poucos indícios de qualquer dissociação entre o crescimento da produção e a utilização de recursos a nível da UE. Em 2022 e 2023, os volumes de produção caíram de forma relativamente acentuada, mas a redução na utilização de bens e serviços intermédios foi ainda mais acentuada.
Entre os países da UE, também houve pouca sugestão de uma aparente dissociação entre o crescimento da produção agrícola e o crescimento do consumo intermédio, com algumas excepções notáveis.
Em 2022, do total de vendas brutas na Europa de € $ 537 bilhões = Us$ 580,0 bilhões, foram € $ 287,9 bilhões provenientes de culturas como cereais, vegetais, frutas, vinho e batatas, e € $ 206 bilhões de leite, suínos, gado, aves e ovos.
Em 2023, na Europa, o valor estimado dos bens e serviços intermédios utilizados pela indústria agrícola caiu ligeiramente (-1,5%) face ao máximo de 2022. Com o valor estimado da produção agrícola inalterado, isto resultou num aumento moderado (+2,1%) no valor acrescentado bruto gerado pela indústria agrícola. Este aumento do valor acrescentado bruto manteve a tendência ascendente desde 2010.
Na Europa, considera-se que para cada 1,00 euro gasto no custo dos bens e serviços utilizados no processo de produção (conhecido como consumo intermédio), a indústria agrícola da UE cria um valor acrescentado de 0,72 euros. Este valor acrescentado relativo em 2023 foi inferior ao pico relativo de 0,79 euros em 2017 e em todos os outros anos que se seguiram, com exceção de 2022”.
Assim, em 2023, o valor da produção produzida pela indústria agrícola da UE (agricultura + agroindústria processadora + varejos), ou seja, o mercado total de alimentos mais de bebidas etc. internos (exceto agregações nos importados) foi de Us $ 580 bilhões (iguais a Eu$ 537,1 bilhões de euros). Este valor inclui o valor das colheitas mais dos animais, dos serviços agrícolas, bem como de alguns bens e de serviços que não são estritamente agrícolas, mas que não podem ser medidos separadamente.
Já o valor adicionado bruto pela indústria agrícola da UE em 2023 continuou a sua tendência ascendente.
O consumo intermediário da indústria agrícola da EU (custos industriais) foi de 311,5 mil milhões de euros em 2023. Entre os países da UE, também houve uma aparente dissociação entre o crescimento da produção agrícola e o crescimento do consumo intermédio, com algumas excepções notáveis.
Em 2023, o valor agregado médio (agroindustrialização) foi igual a Us$ 243,6 bilhões (igual a EU $ 225,6 bilhões, corrigido pelo câmbio médio de + 8,0% em 2023). Esta contribuição (valor acrescentado bruto a preços no produtor, que é comparável ao PIB a preços de mercado), é a diferença entre o valor da produção agrícola e o valor dos vários custos de fatores de produção acumulados no processo de produção, ajustado de impostos e subsídios aos produtos. É, portanto, interessante olhar para a estrutura e composição do valor da produção agrícola e dos vários fatores de produção utilizados”.
Um pouco mais de metade (51,3 %) do valor da produção total da indústria agrícola da UE em 2023 proveio de culturas (estimadas em Us$ 297,9 bilhões, ou seja, de Eu $ 275,8 mil milhões de euros, iguais aos GCFI dos EUA e aos VBP do Brasil), dentro das quais os produtos hortícolas, as plantas hortícolas e os cereais são as culturas mais valiosas. Quase 2/5 (39,8%) do valor da produção total provieram de animais e produtos de origem animal (estimados em Us$ 230,9 bilhões = a Eu $ 213,8 bilhões de euros).
No caso do Brasil, em 2012, somente a indústria brasileira de alimentos alcançou um faturamento de R$ 922,6 bilhões, representando um aumento de 16,9% em relação ao ano anterior - dados da KPMG. Em 2023, o faturamento total da indústria de alimentos e bebidas no Brasil (“in natura” mais processados etc..), inclusive para exportações, ampliou novamente para R$ 1,161 trilhão – dados da ABIA, e os volumes físicos ampliaram 5,1%, totalizando 270 milhões de toneladas de alimentos.
Em relação à geração de emprego e renda, a indústria alimentícia criou 70 mil novas vagas diretas em 2023, totalizando 1,97 milhão de empregos diretos, registrando um crescimento de 3,7% em relação a 2022.
Do faturamento total, R$ 851 bilhões foram oriundos das vendas no mercado interno e R$ 310 bilhões de exportações.
“Em volume, só as exportações de alimentos no Brasil cresceram 11,4% em relação a 2022 e atingiram 72,1 milhões de toneladas, o que consolidou o Brasil como também o maior exportador mundial de alimentos industrializados” (será? ou somam alguns “in natura” apensa refrigerados como frutas e carnes, e outros com preparos mínimos em tais contas?).
“Os principais destaques nas exportações de tais possíveis alimentos processados, em valor, foram produtos de proteínas animais (US$ 23,6 bilhões); produtos do açúcar (US$ 16,0 bilhões); farelo de soja e outros (US$ 12,6 bilhões); óleos e gorduras (US$ 3,6 bilhões) e sucos e preparações vegetais (US$ 2 9 bilhões)”.
“Os maiores mercados consumidores de grãos, alimentos e bebidas brasileiros foram a China, com US$ 11 bilhões e participação de 17,7%, comprando principalmente produtos de proteínas animais; seguida dos 22 países da Liga Árabe, com US$ 10,2 bilhões e 16,4% de participação, consumindo produtos do açúcar e de proteínas animais; e União Europeia, com US$ 9,1 bilhões, participação de 14,6% e destaque para produtos do açúcar e farelo de soja”.
Antes de analisarmos o próximo tópico sobre Rendas Brutas Médias (EUA, Europa e Brasil) e Rendas Liquidas Medias Finais (EUA e Brasil), ambas comparadas, dos produtores rurais mais dos imóveis rurais nos EUA e no Brasil, é bom pesquisar e bem entender dois conceitos iniciais até bem diferentes no Brasil, a saber: 1) Eles - assim como a maioria das multis, tradings, varejos (e idem em, alguns países europeus) pouco ou nada usam o termo agricultor, pois, para eles, este termos se refere mais ou apenas as produções rurais obtidas apenas para auto-consumos familiares ou comunitários. Ao contrário, usam bem mais os termo “produtor rural” que é – para eles - o que produz tanto para si e famílias, como também para venderem os excessos e/ou todas as produções obtidas; 2) Em alguns Estados norte-americanos mais conservadores, o conceito de Agricultura Familiar (realmente, explorados de forma bem mais familiar e em imóveis e até com rendas gigantes) e bem diferente do muito praticado/conhecido no Brasil e eles até somente diferenciam localmente hoje (como fazíamos antes) apenas em pequenos, médios e grandes produtores rurais.
Então, em 2023, agora comparando nos três países em foco, e pela ordem da maior para a menor, vemos que a Renda Bruta média por imóvel chegou a elevadíssimos Us $ 2,90 milhões/ano nos EUA (pela elevada renda mais muitos subsídios/incentivos e suas poucas 1,89 milhões de propriedades rurais com 3,4 milhões de produtores), ou seja, no valor de elevados Us$ 165,1 mil de renda média anual por produtor rural em 2023 com nossos 4,8 milhões de produtores em 5,0 milhões de propriedades; reduzindo para Us $ 64,0 mil/imóvel rural/ano na União Europeia (com 9,1 milhões de mini a pequenas propriedades, ou seja, com quase 2 vezes mais imóveis do que Brasil e com quase 5 vezes mais de imóveis rurais do que nos EUA) e para apenas Us $ 54,0 mil/imóvel rural no Brasil em 2023, sendo de apenas Us $ 56,1 mil /produtor/ano dos nossos 4,8 milhões de produtores rurais em 2023).
Ou seja, no Brasil, a Renda Bruta Média rural, grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado), pode significar apenas 1/3 (igual a -66%) da mesma Renda Bruta média obtida pelos produtores rurais dos EUA (de Us $ 165,1 mil/pessoa – vide acima). Pior é que se compararmos com a renda anual obtida por imóveis aí fica bem pior no Brasil, pois nos EUA (renda de Us $ 561,2 bilhões obtida em 1,89 milhões de imóveis), ela chega a elevados Us $ 2,9 milhões/ano/imóvel rural, sendo que no Brasil não passa de Us $ 0,54 milhões ano/imóvel rural (renda de Us $ 269,5 bilhões obtida em 5,00 milhões de imóveis).
Ante a dos EUA, então, de forma comparativa e ainda pior para os produtores rurais brasileiros é que enquanto a Renda Bruta média estimada de cada produtor rural nos EUA foi, a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado), em média cerca de Us $ 165,1 mil/produtor/ano em 2023 (Renda Bruta Rural, GCFI “Gross Cash Farm Income” de Us $ 561,2 bilhões em 2023 (inclusive recebendo muitos subsídios e incentivos) - e contemplando um total de cerca 3,4 milhões de produtores rurais (não de imóveis rurais e ranchos que chegam a apenas 1,89 milhões de imóveis em 2023) - no Brasil, o possível Valor Bruto da Produção ampliado (os 28 produtos do levantamento da CNA mais vendas de produtos da base florestal mais de extrativismos) - agora convertido em US$ - foi de apenas Us $ 269,5 bilhões (= R$ 1,35 trilhões, convertido pelo dólar médio de R$ 5,017= Us $ 1,00) também em 2023, o que dividindo por 4,8 milhões de produtores rurais em 2018, conforme a PNAD do IBGE (desde proprietários mas arrendatários e ocupantes de 5,0 milhões de imóveis rurais, segundo o Censo de 2017 do IBGE), nos leva, a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado), ao baixíssimo valor de Renda Bruta Média no Brasil de apenas Us$ 56,1 mil/produtor/ano.
Por outro lado, a Renda Média Bruta media por imóvel na União Europeia foi de Us $ 63,7 mil = Us $ 0,63 milhões, com base em toda a renda bruta somada dos países (tipo o GCFI dos EUA e ao VBP do Brasil, ambos acima), igual a Us $ 580,0 bilhões dividido por 9,1 milhões de pequenas a medias propriedades rurais.
Há uns 30 anos, pior, em termos de Renda Liquida Média final e real (vide cálculos abaixo), a maioria dos produtores rurais brasileiros somente auferem de 5,0% a 10,0% e isto nos cultivos de grãos e outros “in natura” (“plantations”) mais de florestas/extrativismos etc.. Nos EUA, esta mesma Renda Liquida média anual também é muito baixa e somente chega a 11,0%.
4) MUNDO – Usos anteriores e Disponibilidades de Áreas Totais e Agropecuárias Mundiais mais Evoluções Comparadas das Produções e dos Abandonos/Degradações Socioambientais mais das Rendas Brutas/Liquidas dos Grãos e suas Tendências em Médio e Longo prazos –
Em 2022, para diversos analistas, existiam 7 principais tipos de produção agrícola no Brasil e no Mundo: 1) Agricultura extensiva; 2) Agricultura intensiva; 3) Agricultura familiar; 4) Agricultura patronal; 5) Agricultura orgânica; 5) Permacultura e 7) Agricultura comercial.
Em 2017, na teoria e como descrito, cada 01 hectare cultivado/ano já sustentava 04 pessoas do Mundo.
Entretanto, também é preciso bem alertar a todos para a grave crise sócio-ambiental mundial que piorou nos últimos 5 anos (inclusive no Brasil), boa parte decorrente das chamadas “mudanças climáticas” - mais que visíveis e já inegáveis –, tudo pelas seguidas e imensas devastações (sobretudo, no item chamado no Brasil como “mudanças dos usos dos solos”), promovidas pelos agronegócios e, sobretudo, pelas elevadas ganâncias mundiais.
Embora sejam termos parecidos e muito usados por muitos, os conceitos e terras cultiváveis e terras areáveis são diferentes. Para a Wikipedia, na geografia, terra arável (do Latim arare, araa) é um termo da agricultura, o que significa que a terra “pode ser” usada para os cultivos. A parte mais produtiva de terras aráveis é onde sedimentos são deixados pelos rios e do mar em épocas geológicas. Nos tempos modernos, os rios geralmente não inundam o máximo de terra agrícola, devido às exigências de controle de inundações de apoio à agricultura intensiva necessária de uma terra densamente povoada. Tal termo é distinto de "terra cultivada" ou “terra cultivável” e que inclui todos os terrenos onde o solo e o clima são adequados para a agricultura, mesmo com certas restrições de fertilidade, incluindo as florestas, os campos naturais e as áreas abrangidas pela ocupação humana. De acordo com a FAO, a área de terra global, sem restrições de fertilidade do solo, portanto “arável”, é maior do que 31,8 milhões de km2 e a área “cultivável” potencial total é de cerca de 41,4 milhões de km2.
No Mundo rural, o termo mais correto e abrangente seria nomearem-se as terras como agricultáveis, ou não agricultáveis, pois num entendimento concreto aponta que “termo área agricultável se refere àquilo que pode ser agricultada, “arável” ou “cultivável” e não se limita a áreas prontas para cultivo”. Assim, vale rememorar que áreas agricultáveis, para assim o serem, dependem de um clima, solo e topografia que são aceitas para a produção agrícola. Por exemplo, regiões com clima tropical e solo fértil são consideradas áreas agricultáveis ??para a produção de frutas, legumes e grãos. Já áreas com clima mais frio e úmido são adequadas para a produção de laticínios e carnes
Em 2013, segundo a FAO, cerca de 4,92 bilhões de hectares de terras eram utilizadas para a agricultura (originais nativas mais as aráveis e com diversos níveis tecnológicos mais formas e locais de explorações), iguais a 1/3 da área total mundial, dos quais 3,20 bilhões de hectares estavam com áreas de pastagens nativas e de pradarias permanentes MAIS 1,40 bilhões classificadas como áreas aráveis (portanto, com melhores tecnologias e maiores produções e degradações, idem). Desde 2000, as áreas aráveis/cultiváveis ampliaram 6,0%, enquanto as áreas de pastagens e pradarias reduziram 5,0%.
Ainda segundo a FAO em 2019, a área total arável no Mundo ainda chegava a 1,38 bilhão de hectares, mas já vinha reduzindo, a cada ano, devido as grandes derrubadas florestais mais pelas erosões dos solos e pelas desertificações, todas já causadas pelas mudanças climáticas mais pelas atuações humanas.
Em 2000, “a área terrestre total do mundo era igual a 13,0 bilhões de hectares, sendo 4,8 bilhões classificados como "áreas agrícolas" pela FAO (iguais a 37% da área terrestre)”. “A utilização da área agrícola estava dividida em 02 categorias: terras agrícolas (33% da área agrícola global mais prados e pastagens permanentes com 67% e que, assim, ainda representavam a maior parte da área agrícola”.
Em 2021, comparando as áreas já exploradas e ainda disponíveis no Mundo, as terras agricultáveis, segundo a FAO, chegavam a 4,79 bilhões de hectares, sendo 4,05 bilhões de há de áreas florestais mais 1,58 bilhões de cultivos agropecuários, inclusive com pastagens, florestas plantadas e outros itens menores. De terras aráveis, o Mundo ainda tinha 1,4 bilhões de hectares de terras aráveis, segundo a FAO, sendo 1,1 bilhão com cultivos temporários (como arroz, trigo, milho e soja) e 0,183 bilhão com lavouras permanentes. Desde 2000, as áreas temporárias cresceram 40% (sobretudo em cima das áreas de pastagens nativas e de pradarias, em descansos), enquanto as permanentes somente ampliaram 12%.
Atualmente, no Mundo, a área total atinge 13,0 bilhões de hectares (inclusive florestas, geleiras, lagos, rios, cidades, asfaltos, pastagens, cultivos etc..), sendo apenas 2,9 bilhões de hectares agricultáveis (cerca de 22% do total), dos quais apenas 1,5 bilhão de hectares já plantados com todos os cultivos e atividades rurais (igual a apenas 12% da área mundial total e a 51% da área disponível para plantios/demais atividades rurais, ou seja, ainda restam 49% ainda a bem cultivar).
A maior parte dos países utiliza 20% a 30% do seu território com agricultura. As maiores extensões cultivadas estão na Índia (179,8 milhões de hectares); nos Estados Unidos (167,8 milhões de hectares); na China (165,2 milhões de hectares) e na Rússia (155,8 milhões de hectares). Juntos, estes quatro países totalizam 36% da área cultivada do Planeta.
O Brasil ocupa o quinto lugar (vide mais dados no capitulo abaixo sobre o Brasil), seguido por Canadá, Argentina, Indonésia, Austrália e México. As áreas desses países representam as seguintes porcentagens do total cultivado no Planeta: Índia - 9,60%; EUA - 8,96%; China - 8,82%; Rússia - 8,32%; Brasil - 3,42%; totaliza-se, com estes valores, quase 40,00%.
Vide mais dados acerca em inglês em: https://openknowledge.fao.org/server/api/core/bitstreams/5c8b2707-1bcf-4c29-90e2-3487e583f71e/content E ainda em https://openknowledge.fao.org/server/api/core/bitstreams/28cfd24e-81a9-4ebc-b2b5-4095fe5b1dab/content/cc8166en.html#figure_03_tab
Em 2022, para a FAO, o Brasil ainda tinha 410,0 milhões de hectares de terra areáveis potenciais
Em 2023, no Brasil, enquanto a área total chegava a 846 milhões de hectares (= 0,8 bilhão de hectares), a área agricultável era de 547 milhões de hectares e a já área plantada total – com todos os cultivos e atividade rurais – foi estimada em 64 milhões de hectares líquidos e sem sucessões (igual a apenas 7,6% da nossa área total) segundo os satélites da NASA ainda em 2017 mais pela EMBRAPA (portanto, há 7 anos, sendo que somente neste período nossa área de grãos já ampliou uns 30%).
Vide mais dados em: https://www.embrapa.br/car/sintese .
Recente, no Brasil, pesquisamos e confirmamos uma ÁREA MÁXIMA gigante somada de 429,0 milhões de hectares - ainda disponíveis para novos cultivos totais futuros, inclusive com pastagens e florestas, desde que realmente sustentáveis. Provando isto, no Brasil.
Todas a devastações e perdas - claramente detectadas e até aceitas - decorrem das elevadas ambições de faturamento da indústria Mundial de alimentos, a maior parte por algumas multis (mais por tradings, frigoríficos, integradoras e até por grandes cooperativas, que deveriam ser mais sociais e/ou mais justas etc.). Muito atuando desde as produções, mecanizações, fornecimentos de insumos e maquinas, diversos transportes, industrializações e vendas no atacado e no varejo mundial etc., a maioria delas são riquíssimas e muito especuladoras - até vampirescas - com cotações agrícolas/minerais mais com ações e cambio nas Bolsas mundiais. Tais bolsas hoje já são essencialmente e muito mais especulativas e em nada mais protetoras dos mercados e/ou reguladoras das ofertas/demandas e rendas (para que foram criadas).
Como são tais industrias que detêm as maiorias dos dados de produções locais, ofertas/demandas e até de climas e de transportes/armazenagens mundiais – e até recebendo muitas “insider informations” públicas/governamentais ou privadas - considera-se que especular por elas dá até 3 vezes mais lucros ou rendas, do que produzir ou vender no físico e bestas são os que tentam especularem contra elas) mais com preços no físico etc. (elevados mark-up de até 300%). e tudo isto quase sem nenhum risco. Tais ações diretas ou indiretas altamente lucrativas concentram cada vez mais as riquezas pessoais, familiares, grupais e corporativos, mas esmagam ainda mais os mais pobres e famintos.
Contudo, para produzir e faturar tais valores anuais gigantes, as indústrias de alimentos já se consideram que sejam as emissoras de 40% dos gases provocadoras do efeito estufa mundial. Além disso, elas já usam – ou exigem usar (pagando aos imóveis dos produtores rurais no Brasil apenas de 10% a 20% da possível renda bruta final/anual; agropecuaristas esses que também têm que assumir todos os riscos climáticos e bancários das produções e armazenagens) cerca de 60% das terras agrícolas disponíveis do mundo (estudos de 2018 do Faunalytics - https://faunalytics.org/), sendo quase todas com mono ou bi culturas anuais (“plantations”).
As industrias mundiais de Alimentos, Bebidas e produtos florestais/extrativos, no conjunto, já cobrem 40% das terras do planeta e, pior, somente o Setor de alimentos mundial já utiliza, de muitas formas inclusive com altas perdas, 70% da água doce disponível no Planeta (fonte: Getty).
São necessários 199,8 milhões de litros de água por segundo e, pior, gastando de 30% a 40% da energia global disponível e cada ano mais escassa, sobretudo nos EUA e na Europa.
Em 2025, a produção mundial de alimentos – segundo a poderosa ONG mundial paga Statisa dos EUA - deve chegar a 2,90 milhões de toneladas, sendo 0,65 milhões de ton. de cereais + panificados e 0, 54 milhões de t. de produtos vegetais. Contudo, para a Statista, o mercado mundial de alimentos já deve vender em torno de US$ 9,12 trilhões em 2024, sendo US$ 1,46 trilhões somente de carnes, em especial para a China. Vide mais dados gratuitos em https://www.statista.com/outlook/cmo/food/worldwide
5) EUA - Usos anteriores e Disponibilidades de Áreas Totais e Agropecuárias mais Evoluções Comparadas das Produções e dos Abandonos/Degradações Socioambientais mais das Rendas Brutas/Liquidas dos Grãos e suas Tendências em Médio e Longo prazos –
Analisemos agora alguns dados sobre a evolução da agropecuária e da renda bruta e liquida rural nos EUA (obs: não se tratam de dados sobre participações das produções rurais nos resultados financeiros brutos ou líquidos da indústria norte-americana de alimentos nem de multinacionais de insumos e de maquinas nem de tradings, transportadoras, bolsas, seguradoras, governos etc.)
Desde 1982, o número de explorações agrícolas nos EUA continuou a diminuir, mas de forma muito mais lenta.
Em 2023, havia 1,89 milhões de fazendas nos EUA, uma queda de 7% em relação aos 2,04 milhões encontradas no Censo Agrícola de 2017 (comparativamente, no Brasil, temos cerca de 5,0 milhões de propriedades rurais, conforme o Censo IBGE de 2017, pertencentes a cerca de 4,8 milhões de produtores rurais, conforme PNAD 2018 do mesmo IBGE. Já na Europa são 9.100 imóveis rurais de mini a pequenos portes).
As explorações agrícolas em 2023 atingiram 2.171 milhões de hectares e ficaram bem abaixo dos 2.223 milhões de hectares em 2017. O tamanho médio das explorações agrícolas era de 1.146 hectares em 2023, apenas ligeiramente superior aos 1.087 hectares registrados no início da década de 1970.
Cerca de 88% das explorações agrícolas dos EUA são pequenas explorações familiares, com um rendimento agrícola bruto inferior a Us $ 350.000/ano. Os agregados familiares que gerem estas pequenas explorações agrícolas normalmente dependem de fontes não agrícolas para a maior parte do seu rendimento familiar. Em contraste, o agregado familiar médio que opera explorações agrícolas de grande escala ganhou Us $ 505.833 em 2022, e a maior parte desse valor veio da agricultura.
Há diferentes maneiras de medir o número de fazendeiros, mas há cerca de 3,4 milhões de pessoas tomando as decisões agrícolas nos EUA, muitas das quais possuem ou operam fazendas familiares.
Nos EUA, a renda bruta agrícola anual (GCFI) inclui a renda proveniente de recebimentos de commodities, renda relacionada à fazenda e pagamentos do Governo Federal. Assim, a receita agropecuária bruta (o GCFI “Gross Cash Farm Income” = Renda Bruta Rural) é o rendimento anual antes das despesas e inclui as receitas em dinheiro dos rendimentos agrícolas mais os pagamentos ‘diretos” dos programas agrícolas do Governo, a títulos de subsídios mais de incentivos e outros.
Em 2022, as receitas diretas em dinheiro das colheitas agrícolas, florestais etc. totalizaram Us$ 278,2 bilhões. As receitas do milho e da soja representaram Us$ 148,5 bilhões (53,4%) do total. Já as receitas de caixa com vendas de animais e de produtos de origem animal totalizaram Us $ 258,5 bilhões no ano civil de 2022. As receitas de gado/bezerros representaram Us $ 86,1 bilhões (33,3%) desse total, enquanto as receitas de aves e ovos representaram Us $ 77,0 bilhões (29,8%) e as receitas de laticínios representaram Us $ 57,3 bilhões (22,2%).
Já as despesas totais de produção agrícola no País em 2022 - cerca de Us $ 450,0 bilhões - prevê-se que diminuam em 2023 até 1,3% em relação a 2022 e aumente até 1,6% em 2024. Em 2021, elas atingiram Us $ 392,9 bilhões. Em 2022, a média de despesas agrícolas totais por fazenda nos Estados Unidos foi de Us $ 226.986, um aumento de 15,8% em relação aos Us $ 196.087 de 2021. Em média, as operações agrícolas dos Estados Unidos gastaram US$ 41.917 em rações em 2022, sendo Us $ 22.864 na pecuária mais de aves e despesas relacionadas mais Us $ 24.469 em serviços agrícolas mais Us$ 20.858 com mão-de-obra.
Nos EUA, as explorações agrícolas familiares (onde a maior parte do negócio é propriedade do operador e de indivíduos relacionados com o operador) de vários tipos representaram, em conjunto, 97,0% das explorações agrícolas dos EUA em 2022. As pequenas explorações familiares (com menos de Us$ 350.000/ano em GCFI/imóvel) representaram 88,0% das explorações agrícolas familiares de todas as fazendas dos EUA (alguns com conceitos locais de agricultura familiar, as vezes bem diferentes da agricultura familiar no Brasil). Assim, as explorações agrícolas familiares de grande escala (acima de Us $ 1,0 milhão/imóvel ou mais em GCFI) representavam cerca de 3,0% das explorações agrícolas, mas quase que 52,0% do valor bruto da produção GCFI.
Em todo os EUA, a estimativa do rendimento agrícola líquido TOTAL ajustado pela inflação (NFI) foi de um recorde de Us $ 196,4 bilhões/ud em 2022 (ante Us$ 141,0 bilhões em 2021 e Us $ 62,0 bilhões em 2016). Em 2023, prevê-se que o rendimento agrícola líquido médio (receita liquida media) tenha diminuído 18,9% cento em relação a 2022 e deverá diminuir ainda mais em 27,1% em 2024. Em 2000, esta mesma renda liquida somente atingia Us $ 51,0 mil/ano e na soma de todas as atividades.
Em 2022, o rendimento familiar total médio entre todos os agregados familiares agrícolas (Us $ 95.418/ud) excedeu o rendimento familiar total mediano de todos os agregados familiares dos EUA (Us $ 74.580/ud). O rendimento familiar médio e o rendimento da agricultura aumentaram com o tamanho da exploração e a maioria dos agregados familiares obteve algum rendimento do emprego não agrícola.
Em 2022, a receita bruta atingiu Us $ 543,0 bilhões; os custos foram de Us $ 441,0 bilhões e os lucros brutos foram de Us $ 163,0 bilhões, representando, a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado), cerca de apenas 23,1% como taxa média de extração de lucros brutos (receitas brutas/custos). Muito pior fora em 2003 com receitas brutas de apenas Us $ 216,0 bilhões; custos de Us $ 198,0 bilhões e lucros brutos de apenas Us $ 61,0 bilhões, iguais, a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado), a apenas 9,1% de taxa média de extração de lucros anuais e brutos.
Em 2023, se as previsões se concretizarem, o GCFI “Gross Cash Farm Income” = Renda Bruta Rural (calculado pelo USDA/ERS) diminuirá 8,5% em 2023 em relação a 2022 e diminuirá ainda mais 6,1% em 2024 em relação a 2023. Ao final, o GCFI bruta de 2023 foi de Us $ 561,2 bilhões (inclusive US$ 10,2 bilhões de subsídios recebidos nas formas de pagamentos governamentais), portanto, reduzindo bastante ante 2022, ante custos de Us $ 460,0 bilhões, ou seja, com, a grosso modo (em meus calculo simples, objetivo e aproximado) assim, com taxa média de extração de lucro bem baixa e de apenas 22,0%.
Para 2024, em dólares ajustados pela inflação, o GCFI está previsto em Us $ 549,8 bilhões, assim, com pequena queda ante os Us $ 561,2 bilhões em 2023 (estimativas), mas, bem acima dos Us $ 400,3 bilhões de dólares em 2003 e, com o aumento ao longo do tempo, principalmente devido a receitas de caixa mais elevadas.
Vide bem mais dados em inglês do ERS/USDA sobre a poderosa agricultura dos EUA em https://www.ers.usda.gov/data-products/ag-and-food-statistics-charting-the-essentials/farming-and-farm-income/.
6) UNIÃO EUROPEIA – UE - Usos anteriores e Disponibilidades de Áreas Totais e Agropecuárias mais Evoluções Comparadas das Produções e dos Abandonos/Degradações Socioambientais mais das Rendas Brutas/Liquidas dos Grãos e suas Tendências em Médio e Longo prazos –
Na União europeia (com dados do Eurostat), o setor agropecuário representa uma pequena parcela da economia, pois a agricultura somente contribuiu com € $ 215,5 bilhões para o produto interno bruto (PIB) do bloco em 2022. Em termos relativos, isso significa 1,4% do PIB total, uma proporção que permaneceu estável nos últimos 20 anos.
Assim, a agricultura europeia ‘em si” - embora muito barulhenta, exigente e importadora para agregar muito valor interno, lucrando bilhões de euros - (industrializa muito os grãos e alimentos “in natura” importados para torna-los alimentos ou bebidas e lucrar muito mais com isto) - é muito pobre e somente participa com 1,3% do PIB europeu em 2023, a mesma percentagem de 15 anos antes.
O rendimento dos fatores das chamadas CEA - Contas Econômicas da Agricultura - pode ser expresso por equivalente de trabalho a tempo inteiro. As CEA são uma conta satélite do Sistema Europeu de Contas (SEC 95) e que fornece informações adicionais e aplica conceitos adequados ao setor agrícola. Como tal, é considerada uma medida parcial de produtividade do trabalho; é uma medida do valor líquido acrescentado pelo equivalente de cada trabalhador a tempo inteiro na indústria agrícola. Este indicador de produtividade é medido em termos reais (ajustado pela inflação) e expresso como um índice (denominado Indicador A). Não deve ser confundido com o rendimento total dos agregados familiares agrícolas ou com o rendimento de uma pessoa que trabalha na agricultura.
Para compreender o desenvolvimento desta medida de rendimento agrícola, é primeiro necessário compreender o desenvolvimento do trabalho agrícola entre o qual esta remuneração é teoricamente partilhada. Com tanta mão-de-obra a tempo parcial, sazonal e não assalariada na agricultura, a quantidade de trabalho Efectivamente realizado nas atividades agrícolas é melhor descrita quando se utiliza uma unidade chamada Unidade de Trabalho Anual (UTA). Esta unidade expressa o volume de trabalho realizado em equivalentes de trabalho a tempo inteiro.
Todas estas informações acima e abaixo vêm de dados sobre agricultura publicados em meados de 2024 pelo Eurostat (inclusive pesquisáveis por series). Vide mais em https://ec.europa.eu/eurostat/web/agriculture/database . Vide dados e diagnósticos completos em: https://data.europa.eu/data/datasets/covm2gpqwz42ubh1jwrqw?locale=pt .
A informação apresentada sobre o rendimento agrícola refere-se ao indicador A (o rendimento real dos fatores na agricultura por UTA). Este indicador corresponde ao valor acrescentado líquido real (deflacionado) ao custo dos fatores agrícolas por UTA e é expresso como um índice. O valor acrescentado líquido ao custo dos fatores é calculado subtraindo ao valor da produção agrícola a preços de base o valor do consumo intermédio, o consumo de capital fixo e adicionando o valor dos (outros) subsídios menos os impostos sobre a produção.
Analisemos o Contexto Rural histórico na U.E. -
O desempenho do sector agrícola tem sido tradicionalmente baseado no sucesso da agricultura no fornecimento de produtos e serviços agrícolas primários. No entanto, assume cada vez mais uma vertente verde, reconhecendo o impacto da agricultura na qualidade da água, do ar e do solo, na diversidade do uso dos solos, nas ecologias, na vida selvagem e nas alterações climáticas.
O Pacto Ecológico Europeu (não a PAC - Política Agrícola Comum) estabelece como tornar a Europa o primeiro continente com impacto neutro no clima até 2050. A Estratégia “do Prado ao Prato”, para um sistema alimentar justo, saudável e respeitador do ambiente, foi adotada pela Comissão Europeia em 20 de maio de 2020 e está no cerne do Pacto Ecológico. Entre outras coisas, aborda de forma abrangente os desafios dos sistemas alimentares sustentáveis, reconhecendo que «a produção alimentar ainda resulta em […] poluição, contribui para a perda de biodiversidade e para as alterações climáticas e consome quantidades excessivas de recursos naturais». Esta é uma razão para o objetivo de aumentar a área cultivada biológica para 25% da superfície agrícola utilizada até 2030, um objetivo que anda de mãos dadas com medidas para alterar o desempenho dos recursos. Metas individuais para reduzir a dependência de pesticidas químicos e antimicrobianos, reduzir o excesso de fertilização e reduzir o desperdício abrirão caminho para uma cadeia alimentar mais sustentável.
Então, para os europeus - Governos e povos, inclusive no exterior os constantes apoios e proteções para ser ter uma boa avaliação do desempenho do setor agrícola é importante por uma série de razões, como: 1) A agricultura é uma pedra angular da comunidade rural europeia, da qual dependem vários sectores «a montante» (tais como máquinas, cuidados de saúde animal e empresas de fatores de produção) e sectores «a jusante» (tais como empresas de transformação de produtos alimentares, embalagens e transportes); 2) A agricultura consiste em fornecer um abastecimento estável de alimentos seguros e de qualidade; 3) A agricultura tem um papel fundamental a desempenhar na preservação das paisagens e da biodiversidade; 4) A agricultura tem um papel fundamental a desempenhar na ação em matéria de alterações climáticas; e 5) Para apoiar isto, é necessário garantir um rendimento justo aos agricultores.
Os impactos económicos sobre os agricultores influenciam, portanto, não só as decisões futuras das empresas agrícolas, mas também as decisões e os comportamentos empresariais ecológicos e ambientais mais amplos.
O desempenho do sector agrícola como um todo pode ser avaliado colocando a informação sobre o volume e as variações de preços dos bens e serviços agrícolas sob a égide de uma estrutura contabilística. Para o efeito, as contas económicas da agricultura (CEA) fornecem um conjunto de dados comparáveis ??que permitem uma visão sobre: 1) A viabilidade económica da agricultura; 2) A renda gerada pelos agricultores; 3) A estrutura e composição da produção agrícola e os fatores de produção utilizados nessa produção; 4) As relações entre preços e quantidades de produtos e insumos.
“Assim, a produção agrícola na UE (com dados da Agência Eurostat) é realizada por milhões de explorações agrícolas, predominantemente pequenas, e representa um grande negócio, mesmo sem considerar a sua importância como alicerce fundamental para a indústria de transformação de alimentos e bebidas a jusante”. Vide muitos mais dados em inglês em https://ec.europa.eu/eurostat/databrowser/view/aact_eaa01/default/table?lang=en
Evolução dos volumes produzidos -
A agricultura europeia em geral é altamente produtiva por conta do desenvolvimento técnico e da intensa mecanização de seus processos. A maior parte da produção agrícola é consumida no próprio continente.
De 2008 a 2021, embora os volumes produzidos internamente mantiveram-se praticamente iguais (somente ampliaram cerca de +6% até 2021 e +4% até 2013), os preços recebidos ampliaram muito – de +40% a +50% -, principalmente devido a guerra nas vizinhas Rússia com a Ucrânia.
A produção da atividade agrícola inclui a produção vendida (incluindo o comércio de bens e serviços agrícolas entre unidades agrícolas), a variação das existências, a produção para utilização final própria (consumo final próprio e formação bruta de capital fixo por conta própria), a produção produzida para transformação posterior por produtores agrícolas, bem como o consumo intraunidade (nas famílias) de produtos de alimentação animal. A produção da indústria agrícola é constituída pela soma da produção de produtos agrícolas e dos bens e serviços produzidos em atividades secundárias não agrícolas indissociáveis; a produção animal e agrícola são as principais categorias de produtos da produção agrícola.
Todos os agricultores europeus (mini a pequenos produtores e que lá também são chamados ou operam como trabalhadores rurais) trabalham em 157 milhões de hectares de terras agrícolas, que por sua vez são divididas em 9,1 milhões de propriedades. Mas essa distribuição é totalmente desigual: cerca de 52,0% das terras agrícolas são controladas por 4,0% de todas as fazendas, aquelas maiores que 100 hectares. Em contraste, fazendas de pequeno porte, aquelas abaixo de 5 hectares, usam apenas 6,0% de todas as terras disponíveis, apesar de representarem 40,0% de todas as propriedades.
Essa grande concentração de terras reflete a industrialização da agricultura, onde algumas corporações têm condições de implementar tecnologias, máquinas e métodos avançados para produzir safras em grande escala e vendê-las em nível global.
Um pouco mais de metade (51,3 %) do valor da produção total da indústria agrícola da UE em 2023 proveio de culturas (estimadas em 275,8 mil milhões de euros), dentro das quais os produtos hortícolas, as plantas hortícolas e os cereais eram as culturas mais valiosas. Quase 2/5 (39,8%) da produção total provieram de animais e produtos de origem animal (estimados em 213,8 ??mil milhões de euros), a maioria proveniente apenas de leite e suínos. Os serviços agrícolas (estimados em 24,8 mil milhões de euros) e as atividades não agrícolas indissociáveis ??(estimados em 22,8 mil milhões de euros) contribuíram com o restante (8,9%).
As contribuições dos países da UE variaram significativamente, refletindo diferenças nos volumes produzidos, nos preços recebidos, bem como na combinação de culturas cultivadas, animais criados, produtos de origem animal recolhidos e serviços oferecidos. Uma clara maioria (57,7 %) do valor total estimado da produção da indústria agrícola da UE provém dos «quatro grandes»: França (96,0 mil milhões de euros), Alemanha (76,6 mil milhões de euros), Itália (71,9 mil milhões de euros) e Espanha (€ 71,9 mil milhões). 65,5 bilhões). O grupo seguinte de países da UE foi a Polónia (39,5 mil milhões de euros), os Países Baixos (36,7 mil milhões de euros) e a Roménia (25,6 mil milhões de euros). Três quartos (76,6%) do valor total da produção agrícola da UE em 2023 vieram destes sete países da UE.
Contudo, os europeus desmataram e exploraram intensamente o seu território. A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7,0% das florestas originais do Planeta. Hoje, ela possui apenas 0,1%. Comparativamente, em 2016, a dimensão geográfica dos 563.736.030 hectares ou dos 5.637.360 km2 destinados no Brasil à proteção mais à preservação e à conservação da vegetação nativa representava uma área maior do que a superfície total dos 28 países da União Europeia e ainda caberia um adicional de 3,6 Noruega neste total.
Durante o período entre 2008 e 2023, a produção agrícola na Alemanha aumentou 8,0%, ao mesmo tempo que o volume do consumo intermédio de bens e serviços diminuiu 6,4%. Esta divergência também foi clara na Tchecoslováquia, na Dinamarca e, em menor grau, na Hungria. Na Eslovénia, um declínio acentuado no consumo intermédio (-16,7%) teve pouco impacto no volume global da produção agrícola (-0,3%). Na Finlândia e na Eslováquia, os cortes consideráveis ??(-26,3% e -15,2%) no consumo de bens e serviços ocorreram paralelamente a taxas de declínio muito menores (-6,1% e -5,9%, respectivamente) no volume da produção agrícola. Deve-se ter em mente que estas mudanças podem, em parte, refletir mudanças na estrutura das indústrias agrícolas nestes países, bem como uma maior eficiência dos recursos.
Em 2023, continuou a tendência decrescente do volume de trabalho agrícola na U.E. -
A mão-de-obra agrícola na UE equivalia a 7,6 milhões de trabalhadores a tempo inteiro em 2023.
A maior parte da mão-de-obra agrícola total é mão-de-obra não assalariada; era o equivalente a 5,3 milhões de trabalhadores a tempo inteiro em 2023. O trabalho assalariado era equivalente a 2,3 milhões de trabalhadores a tempo inteiro em 2023.
Existe uma tendência decrescente há muito estabelecida no número de pessoas que trabalham no setor agrícola da UE; durante o período entre 2008 e 2023, a taxa média de declínio no volume de mão-de-obra agrícola utilizada em toda a UE foi de 2,6% por ano. A tendência decrescente manteve-se em 2023, embora estimada a um ritmo mais lento (-1,3%).
Em 2023, foi utilizada menos mão-de-obra agrícola total na maioria dos países da UE do que no ano anterior, continuando as contrações particularmente acentuadas na Bulgária (uma estimativa de -7,3%) e na Hungria (uma estimativa de -5,2%) e novos declínios na Letónia (uma estimativa de -7,3%) e na Hungria (uma estimativa de -5,2%). estimado -6,1%). No entanto, houve alguns países onde se estimou que o volume de mão-de-obra utilizada em 2023 tenha sido mais elevado, sendo as recuperações na Dinamarca (+5,0%), na Eslováquia (+2,3%) e nos Países Baixos (+1,9%) as mais fortes.
Em alguns Estados Membros da UE, especialmente na Hungria, na Dinamarca e em Portugal, foi utilizada mais mão-de-obra agrícola assalariada em 2023 do que em 2022, refletindo em parte um aumento nas necessidades de contratação nos picos sazonais. Isto contrastou muitas vezes com o declínio global na quantidade total de mão-de-obra agrícola utilizada.
Além disso, em longo prazo, a quantidade de mão-de-obra agrícola utilizada tem registrado um declínio acentuado e constante -
O volume total de mão-de-obra agrícola diminuiu acentuadamente em quase todos os países da UE durante o período de 15 anos entre 2008 e 2023; as descidas mais acentuadas registaram-se na Bulgária (em média -7,6% por ano), na Eslováquia (-5,4% por ano), na Roménia (-4,8% por ano) e na Estónia (-4,2% por ano). Esta contração na força de trabalho agrícola refletiu fatores de pressão e de atracção; registaram-se grandes avanços na mecanização e na eficiência, por um lado, e, por outro, uma escolha mais ampla de oportunidades de emprego atraentes noutros sectores da economia. As principais excepções a esta tendência geral foram Malta (+1,6% por ano, em média), a Irlanda (+0,4% por ano, em média) e os Países Baixos (+0,1% por ano, em média).
A contração do volume total de trabalho proveniente do trabalho não assalariado entre 2008 e 2023 foi mais pronunciada do que a do trabalho assalariado a nível da UE no seu conjunto (-3,4% por ano, em média, em comparação com -0,1% por ano). Durante este período, registrou-se uma expansão na utilização de trabalho assalariado no Luxemburgo (+2,7% por ano em média), Irlanda (+2,5% por ano em média), Áustria (+2,4% por ano em média), Croácia (+2,1% ao ano, em média), e Dinamarca e Bélgica (ambas +1,8% ao ano, em média), entre outros. Em contrapartida, registaram-se contrações acentuadas na utilização de trabalho assalariado na Eslováquia (-3,8% por ano, em média), na Grécia (-3,0% por ano, em média), na Eslovénia (-2,3% por ano, em média) e na Tchecoslováquia e Malta (ambos -2,0% ao ano, em média).
Além da redução de cargos, também a produtividade média da mão-de-obra tem diminuído na UE -
Adicionalmente, também em 2023, em termos de demanda por mão-de-obra e de acordo com os primeiros dados preliminares para 2023 das Contas Econômicas da Agricultura (CEA), estima-se que o índice de produtividade do trabalho agrícola na UE tenha diminuído 6,6% em relação ao ano anterior, após crescimento entre 2019 e 2022. Essa queda foi sustentada por uma redução de 7,9% no valor real da renda gerada por unidades envolvidas em atividades de produção agrícola (renda dos fatores) e uma redução adicional (-1,4%) no volume de trabalho agrícola (medido por unidades de trabalho anuais, representando equivalentes de trabalho em tempo integral).
A maioria dos países da UE (19) registrou uma menor produtividade do trabalho agrícola em 2023 (medida pelo índice do rendimento real dos fatores na agricultura por unidade de trabalho anual). As taxas de declínio mais acentuadas foram para a Estónia (-57,9%), Suécia (-31,7%), Irlanda (-30,3%), Lituânia (-30,2%) e Bulgária (-28,6%).
No entanto, houve níveis mais altos em 7 países da UE; a taxa de aumento mais acentuada foi na Bélgica (+31,0%), seguida pela Espanha (+11,1%), Portugal (+9,9%), Hungria (+5,5%), Itália (+4,2%), Malta (+3,3%) e Eslovênia (+0,3%). Esses aumentos foram devidos aos preços mais baixos de fertilizantes e insumos e aos preços mais altos de produtos nos quais esses países são especializados, como azeite de oliva, batatas ou suínos.
Também, o rendimento FINANCEIRO da mão-de-obra agrícola (salários ou diárias + benefícios), definido pelo rendimento dos fatores reais por UTA, diminuiu na UE em 2023 (-5,4%) -
O rendimento agrícola, definido pelo rendimento de fatores deflacionados (reais) por UTA (Unidade de Trabalho Anual) e expresso como um índice (denominado indicador A), para o conjunto da UE em 2023 foi 5,4% inferior ao de 2022. Isto refletiu um nível inferior de -6,7% de rendimento dos fatores em comparação com 2022, que foi teoricamente alcançado por um menor volume total de mão-de-obra agrícola (-1,3%).
A maioria dos países da UE estimou quedas ou quase nenhuma alteração neste índice de rendimento agrícola por UTA em 2023, sustentando a queda global ao nível da UE como um todo. As descidas mais acentuadas registaram-se na Estónia (estimados em -64,4%), na Irlanda (-32,9%), na Lituânia (-31,1%) e na Suécia (-30,6%). Houve apenas alguns países da UE onde os rendimentos agrícolas aumentaram em 2023, sendo as taxas mais elevadas registadas na Bélgica (+16,0%) e depois em Espanha (+12,4%).
Assim, a tendência ascendente anterior do índice de rendimento FINANCEIRO agrícola da UE foi interrompida em 2023 -
O rendimento agrícola por UTA (Unidade de Trabalho Anual) da UE como um todo diminuiu em 2023, interrompendo a tendência ascendente desde um nível relativamente baixo em 2009. Durante a maior parte deste período, esta evolução refletiu um nível relativamente estável de rendimento dos fatores, acompanhado por uma contração contínua do trabalho agrícola. entrada. Em 2023, contudo, registou-se um declínio relativamente acentuado no rendimento dos fatores.
Apesar do declínio em 2023 em comparação com 2022, o rendimento agrícola por UTA para a UE como um todo permaneceu 69,1% superior ao de quinze anos antes, em 2008. Durante o mesmo período, o rendimento dos fatores foi 13,9% superior, mas o volume de trabalho agrícola diminuiu 32,6%. %.
Vejamos agora, os desempenhos das origens e dos usos de recursos do setor agrícola -
Há um interesse crescente na eficiência com que os recursos são utilizados. Para se tornar mais sustentável, uma economia teria de dissociar o crescimento económico da utilização de recursos e do seu impacto ambiental.
Para melhor monitorizar esta sustentabilidade, os preços devem refletir os custos reais da utilização dos recursos. Contudo, os resultados sociais e ambientais das atividades agrícolas raramente são avaliados. Na verdade, as chamadas “contas verdes” da agricultura estão longe de estar concluídas, nem os indicadores de eficiência verde que delas poderiam resultar. Muito trabalho está a ser feito nesta área: a DG AGRI desenvolveu uma “bússola da Agro Sustentabilidade” e está a ser feito trabalho para desenvolver indicadores de produtividade total dos fatores para a agricultura que analisam uma medida da produção agrícola em comparação com uma medida combinada do fator de produção proveniente de consumo intermédio, terra, trabalho e capital, bem como medidas de produtividade sustentável.
No entanto, algumas indicações gerais sobre o desempenho da agricultura em termos de recursos podem ser obtidas a partir das CEA, observando as tendências nos “volumes” dos produtos gerados e dos bens e serviços utilizados ou “consumidos” como fatores de produção no processo de produção. Esses volumes provêm de uma decomposição dos valores em componentes de preço e volume. Estes volumes implícitos não são quantidades; eles não são medidos em quilogramas ou toneladas. São denominados “volumes” porque captam não só alterações relacionadas com a quantidade, mas também com a qualidade e também com a composição, o que é importante ter em conta. Como índices, fornecem uma visão geral das tendências nos volumes de insumos e produtos, que podem ser utilizados para algumas medidas de produtividade e desempenho.
Evolução do Valor Bruto da Produção Rural –
Em 2023, o valor estimado da produção agrícola em 2023 manteve-se inalterado em termos nominais em relação ao nível de 2022. Isto manteve o valor da produção no seu pico e pôs fim à tendência ascendente que tinha começado em 2010. Esta alteração no valor nominal refletiu em grande parte o saldo de um pequeno aumento no preço nominal dos bens e serviços agrícolas no seu conjunto (estimado em +0,4%) e uma pequena queda no volume da produção (estimado em -0,4%).
A estabilidade no valor da produção da indústria agrícola da UE em 2023 refletiu fortes contrastes entre os países da UE. As taxas de aumento de valor mais acentuadas registaram-se em Portugal (estimados em +16,7%) e na Roménia (estimados em +15,1%), com as quedas mais acentuadas (todas cerca de -20%) na Letónia, Lituânia e Estónia.
Produzir toda essa produção em 2023 incorreu em custos elevados. Os agricultores tiveram de fazer compras de bens e serviços para serem utilizados como insumos no processo de produção; compraram itens como sementes, fertilizantes, ração animal e combustível para seus tratores, bem como serviços veterinários, entre outras coisas. Os custos globais diminuíram em 2023 (impulsionados pela redução dos custos de fertilizantes, alimentos para animais, energia e lubrificantes), depois de terem aumentado acentuadamente em 2022 pelo impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia e pela consequente instabilidade nos mercados. Estes custos de fatores de produção são denominados “consumo intermédio” num contexto contabilístico. O consumo intermédio da indústria agrícola ascendeu a um total estimado de 311,5 mil milhões de euros para o conjunto da UE em 2023, cerca de 4,8 mil milhões de euros menos do que em 2022.
Alguns custos estão associados à criação de animais; necessitavam de alimentos para animais, que representavam quase dois quintos (39,1%) do consumo intermédio total e de serviços veterinários (mais 2,1%). Da mesma forma, alguns custos estão associados à agricultura; os agricultores necessitavam de sementes e plantas (5,2% dos custos totais) e muitos utilizavam produtos fitofarmacêuticos, herbicidas, inseticidas e pesticidas (4,7%), bem como fertilizantes e corretivos de solo (7,5%). Outros custos são comuns a todos os tipos de exploração, independentemente de serem especializadas ou mistas.
Após o rápido aumento do preço global dos bens e serviços consumidos na agricultura em 2022 (+32,5%), registou-se uma descida moderada em 2023 (estimativa de -4,3%). Esta recessão baseou-se na descida dos preços dos fertilizantes e corretivos de solos (estimados -24,9%), dos alimentos para animais (estimados -6,7%) e da energia e lubrificantes (estimados -6,4%). No entanto, continuaram a subir os preços das despesas veterinárias (+16,7 %), da manutenção de edifícios (+9,8 %), dos produtos fitofarmacêuticos (+8,1 %), da manutenção de materiais (+7,7 %) e das sementes e material de plantação (+7,6%) entre outros itens.
Em 2023, o setor agrícola europeu somente contribuiu com Valor Bruto de Produção de cerca de Us $ 237,0 bilhões (= Eu$ 219,5 bilhões de euros) para o PIB global europeu de Eu $ bilhões no mesmo ano. Para colocar isto em algum contexto, a contribuição da agricultura para a economia da UE foi quase idêntica ao PIB da Grécia em 2023, a 16.ª maior economia da UE. países.
Em 2022, depois de vender seus diversos produtos nos mercados, o setor agropecuário europeu arrecadou de mais de € $ 537 bilhões (cerca de Us $ 580 bilhões, pelo conversor cambial médio de 2023 de +8,0%) uma renda bruta considerada como elevadíssima, em tão pequenos países e com poucos habitantes totais, quando comparada com a receita bruta total de Us $ 561,2 bilhões nos EUA em 2023 (GCFI) e a de Us$ 269,5 bilhões do Brasil (VBP) no mesmo ano, sendo que no Brasil o valor da produção total de alimentos “in natura” e processados somente chegou a Us $ 232,2 bilhões em 2021).
A França foi o maior vendedor naquele ano, arrecadando €$ 97,1 bilhões, seguida pela Alemanha (€$ 76,2 bilhões), Itália (€ 71,5 bilhões), Espanha (€$ 63 bilhões) e Polônia (€$ 39,5 bilhões). Os custos de produção foram altos, em €$ 316,7 bilhões, com um aumento de quase 22% em comparação a 2021. O aumento foi impulsionado principalmente pela invasão da Ucrânia pela Rússia, que fez os preços de energia e fertilizantes dispararem para níveis recordes.
7) BRASIL - Usos anteriores e Disponibilidades de Áreas Totais e Agropecuárias mais Evoluções Comparadas das Produções e dos Abandonos/Degradações Socioambientais mais das Rendas Brutas/Liquidas dos Grãos e suas Tendências em Médio e Longo prazos –
Introdução e Histórico –
Ainda em 2017, o Brasil já era e será cada vez mais reconhecido como uma potência agrícola e ambiental. Toda a produção de grãos, frutas, fibras e agroenergia ocupava apenas 9,0% do País, sendo 1,2% com florestas plantadas e 7,8% com lavouras. Vide mais dados em: Vide mais dados em https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/174066/1/4942.pdf .
Se hoje, o Brasil já consegue ajudar a alimentar 1,6 bilhões de pessoas no Mundo, até 2050 (ano previsto para estabilização da população mundial) ainda podemos até dobrar tais populações atendidas no Mundo.
Na safra 2016/17 (ano 2017), para a CONAB, a área plantada somente com grãos (grãos de verão mais grãos de inverno=safrinha mais algodão total) atingiu 60,9 milhões de hectares, já muito ampliando para 79,6 milhões (com muitas sobreposições) na recente safra 2023/24, ainda em colheita final.
Em 2018, a área total com pastagens - de todos os tipos e estágios de degradação - no Brasil foi estimada também pela EMBRAPA em cerca de 160 milhões de hectares e que ocupavam quase metade dos estabelecimentos rurais do País e alimentavam mais de 200 milhões de animais, entre bois, ovelhas, cabras, cavalos e búfalos. O Brasil tem o maior rebanho de carne do mundo. Só de bovinos, são 213,7 milhões de cabeças. O País era também o terceiro maior produtor de leite, responsável por 34,8 bilhões de litros em 2019. Quase 90% da carne brasileira era proveniente da criação a pasto. As pastagens permitem baixos custos de produções dos bovinos e demais animais e são o grande diferencial da competitividade brasileira. Vide mais em: https://www.embrapa.br/portfolio/pastagens#:~:text=S%C3%A3o%20cerca%20de%20160%20milh%C3%B5es,%2C%20cabras%2C%20cavalos%20e%20b%C3%BAfalos .
Já o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) estima que a produção de grãos no País atingirá cerca de 390 milhões de toneladas na safra 2032/33, um acréscimo aproximado de 24% em relação à atual safra (2022/23). Essas mesmas projeções indicam que a produção de carnes bovina, suína e de frango crescerá 22%, passando do atual patamar de 29 milhões para 36 milhões de toneladas nesse período.
No Brasil, com uma população de 215,3 milhões de pessoas em 2022, o Brasil já produziu alimentos suficientes para 1,6 bilhão de pessoas no Mundo em 2021 – dados da FAO no SOFI 2022 (embora aqui por uma série de erros internos, 60,0 milhões de pessoas – mais que 30% do povo total - ainda estejam em insegurança alimentar e 33,0 milhões (16,0% do total) ainda passem fome todos os dias. Segundo a FAO, um país passa a integrar o Mapa da Fome quando apresenta uma PoU - Prevalência de Subalimentação maior do que 2,5%).
Evolução da área total MAIS das áreas com florestas, caatingas, campos mais demais nativas, todas com baixas vocações agrárias, MAIS das áreas agricultáveis MAIS das áreas aráveis –
A área de cobertura de vegetação nativa no Brasil era de 75% do território nacional em 1985. Somente o bioma dos cerrados mais das savanas brasileiras, somados, respondem por 200,0 milhões de terras agricultáveis, iguais a 24% do território do Brasil. Em alguns lugares mais áridos, as savanas (típicas da África) são mais chamadas de “caatinga”, pois possuem bem mais vegetações compostas por gramíneas mais resistentes as secas mais por plantas arbustivas mais por algumas árvores esparsas).
No Brasil, ainda em 1997, a ABAG, estimou que existiam 582 milhões de hectares aptos para a agricultura - boa parte ainda não explorada - e com elevado potencial para a produção de grãos e de outros produtos agrícolas, alimentos e produtos florestais.
Em 2018, comprovando isto no Brasil - com usos de imagens de satélite e de fontes do CAR (Cadastro Ambiental Rural) - a Embrapa Territorial identificou os seguintes níveis de usos e de ocupações de terras: 1) A área total do Brasil alcançava 850,3 milhões de hectares (inclusive com florestas nativas e pastagens naturais, rios, lagos, cidades, estradas, asfaltos etc..); 2) As áreas já cadastradas no CAR, como ocupadas por vegetações nativas ou destinadas a pecuária, agricultura, silvicultura e extrativismos (todas com baixos níveis tecnológicos e idem resultados, ainda chegavam a 218,2 milhões de hectares (iguais a elevados 25,6% do País), portanto, todas ainda aráveis e agricultáveis desde que com as melhores tecnologias.
Quando às áreas protegidas e preservadas agregam-se as de vegetação nativa das terras devolutas e militares, e dos imóveis rurais ainda não cadastrados ou disponíveis no CAR chegava-se a um total de 564 milhões de hectares. Em outras palavras, 66,3% do território nacional está destinado e/ou ocupado com as várias formas de vegetação nativa, cuja natureza e estado variam bastante entre os diversos biomas.
Em 2022, para a FAO, o Brasil ainda tinha 410,0 milhões de hectares de terra areáveis potenciais
Ainda em 2022, a área total de cobertura de vegetação nativa no Brasil ainda representava 64% do país. Todos os principais biomas brasileiros registraram perda de espaço. Proporcionalmente, o Cerrado teve o maior retrocesso com a perda de 25% de sua extensão. Em seguida estão os Pampas (24%), Amazônia (13%), Caatinga (11%), Pantanal (10%) e Mata Atlântica (7%).
De acordo com o relatório do MapBiomas, o período em que houve a maior perda de vegetação nativa foi de 2003 a 2007, quando foi registrada a perda de 18,4 milhões de hectares. Nos últimos 5 anos, a recessão foi de 12,8 milhões de hectares.
No período de 5 anos antes da aprovação do Código Florestal, de 2008 a 2012, houve a menor perda de vegetação nativa –com 5,8 milhões de hectares. Vide excelentes e confiáveis dados do Brasil e Mundo em https://brasil.mapbiomas.org/wp-content/uploads/sites/4/2023/09/Fact_ing_versao-final.pdf
Em 2023, no Brasil, a área total chegava a 846 milhões de hectares (= 0,8 bilhão de hectares); a área agricultável é de 547 milhões de hectares e a já área plantada total – com todos os cultivos e atividade rurais – pode ser estimada em 64 milhões de hectares líquidos e sem sucessões (igual a apenas 7,6% da nossa área total) segundo os satélites da NASA ainda em 2017 mais pela EMBRAPA (portanto, há 7 anos, sendo que somente neste período nossa área de grãos já ampliou uns 30%).
Vide mais dados em: https://www.embrapa.br/car/sintese .
Recente, pesquisamos e confirmamos uma ÁREA MÁXIMA gigante somada de 429,0 milhões de hectares - ainda disponíveis para novos cultivos totais futuros no Brasil, inclusive com pastagens e florestas, desde que realmente sustentáveis. Provando isto, no Brasil.
Obviamente, mesmo lucrando bem menos e, com certeza, ainda devastando bem mais (pois, com renda liquida final real das atividades no Brasil entre apenas 5% e 10% e há anos, os agricultores e nossos Governos sozinhos pouco, ou nada, conseguem realmente recuperar de solos, aguas, ar, biomas e lixos etc.) ainda temos o elevado diferencial de não termos geleiras nem nevascas nem muitos incêndios e de somente ainda explorarmos cerca de 282,5 milhões de hectares na produção total de alimentos segundo a ONG do bem MAPbiomas (’in natura” mais de alimentos processados mais de bebidas mais de produtos florestais e extrativos etc..), dos 410 milhões de hectares (FAO) a 582,0 milhões de hectares totais (ABAG), ou seja, em média, com 491,0 milhões de ha ainda apropriados e disponíveis para cultivos no Brasil, ou seja, ainda sobram, então, cerca de 208,5 milhões de hectares a bem explorar no Brasil (491,0 milhões hectares menos 282,5 milhões de hectares) mais cerca de 28,0 milhões de hectares de pastagens degradadas já em recuperação ou a recuperar e, assim, totalizando cerca de 236,5 milhões de hectares (48,2% do total disponível no Brasil de 491,0 milhões de hectares) ainda a bem explorar.
Além disso, para a Embrapa, o Brasil já possui 28,0 milhões de hectares de pastagens (sendo 10,5 milhões de hectares de pastagens com condição severa de degradação e 17,5 milhões de hectares com condição intermediária que apresentam potencial bom ou muito bom para a conversão para agricultura). Para a EMBRAPA, a conversão dessas pastagens possibilitaria elevar a área plantada de grãos em até 35% em relação à área total da safra 2022/23 no Brasil. Ao todo dos 177 milhões de há de pastagens do Brasil (dados da UFG/lapig com base em levantamentos por satélites), cerca de 41% já tem degradação intermediária e mais 21% já estão em grau de severa degradação, ou seja, apenas 20% ainda não tem degradação.
Evolução das Áreas Plantadas, Colhidas, das Produtividades Médias e das Produções Agropecuárias e Florestais/Extrativistas (rurais) totais mais de Alimentos e Bebidas “in natura” e processados -
Em 2022, toda a área de produção rural de alimentos e outros (agrícolas + todas as pastagens + florestais cultivadas + extrativismos) no Brasil chegava a 282,5 milhões de hectares, segundo a respeitada ONG do bem Mapbiomas (em 1985 eram 187,3 milhões de hectares). A maior parte da expansão não foi agrícola nem florestal, mas de pastagens (o que indica elevado níveis de desmatamentos para bem mais abertura de áreas agrícolas futuras) que ampliaram de 103,0 milhões de hectares em 1985 para 164,3 milhões em 2022. Somente na região amazônica as pastagens ampliaram de 13,7 milhões de há em 1985 para milhões 57,7 milhões de há em 2022. respondem por 200,0 milhões de terras agricultáveis, iguais a 24% do território do Brasil.
No caso da expansão agrícola dois tipos principais de culturas dominam esta expansão, representando 96%: cereais (sobretudo soja + milho) e cana-de-açúcar. Em 1985, estas duas categorias de culturas cobriam 18,3 milhões de hectares, mas em 2022, a sua área combinada já representava 7% de todo o território nacional, já atingindo 58,7 milhões de hectares”. Significativamente, a maioria (72,7%) das áreas agrícolas convertidas sofreu uma intervenção humana substancial, caracterizada pela intensificação agrícola, particularmente em regiões anteriormente designadas para pastagens.
Já no Brasil, a área total chega a 846 milhões de hectares (= 0,8 bilhão de hectares); a área agricultável é de 547 milhões de hectares e a já área plantada total – com todos os cultivos e atividade rurais em 2023 – pode ser estimada em 64 milhões de hectares líquidos e sem sucessões (igual a apenas 7,6% da nossa área total) segundo os satélites da NASA ainda em 2017 mais pela EMBRAPA (portanto, há 7 anos, sendo que somente neste período nossa área de grãos já ampliou uns 30%). Na safra 2016/17 (ano 2017), para a CONAB, a área plantada somente com grãos (grãos de verão mais grãos de inverno=safrinha mais algodão total) atingiu 60,9 milhões de hectares, ampliando para 79,6 milhões (com muitas sobreposições) na recente safra 2023/24, ainda em colheita final
Na Safra 2023/24, o IBGE relata que a área principal cultivada no Brasil (grãos de verão mais de inverno (inclusive em sucessão ou sobrepostos) mais bananas, batatas de 3 safras, cacau, café 02 tipos, cana total, castanha de caju, fumo, laranja total, mamona, mandioca, tomate total e uvas já atingiu 93,2 milhões de hectares em maio/2024, e isto sem incluir as florestas, pastagens, hortícolas menores, outras frutas diversas menores e outras áreas de alguns cultivos com ainda menores expressões.
Assim, tratam-se dos dados levantados ou estimados, localmente (por micro regiões), das áreas mais abrangentes e confiáveis do Brasil, até porque são estatísticos do País e conforme as exigências mundiais do tipo pela FAO e BIRD (não apenas pra usos mercadológicos imediatos e/ou em Bolsas), mas ainda não se pode descrever como sendo a área total do País, pois há muita sucessão/sobreposição nos cultivos de inverno ou de safrinhas, ou seja, sobre a mesma área, além do que ainda faltam incluir as áreas acima de pastagens de qualquer tipos e estágios de degradações mais de florestas/caatingas/desertos idem, inclusive as cultivadas com eucaliptos/pinus para celuloses mais de seringueiras para borrachas etc..).
A área plantada e já em produção, com todos os cafés no Brasil ampliou um pouco de 1,86 milhão de hectare em 2027 para 1,90 milhões em 2024.
Já a área total colhida com cana, todos os tipos, no Brasil reduziu um pouco de 8,73 milhão de hectares na safra 2017/18 para 8,67 milhão de hectares na atual safra 2024/25, lembrando que, para equivaler a safra mundial, a safra de café no Brasil sempre considera o ano posterior.
Já no Brasil, a produção total de alimentos em 2021 (alimentos “in natura” mais alimentos processados mais bebidas etc.) - para consumos internos mais alguns processados para exportações etc. - chegou a 270 milhões de t. e no valor de R$ 1,161 bilhão = cerca de Us $ 232,2 bilhões (dados da ABIA mais da KPMG).
Fato é que nos últimos anos, ocorreram avanços rápidos nas devastações dos diversos Biomas, chegando a 20% no Mundo recente e a 25% no Brasil.
Já para a EMBRAPA, a área de floresta do Brasil equivale a 58,5% do seu território, cobrindo uma área de 497.962.509 ha. Desse total, 98% correspondem a florestas naturais, enquanto apenas 2% são florestas plantada. Vide em https://www.embrapa.br/visao-de-futuro/intensificacao-tecnologica-e-concentracao-da-producao/sinal-e-tendencia/crescimento-e-intensificacao-da-producao-florestal-brasileiro#:~:text=A%20%C3%A1rea%20de%20floresta%20do,apenas%202%25%20s%C3%A3o%20florestas%20plantadas.
Em 2022 (últimos dados confiáveis disponíveis), também segundo o IBGE, o Brasil ultrapassou a marca de 9,5 milhões de hectares de florestas plantadas (silvicultura), dos quais 7,3 milhões de hectares (77,3%) somente com eucaliptos. Juntos, eucalipto e pinus foram responsáveis pela cobertura de 96,0% das áreas cultivadas com florestas plantadas para fins comerciais no país. Vide em: https://acr.org.br/ibge-divulga-numeros-da-producao-da-extracao-vegetal-e-da-silvicultura/
Em 2023, entretanto, para a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI) jã são 7,40 milhões de hectares somente de eucalipto mais 1,70 milhão de hectares de pinus mais 0,38 milhões são hectares de outras espécies, totalizando cerca de 9,48 milhões de hectares com tais cultivos para celuloses.
Já a área total com pastagens ainda em 2018 (com todos os tipos e estágios de degradação) foi estimada também pela EMBRAPA em cerca de 160 milhões de hectares e que ocupam quase metade dos estabelecimentos rurais do País.
Ainda sobre as atuais áreas totais com pastagens, segundo dados do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (LAPIG) da Universidade Federal de Goiás (UFG), as atuais pastagens brasileiras cobrem aproximadamente 177 milhões de hectares, dos quais aproximadamente 40% apresentam médio vigor vegetativo e sinais de degradação, enquanto 20% apresentam baixo vigor vegetativo, entendida como degradação severa. São áreas que apresentam uma redução na capacidade de suporte à produção e na produtividade.
Assim, ao meu ver, somando os 93,2 milhões de hectares da área com os principais cultivos agora em maio/2024 (dados bem abrangentes do IBGE acima) MAIS os 177,0 milhões de hectares de todas as pastagens bem descritas acima MAIS os cerca de 11,0 milhões de hectares de florestas plantadas (incluindo áreas com eucaliptos, pinus e outros para celuloses, conforme acima, mais com seringueiras etc.) mais 10,0 milhões de hectares com outros cultivos menores e de difícil previsão (a não ser quando de nova rodada de pesquisa por satélite da NASA), a área total já plantada mais com pastagens e florestas cultivadas no Brasil, somente atingiu cerca de 291,2 milhões de hectares em 2023-2024 (dados aproximados ou por eu estimados).
Tal área gigante disponível acima ainda não soma os 24,0 milhões de hectare de áreas de pastagens já bem degradadas – vide abaixo -, mas que ainda podem ser recuperadas e cultivadas juntos em projetos do tipo ILPFE - Integração Lavoura- Pecuária-Florestas-Extrativismos ou por bons Projetos MFS Manejo Florestal Sustentado ou simples Projetos SAF Sistemas Agroflorestais biodiversos (com alta capacidade para melhorar o meio ambiente) e até para florestas cultivadas (exceto com eucalipto ou pinus senão vira o tal “deserto verde” conforme a BBC Brasil),
Todos os cultivos ocorreriam de formas anuais alternadas (para não se configurarem como novos “plantations” apenas exportáveis e com novos erros de destinações que levaram a novas degradações também rápidas) ou, preferencialmente, dentro das florestas (em parcerias como acima) ou até após reflorestamentos adequados com arvores rápidas (que sequestram muito mais carbono, crescendo até 2,5 m/ano) como o angico branco mais o molambo, o guanandi, o paricá, pau de balsa, teca e até frutíferas boas sequestradoras como o cacau, cupuaçu, açaí, graviola, pupunhas etc.. Nos projetos acima de SAF do Amazonas, o IDESAM estima que cada muda desta que se torna arvore consegue recolher 300 kg de carbono da atmosfera por ano para estocar/fixar no seu tronco, que também pode ter diversos objetivos socioeconômicos e para muitos.
Evoluções dos abandonos de terras nos Biomas mais das degradações de solos, subsolos, aguadas, aquíferos, ar e lixos brutos etc. -
Escrever e analisar as elevadas devastações históricas de solos mais sobre as degradações mais recentes de solos, subsolos, aguas, ar, biomas etc. é uma tarefa muito difícil, pois além de os dados serem raros e muitos até pouco confiáveis (segundo os interesses e locais de cada Grupo que os estudam e divulgam com algum objetivo) há uma séria indefinição de qual (quais) fases temporais da terra e da vida humana utilizar, vez que, como consta, em seu início a Terra era toda ocupada pelos mares mais por florestas e os dinossauros e o homem vieram bem depois, sendo ambos para iniciarem as degradações e devastações, sempre a procura de, cada vez mais, alimentos, aguadas, ar limpo, outros biomas etc.
Segundo a BBC Brasil, entre 5 mil e 10 mil anos antes, o “que hoje é o árido, quente e inóspito deserto do Saara, no norte da África, era uma região de savanas e pradarias com alguns bosques, lar de caçadores e coletores que viviam de vários animais e plantas, sustentados por lagos permanentes e muita chuva”. “Era assim numa época atrás - período conhecido como do "Saara verde" ou "Saara úmido". “É difícil imaginar que o maior deserto quente do mundo, que hoje tem uma precipitação anual entre 35 e 100 milímetros de chuva, recebia chuvas 20 vezes mais intensas há alguns milhares de anos”.” "Havia no Saara corpos hídricos permanentes, savanas, pradarias e até alguns bosques". "Foram encontrados fósseis de grandes animais que hoje já não são vistos vivos no Saara. Crocodilos, elefantes e hipopótamos." Assentamentos humanos antigos também deixaram evidências da existência de uma grande fauna”.
Ainda para a BBC Brasil (vide: https://www.bbc.com/portuguese/geral-39374825), este clima - favorável à existência de uma flora fértil e fauna e o desenvolvimento humano - foi desencadeado pela maior proximidade do Sol em relação à Terra durante o verão, o que produziu mudanças de insolação”. "O Saara se tornou verde quando saímos do período glacial. O Sol do verão se tornou mais forte há uns 9 mil anos e isso trouxe uma série de consequências". “"Quando o Saara esquentou, as chuvas de monções se tornaram mais fortes, o que levou a uma vegetação maior que, por sua vez, reduziu as emissões de poeira e diminuiu o reflexo da luz, promovendo mais precipitações. CONTUDO, "este reflexo de luz solar, seja da superfície terrestre ou da poeira que flutua na atmosfera, é conhecido como “albedo” e é um dos fatores mais importantes na aridez de uma região”.
“Esse intenso albedo - a luz de cor creme clara refletida na superfície do deserto e também com alto teor de partículas minerais - contribuiu para a elevada e até rápida desertificação do Saara’.
Contudo, para produzir e faturar tais valores anuais gigantes, as indústrias de alimentos já se consideram que sejam as emissoras de 40% dos gases provocadoras do efeito estufa mundial.
O Brasil, bem ao contrário do que achamos, ou que nos é divulgado/propagandeado, já figura - segundo medições locais pela NASA com satélites amostradores/coletores/analisadores especiais - como o 6º maior emissor de Co2 do Mundo e na seguinte lista por ordem de emissões pelos 10 maiores: 1) China; 2) EUA; 3) Índia; 4) Indonésia; 5) Malásia; 6) Brasil; 7) México; 8) Irã; 9) Japão; 10) Alemanha.
Embora com números bem divergentes no Brasil (segundo as fontes), consta na CNN Brasil que cerca de 24% dos Gases do Efeito Estufa GEE produzidos pelo Brasil em 2021 provieram somente da nossa agropecuária (explorações diretas). Além disso, ainda pior, os muitos usos das terras e das florestas (desmatamentos; queimadas; implantações silvícolas para celuloses etc. mais aberturas de novas áreas agropecuárias, em especial para pastagens etc..) foram responsáveis por 49% dos GEE do País mais produções de Energias (em especial por termoelétricas mais extrações/beneficiamentos de petróleo/gás natural) por 17% e processos industriais (tão condenados) por apenas 4% do total emitido.
Também, no Mundo, ainda há muitos conceitos agronômicos e florestais, sociais, econômicos – até filosóficos e culturais (“much money”) - que precisariam ser bem melhores definidos antes e que não irei aqui analisar.
Por exemplo, recente aqui no Brasil - parece que forçando a barra dos conceitos técnicos econômicos e ambientais no Congresso Nacional brasileiro (e que o Atual Presidente da República sancionou inteiramente) - agora em maio/2024 -, conforme diversas denúncias e analises cientificas -, o Setor produtivo de Celulose com Eucalipto e Pinus no Brasil parece que conseguiu enganar alguns Ministérios em Brasília e enquadrar/incluir como sendo “Silvicultura normal e protetiva socioambiental”. Assim, o Setor (cm altíssimo nível de lobbies em Brasília - Capital Federal) conseguiu excluir tais cultivos da lista de atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais.
Com isto, tais explorações passaram a não mais precisarem aprovar ou sequer apresentarem projetos para obtenções de Licenças Ambientais prévias, como necessárias para todas as atividades agropecuárias, serias, no Brasil, exceto, obviamente, pelas silviculturas. Ora, até um estudante de primeiro grau sabe que para as proteções acima necessária, os cultivo de eucaliptos e pinus nunca se enquadrariam (sob nenhuma possível desculpa, ou até ensaio, técnico-cientifico e muito menos socio ambiental), pois em até 06 meses os papeis, papelões e embalagens fabricados com tais celuloses são novamente transformados em Co2 pelas suas queimas, ou seja, nada de real estocam de seu pouco carbono capturado (pela sua baixa fotossíntese comparada ante muitas outras arvores até mais rápidas e que crescem até 2,5 m ano como o angico branco).
Imediatamente, a BBC Brasil reagiu de forma socioambientalmente protetora e classificou tais atividades como sendo “Áreas de “Desertos Verdes”, pois, além de retirarem elevados volumes de águas dos solos e sub solos etc.., sob suas copas não proliferavam nem minhocas nem liquens nem “ratos” nem outros pequenos animais (ou seja, também são altamente prejudiciais aos biomas e biotas). Vide em ; https://www.linkedin.com/pulse/co2-sequestros-comparados-ante-arvores-nativas-nosso-climaco-cezar/?originalSubdomain=pt
As empresas do setor afirmam, por sua vez, que o que houve foi uma correção de uma distorção que aplicava ao setor, que é agroindustrial, as mesmas regras impostas a indústrias consideradas poluidoras. Também argumentam que a atividade investe em medidas voltadas à sustentabilidade e que só atuam em áreas que já haviam sido degradadas pela agricultura, seguindo padrões de regulação internacionais, com práticas certificadas por auditorias independentes e externas.
Assim, imediatamente, a Indústria Brasileira de Árvores (IBÀ), que representa 50 empresas da silvicultura, argumenta que a dispensa do licenciamento aprovada pela Câmara tramitava há quase dez anos e, em sua visão, corrige um erro histórico que exigia da silvicultura licenciamentos ambientais mais similares aos de áreas como mineração e siderurgia. "Para plantar um cafezal, por exemplo, você não precisa de um projeto de um órgão regulador estadual, municipal ou federal para plantar na sua propriedade" disse o diretor relações Internacionais da IBÁ e presidente da Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel). "Nós somos uma agroindústria, nós plantamos. Nenhuma outra atividade agrícola tinha o tratamento que era dado a nós, por equívoco, “
O receio agora é que esse processo e seus impactos sejam agora ampliados com a aprovação de leis em âmbito federal e estadual que, segundo seus críticos, afrouxam o controle sobre a silvicultura.
"Nos últimos 20 anos é nítida a diferença do uso do solo e da intensificação da silvicultura, de 1,0 milhão de hectares, que agora vão para 4,0 milhões de hectares. E com elas também as papeleiras, as fábricas de celulose", disse um geólogo, doutor em Ciências na área de Ecologia de Paisagem e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
"A escala deste avanço se opõe à realidade ambiental do bioma", alertou uma engenheira florestal e docente do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas (Neprade/UFSM)”. “Isto pode levar a uma intensificação das consequências dos eventos climáticos extremos", diz”.
Pior é que, somente entre 1985 e 2022, a área dedicada ao plantio comercial de árvores como pinus e eucalipto cresceu mais de 17 vezes, chegando a 1,195 milhão de hectares, segundo o MapBiomas. No Brasil, a expansão foi de 7,3 milhões de hectares, sendo a maior parte desse avanço (61%) realizada nas áreas de pastagem e agricultura.
Recente, a poderosa FGV divulgou um excelente diagnostico sobre os custos totais do País, mais por Bioma mais por Estado, somente de pastagens já degradadas, necessários/fundamentais para recuperar nossos solos e florestas, agora, as áreas já degradadas (inclusive par recuperar cerca de 56% das nossas pastagens) por todos no Brasil, chegando ao elevadíssimo valor de Us $ 77,5 bilhões e que nem os agricultores brasileiros nem o Governo central e/ou os Estaduais têm como disporem – sozinhos – ou mesmo financiarem, pois têm centenas de outras prioridades par aos mais pobres (sanitarismos, habitações adequadas, transportes públicos, solução dos lixos, estradas etc.), inclusive, há uns 8 anos com as seguidas e até anunciadas devastações e as inundações, decorrentes exatamente das severas mudanças climáticas por que nosso País já passa (em especial nos estados do RS, SC, SP, RJ, MG e PE) pelas tais mudanças climáticas, exatamente decorrentes/provocadas pelo nosso males usos dos solos, sub solos, aguadas, ar, lixos etc..
Vide dados completos da FGV no excelente e inédito diagnostico “Custos de recuperação de pastagens degradadas nos estados e biomas brasileiros” - com as necessidades e demandas de recursos recuperadores - milagrosos - por Estado e Bioma em : https://agro.fgv.br/sites/default/files/2023-02/boletim_custos_de_recuperacao_0.pdf .
Pior muito é que, nesta semana (junho/2024), a poderosa NASA anunciou formalmente que boa parte da região central do País (Brasília, Goiânia, Cuiabá etc...) deve não terem mais condições de habitações por homens, animais e plantas e já em 2070, devido às mudanças climáticas ainda ascendentes e em curso no Mundo. Vide e comproves em https://www.diariodolitoral.com.br/mundo/nasa-preve-colapso-no-clima-e-aponta-regioes-do-brasil-que-terao-calor/183411/
Complementarmente, para o Brasil, uma boa notícia socioambiental e desenvolvimentistas é que, “recente, o País (dados da EMBRAPA FLORESTAS) passou a contabilizar também as estocagens corretas dos carbonos, oriundos dos produtos florestais. Tal estudo inédito começou a mensurar os dados de acúmulos de carbonos em tais PFM (“Produtos Florestais Madeireiros”), como madeira serrada, painéis de madeira e papel e papelão, bem como dos resíduos descartados dos processamentos ou das industrializações – mesmo que mínimas - desses materiais.
O primeiro levantamento acerca pela EMBRAPA foi elaborado em 2020, utilizando o ano de 2016 como referência, e contabilizou 50,7 milhões de toneladas de CO2 equivalentes já estocados da melhor forma e/ou já resgatados da atmosfera do País (ainda pelos baixos níveis atuais de sequestro de carbono para estocar nos seus troncos (provindos de tais arvores antigas pouco sequestradoras reais de carbono mais por arbustos mais recentes e também pouco sequestradores) e/ou também pelas não emissões de CO2 por suas possíveis queimas por incêndios locais acidentais e/ou criminosos ou até por caríssimas, e problemáticas, incinerações em caldeiras ou fornos para produzir vapor ou eletricidade e/ou para usos como carvão vegetal em altos fornos de aciarias/guseiros próximas.
“O aumento do número de nossos PFM - Produtos Florestais Madeireiros, além de estratégico para o País no balanço final de emissões, é um fator que está atrelado as políticas mais sustentáveis que incentivam os usos das nossas madeiras”. “As madeiras são bens renováveis, também em substituições aos outros materiais, principalmente na construção civil (com na nova “madeira engenheirada”/”supercolada”, já com alto sucesso mundial e também em São Paulo - Brasil, e que além de captar e estocar muito mais de 06 até 14 vezes mais carbono do que arvores amazônicas com copas gigantes/abafantes/sombreadoras e por, no mínimo, uns 100 anos, também é bem mais barata e até bem mais resistente ao fogo e as impactos e pesos do que o próprio concreto - Vide meu artigo recente acerca), na qual têm dupla função: além de armazenarem o carbono nas estruturas de madeira, elas também substituem o aço mais o concreto, produtos estes com grandes emissões de CO2 nas suas produções”.
“A remoção de CO2, promovida pelos PFM no Brasil, aumentou muito com o passar dos anos. De 1990 a 2016, a remoção anual variou de equivalentes a -11,0 milhões a -50,7 milhões de toneladas de CO2/ano, segundo a abordagem de números negativos do fluxo atmosférico”.
Agora, com as evoluções já anunciadas/cíclicas dos muitos prejuízos pelas mudanças climáticas mundiais e, sobretudo, no Brasil ainda nos próximos 30 anos, já vemos os imensos prejuízos locais/regionais delas decorrentes (como a enchentes recentes no RS e antes também em SC, SP, RJ, PE e no interior de MG e outros locais, vez que cerca de 70% dos brasileiros ainda insistem em morar em até 350 km das praias), sinceramente, acho que é chegada a hora de repensarmos/reavaliarmos/reatuarmos melhor neste momento do agronegócio brasileiro (ainda com elevadíssimo sucesso mundial - vide acima sobre importância do Brasil para alimentar o Mundo).
Proponho, dividir, igualitariamente, todos os custos dos deveres de casa anteriores necessários (por exemplo: baixos custos com bilhões de mudas gratuitas nos 3.666 municípios mais agrícolas do País, tudo seguindo para reflorestamentos bem projetados/bem implantados e apenas com árvores - nem tão bonitas, mas muito mais rápidas (com crescimentos de até 2,5 m/ano), ou seja, com muito mais fotossínteses por suas muito mais folhas e caules (medidas cientificamente em kg/hectare/ano) e, assim, gigantes coletoras - já muito comprovadas cientificamente - de muito mais Co2/hectare/ano - MAIS com ressuscitações plenas de milhões de antigas aguadas abandonadas/secadas MAIS de seus subsolos e biomas etc.) e ainda, até das expansões de tais cultivos agrícolas, mas, se e quando, realmente necessárias. Lembro-vos, assim, que o milho para etanol/DDG é comprovadamente a melhor planta socioambiental do Brasil, ao propiciar até 04 ganhos ambientais somados.
Agora, vendo os elevadíssimos custos/prejuízos, decorrentes das até pré-anunciadas e cíclicas mudanças climáticas em todo o Mundo, não mais podemos deixar todos os custos dos diversos “deveres de casas” e soluções socioambientais e energéticas para os Governos e para os povos (sejam consumidores, ricos ou famintos, ou também agricultores). O Brasil tem outras prioridades fundamentais a solucionar/investir como nos problemas da favelas, casebres rurais; seguranças públicas muito deficientes e até virando milicias; imensas áreas sem sanidades básicas; soluções para os ainda 1.800 lixões existentes mais para os cerca de 2.000 aterros sanitários coletivos - caríssimos, problemáticos, poluidores, de vida útil curta e ainda sem gerarem receitas, mas somente despesas elevadas e apenas para os munícipes e sem ajudas/soluções federais (cobram de R$ 70/t até R$ 150/t para apenas enterrar); mais 10 mil km de novos asfaltos de qualidades comprovadas; mais 5.000 km de novas ferrovias; mais pelo menos 5.000 novas PCH e/ou pequenas barragens controladoras de enchentes/irrigadoras/eletrificadoras locais baratas etc..
Será que precisamos mesmo expandir a cada ano nossa área agropecuária total já com tantas e imensas devastações comprovadas de solos, subsolos, aguadas, ar etc., produzidas ou deixadas para trás, sempre nas expansões para as chamadas novas fronteiras (agora em rápida direção norte e leste) com terras bem mais baratas, muito mais aguadas e ainda com bons solos e também novamente degradar e rápido. Ora, percebe-se até facilmente que são situações provocadas/até exigidas pelas atuantes e muitas multis internacionais, tradings internacionais; integradoras de pequenos animais, peixes, frutas etc..; frigoríficos de todas as carnes; fomentadoras de eucaliptos e de pinus apenas para celuloses insustentáveis (já chamadas pela BBC Brasil como desertos verdes”); cooperativas; transportadoras; empresas internacionais de maquinas e de insumos; bolsas externas e interna; especuladores, seguradoras, bancos, corretoras, lobbies, Entidades representativas/lobistas, mídia protegida pela caduca Lei da Imprensa Livre (Lei 2.083/1953) etc.. e que nunca irão ajudar diretamente nosso povo e nossos governos a resolverem/mitigarem tais destruições ocorridas e/ou anunciadas?
Como já bem descrito no início, tais multis, trading, cooperativas, integradoras, frigorifico e outras empresas acima (sobretudo as internacionais) já ficam com 80% a 90% da renda bruta dos agronegócios (nos EUA também ficam com 89% - vide acima) e ainda pouco ou nada contribuem para as reais soluções dos problemas criados por elas mesmas com tais produções e industrializações. No Brasil, os agropecuaristas somente ficam, historicamente, com somente 10% a 20% da renda bruta final anual dos agronegócios e ainda têm que comprarem/arrendarem seus patrimônios ou imóveis para plantarem e também têm que assumir todos os riscos climáticos e bancários das produções e armazenagens.
Assim, com tão rendas brutas finais tão baixas e mínimas e na maioria das atividades e locais (ainda a retirarem seus custos pessoais e familiares, inclusive, com suas mão-de-obra, já como que escravizadas), como – e de onde - tais agropecuaristas (mesmo que plenamente conscientes disto) conseguiriam retirar recursos para as fundamentais preservações e conservações tão necessárias dos seus imóveis e de seus patrimônios, ou seja, de seus únicos bens de produções/manutenções familiares? e que, assim, fundamentais, também “para si” e famílias.
Com isto, e sem ajudas das empresas acima, somente lhe restam comprometer ou destruir ou vender aos poucos pedaços de seus patrimônios a cada ano, e se com safras boas, pois quando isto não ocorre, os bancos, seguradoras e Governos e financiadores privados e agiotas chegam todos ávidos por tomarem tudo e venderem por 1/10 dos preços normais nos famigerados leilões de veículos e de imóveis (vergonhosamente, tão vigiados e tão disputados no Brasil, inclusive pela WEB) e talvez, ainda até com possíveis ajudas até claras (nunca dos juízes locais), mas bem mais das Justiças Federais de Brasília e dos Estados (onde talvez até já operem muitos lobbies, inclusive e talvez até por bancas advocatícias vampiras, especializadas e famosas em somente injustiçarem/tomarem/depredarem etc., inclusive de imóveis residenciais urbanos ou rurais únicos e até aposentadorias/pequenos patrimônios dos idosos ou famintos urbanos.
Opcionalmente, todo o agronegócio (não apenas o Povo/Governos) deveríamos fazer rápido nosso “dever de casa” socioambiental e energético para, somente então, reiniciarmos tudo (sobretudo nos hibridismo elétricos com até 7 fontes vizinhas, simples, humilde; com baixos investimentos; gerações próprias, coletivas ou agregadoras locais de valor ou mesmo de e para pequenas agroindústrias; eletricidades estas com custos operacionais por 1/10 dos preços das compras, ou a vender para vizinhos/empresas etc..? (se possível fora das linhas das caríssimas e instáveis redes atuais e com fios de arame liso e postes de madeiras tratadas etc. (aliás, como Roosevelt, sabiamente, fez nos EUA desde o pós guerra, depois copiado pela Rússia e Canadá) e em que o Brasil pode ser o campeão mundial de hibridismos elétricos sustentáveis, inclusive com milhares de futuras novas PCH, ótimas e fundamentais controladoras e inundações (como muito utilizadas no Japão, China e EUA até hoje – Vide www.tva.com (“Tennessee Valley Authority”) uma estatal controladora estratégica dos EUA, também desde Roosevelt (cujo site controlador de enchentes e gerador elétrico é tão estratégico para os negócios dos EUA, que ele impede os brasileiros de acessarem seus conteúdos) também para irrigações, pisciculturas etc..
Porque não criarmos selos especiais de boas origens e de boas práticas socioambientais e energéticas positivas mais programas governamentais de incentivos/financiamentos baratos e até de subsídios para incentivarem tais ações pelas multis e para que outras empesas acima também participem – realmente ativas e melhor, se, proativas - de tais projetos de recuperações de solos, subsolos, aguadas, ar, biomas etc..?? inclusive podendo inserir tais ações em suas propagandas e balanços corporativos etc.. (o que também seria fundamental para combater os crescentes e criminosos “green washing” mundiais – vide meus diversos artigos acerca).
Assim, pergunto-vos: Será que já não é chegada a hora socioambiental e energética de reduzirmos nosso “Complexo de Aristóteles” de querermos ser, rapidamente, um dos melhores e mais ricos países do Mundo e a qualquer custo (sem sequer ainda sabermos bem distribuir nossas rendas e proteger nossos solos, subsolos, aguas, ar e lixos), isto mesmo que destruindo boa parte do nosso País e que não teríamos recursos futuros suficientes para recuperar nossas terras agricultáveis e nossas florestas, campos, aguadas, subsolos, ar, biomas etc. em tempo hábil??
Também, precisamos, urgente, determos todos nossos Governos e seus órgãos das 3 esferas de poder (sobretudo das Prefeituras e dos Estados) que agora se especializam em desmentirem ou justificarem nas TV, rádios, sites, redes sociais etc., seus claros erros diários e até com possivelmente claras “fake news” internas (por exemplos: atendimentos que somente funcionam nas propagandas e milhares de desculpas imediatas e diárias sobre ações, ou inações, das seguranças públicas). Tais milhares de propagandas diárias já chegam a cansar os ouvintes e leitores e esses elevados recursos despendidos com tais justificativa e claras propagandas enganosas e desnecessárias, pois nada convincentes, e até ilegais, sem dúvidas, seriam muito melhores aproveitados nas claras e visíveis ampliações dos efetivos policiais ou nos transportes e nas merendas escolares, como exemplos mínimos.
Com situações e origens raciais/patrióticas muito diferentes/divergentes das nossas, como competirmos com países seculares como a China, Índia, Alemanha, Inglaterra e até com os EUA ?? todos com a maioria dos trabalhadores muito bem preparados, motivados e até robotizados e bem pagos, e que operam por até 12-14 horas/dia e todos os dias do ano – a maioria, sem sábados, sem domingos, sem férias e somente com folgas em alguns poucos feriados familiares no ano?? (quando boa parte, em especial na Ásia, volta, disciplinada e agradecidamente, e cheias de recursos, de alimentos e de presentes para visitarem suas famílias no interior, de formas históricas, organizadas e honradamente).
Se já bem alimentamos 6 vezes mais pessoas no Mundo do que nosso povo precisa, porque não determos, agora, novos avanços espaciais da agropecuária (pouco lucrativa real para os produtores rurais como demonstrado acima), em vez de ampliarmos ainda mais para nos destruir e bem gerar ainda mais trilhões de lucros reais para empresas e pessoas e bem mais no exterior?
Como exemplo, a Austrália e a Nova Zelândia - países também agrícolas, minerais, energéticos, e subtropicais - optaram, há anos e com altíssimos sucessos, por modelos desenvolvimentistas muito mais socio ambientalistas reais do que no Brasil, envolvendo suas totais seguranças alimentares (pequenas e fechadíssimas populações altamente bem preparadas e motivadas) mais seus sistemas socioeducacionais de altíssimos níveis e renomes e com bem mais inteligências competitivas empresariais e, sobretudo, agroindustrializações para exportações (pouco exportam de alimentos “in natura” e muito mais de carnes bovinas, ovinas, derivados de leite e açúcar etc.. Quase que somente exportam trigos, madeiras e minérios sem agregar valor).
Nossa proposta é também revolucionarmos nosso modelo desenvolvimentistas, em especial com novas ações socio ambientalistas e energéticas realmente baratas, confiáveis, com baixos custos de distribuições, ou seja, efetivas e revolucionárias já bem descritas ou como abaixo.
Neste novo modelo que proponho - a bem debater e a melhorar, apenas por especialistas reais e rápidos (quase tudo no Brasil atual está ficando muito lento, pouco profissionalizado e muito debatido, só para piorar, e até por leigos ou lobistas do mal), e após aprovar, priorizar e desenvolver, em conjunto, nossas fases de projetos e de ações, agora essenciais para todo nosso povo e não para alguns.
Proponho mudar bastante nossos modelos desenvolvimentistas atuais (ainda essencialmente baseados apenas em agronegócios “in natura”, celuloses, alguns alimentos processados, petróleo, minério de ferro, etanol etc..) para 05 (cinco) novos modelos iniciais multi integrantes e responsáveis (com “funding”/recursos agora bem mais de entes públicos-privados-parceiros-seguradoras-debenturistas-IPO-Fundos de investimentos-Fundos de pensões-investidores externos e interno-outros interessados em lucrar muito mais de forma totalmente segura e em médios e longos prazos), todos desafiadores, bem mais sustentáveis; bem mais empregadores/formadores/treinadores de mãos-de-obra; e com milhares de projetos até simples ou fáceis, baratos, mas altamente seguros e lucrativos para se implementar rapidamente (se realmente com boa vontade políticas de muitos, em especial dos Ministérios e dos órgãos planejadores/controladores/implantadores de Brasília e dos Estados), a saber e pela ordem de prioridades:
1) Grandes produções de energias elétricas realmente sustentáveis e bem mais baratas, próprias ou vizinhas pelos hibridismos locais/regionais mais pelas limpezas ambientais gigantes com grandes gerações elétricas também muito mais baratas pelos tratamentos microrregionais de muito lixos brutos, biomassas, dejetos, sobras, podas, restos de pneus, roupas etc. tudo para grandes produções de singás (em nada contaminantes como na recente usina especializada do aterro de Mafra – SC, já gerando 2,1 MWh com 90 t/lixo bruto e regional/dia) e/ou de biometano/biogás (estes ainda contaminantes com metano) e ambos grandes geradores elétricos e tudo por baixos investimentos públicos e/ou privados;
2) Proteções plenas e bem calculadas e muito bem administradas (por computadores e sistemas de ultimas geração) de nossas cidades beira mar e beira rios contra enchentes e secas com milhares de novas e baratas PCH e/ou pequenas barragens controladoras de fluxos e, sobretudo, geradoras elétricas e empregadoras/desenvolvimentistas;
3) Plenas renovações dos modelos produtivos/fabricantes e de automações industriais de pelos menos 70% de nossas empresas de todos os setores industriais atuais (nossa produtividade média da mão-de-obra industrial, agroindustrial, mineral, química e outras ainda é baixíssima e já não consegue concorrer com as atuais do Mundo industrial);
4) Desenvolvimentos de um grande parque industrial de informática própria e exportável (Inteligência Artificial) mais de tecnologias aeroespaciais (vias INPE, EMBRAER, Helibras e até da Avibras etc.);
5) Idem de milhares de projetos e de ações reais para reforçar/ampliar os menores níveis atuais de Inteligências Competitivas Empresariais no Brasil (formações e reciclagens reais sempre presenciais – nunca a distancias - e de altíssimos níveis comprovados, somente vias CNI, SENAI, SESC, SENAR, SESI, FGV, ABIA e apenas outras poucas similares estaduais), sobretudo em projetos de preservações reais e/ou de reconversões socioambientais para o bem (como a Heineken Brasil já está fazendo desde 2007 com doações de 7,0 milhões de mudas florestais/ano - vide https://exame.com/esg/projeto-de-reflorestamento-da-heineken-com-a-sos-mata-atlantica-aumenta-em-20-volume-de-agua-em-itu/) mais em produções e exportações de muito mais alimentos industrializados mais em produtos rastreados e rotulados com selos de origens (“terroir”) e “fair trade” etc.. mais em inserções de dados com ações socio ambientalistas positivas, reais e duradouras em propagandas (autorizadas/incentivadas) em balanços corporativos empresariais (com tudo até como nossos exemplos para o Mundo e seus capitalistas selvagens).
Evolução dos VBP – Valor Bruto da Produção, conforme a CNA/DETEC (adicionados com os valores das produções florestais mais extrativas) -
O VBP é o faturamento bruto dentro dos estabelecimentos rurais, considerando as produções agrícolas e pecuárias, com a média de preços recebidos pelos produtores de todo o país.
O ano de 2023 apresentou recorde de safra de grãos, dos 28 produtos (exceto produtos florestais e dos extrativismos) que compõem este relatório, em 20 produtos houve aumento da produção. Entretanto, os preços foram na contramão, uma vez que 15 produtos apresentaram redução real nos preços.
Assim, em 2023, o nosso chamado VBP – Valor Bruto da Produção Agropecuária (calculado pelo DETEC/CNA, sem deméritos) de 28 produtos agropecuários somados (dentre cerca de 30 principais do País) chegou a R$ 1,25 trilhão, valor este 2,6% menor que no ano anterior. Se adicionarmos a este valor dos 30 produtos - para termos bons dados comparativos reais e sérios - mais R$ 97,4 bilhões das produções e vendas e produtos da base florestal em 2019, com dados da IBÁ Associação Brasileira de Arvores , mais R$ 0,94 bilhões das receitas com produções e vendas de produtos extrativistas em 2022, segundo o IBGE (pois, ambos itens ainda não fazem parte da estimativa/levantamento/soma acima pela CNA) totalizando, então, Rs $ 1,35 trilhões (= apenas Us$ 269,5 bilhões, considerando o câmbio médio de 2023 de Us $ 1,00 = R$ 5,017 -, ou seja, menos da metade do valor total similar também bruto obtido pelos produtores rurais dos EUA no mesmo ano e com GCFI – vide acima - de Us $ 561,2 bilhões em 2023).
Vide e baixes dados completos em https://cnabrasil.org.br/publicacoes/vbp-da-agropecuaria-encerra-2023-com-recuo-de-2-6#:~:text=O%20Valor%20Bruto%20da%20Produ%C3%A7%C3%A3o,produtores%20de%20todo%20o%20pa%C3%ADs.
Contudo, no Brasil – agora descrevendo sobre rendas brutas e liquidas reais e por cada produtor rural -, embora quase sem dados e, pior, confiáveis (trata-se de sigilo empresarial e que nem os agricultores, que assinam contratos com tais dados bem claros, aceitam divulga-los, embora contidos, e nunca questionados publicamente, em meus antigos livros descritos acima) – a maioria dos produtores rurais atuais (agricultores de todos os tipos; pecuaristas de todos os ciclos; floresteiros; extrativistas etc.) somente participam com entre o mínimo de 8% e o máximo 20% (exceto em casos especiais e raros) das rendas anuais brutas (receitas brutas) da maioria das atividades rurais, a depender muito de cada atividade (se agricultura familiar simples em area própria ou se agricultura familiar já com alguma agregação de valor, idem, ou se semi empresarial mas com baixa escala, mas em área própria ou se já bem empresarial com mediana a boa escala produtiva, idem, nas formas de produções média de 03 anos “versus” preços finais na média de 03 anos “versus” custos reais, idem); se proprietário ou arrendatário ou ocupante; independente ou integrado ou fomentado etc.) mais do seu local; de topografias e de climas; de seus custos totais; das distancias de sus transportes; de sua forma de produção e de venda etc.
Mesmo sendo baixas participações, tais situações também ocorrem nos EUA – vide acima – pois os produtores rurais de lá também somente ficam com entre 9% e 23% das receitas brutas das atividades.
Com isto (sem um bom e sério programa mundial obrigatório que mude, que justicialize e que obrigue por tais mudanças urgentes por alguns expertos ou vampiros empresários/especuladores/investidores/Entidades/Governos/Bolsas etc., mundiais, e para todos), ainda, boa parte destes produtores rurais brasileiros estarão sempre degradando muito e depois vendendo e depois migrando para áreas mais férteis e bem mais baratas acima e/ou ao lado.
Assim, entre 80% (mais os independentes e/ou em imóveis próprios, ambos com medias a altas escalas produtivas na média trianual ou pentanual em cada local) e 92% (mais os integrados/fomentados e/ou em terras arrendadas, ambos com baixíssimas a baixas escalas produtivas, conforme acima) dos resultados brutos anuais de cada atividade no Brasil são recebidos – a título de cessões de insumos/fatores de produção ou seja de partes dos seus custos produtivos diretos - pelos fornecedores de máquinas, de insumos, de fretes mais de outros fatores de produções (créditos, seguros, impostos, consultorias) MAIS pelos intermediadores/processadores (tradings, transportadores, frigoríficos bovinos, integradoras de pequenos animais/ovos/lácteos + fomentadores florestais para celuloses etc.. + fabricantes de alimentos/processadores etc.) + compradores finais de tais produtos agrícolas “in natura” e/ou de alimentos já processados + com especuladores de bolsas + atacadistas/varejistas// “Food service” mais + Governos, Corretoras, Seguradoras etc.
Pior no Brasil, é que ainda dos 8% a 20% da receita bruta, que lhes cabem nas divisões/suspeições em descritas, nossos produtores rurais modais (vide formas acima) já sabem que sua renda final real reduz para apenas 5% - se com baixíssima a baixa escala media - a 10% - se com media a alta escala média, ou seja, cerca de 50% da sua parte na renda bruta de cada atividade, conforme acima.
Afinal - para bem explicar tais reduções e usos de 50% das já baixas participações nas receitas brutas acima (de 8% a 20%) - nosso produtor rural modal em quase todos os locais e situações produtivas, ainda tem que gastar a metade, sem dó, com custos da mão-de-obra familiar mais com alimentações mais com luz/água/internet/planos de saúde mais custos com impostos e com automóveis próprios etc.
Nos EUA, vide acima, os produtores rurais também somente ficam, em média, com 11% da renda liquida final
e os demais 89% também ficam para as multis, tradings, varejos, “food service”, governos, especuladores etc.
Assim, conforme alguns técnicos e amigos consultores, que me ajudam muito nestes papers, cada vez mais estratégicos, propositivos e desafiadores (já com cerca de 1,1 milhão de “page views” anuais em 02 sites milagrosos e apoiadores reais, sem medos, no Brasil mais 03 fundamentais no Mundo) - para até dobrar tal renda liquida efetiva (ampliando para 10% a 20% de receita liquida real, conforme a atividade, o local e a forma produtiva, mas somente em terras próprias) somente é, ou será, possível para os os tenham maiores escalas produtivas reais.
Eles opinam que isto somente é possível na agricultura para os que consigam cultivar acima de 1000 hectares/safra de soja em terras próprias e com maquinas e a maioria dos insumos também próprios/poupados/reservados de safras anteriores (se possível sucedida por milho ou sorgo ou girassol e até por milheto, todos na safrinha).
Já no caso da pecuária bovina somente de cria, para se alcançar tais escalas com lucros reais bem maiores acima (10% a 20% da receita bruta anual, ficando ainda 80% a 90% com os frigoríficos e/ou confinadores) é, ou será, necessário ter pelo menos 500 vacas de medias a boas qualidades e ocupando até cerca de 2.000 hectares/ano em parte alugados/arrendados (assim, com rebanho médio anual de 800 a 850 animais, sendo de 300 a 350 de bezerros, bem criados). No Brasil, nos últimos 06 anos - com os frigoríficos exportando cada vez mais carnes para um Mundo altamente comprador e crescente -, após anos de quase inercia nos relacionamentos e formas das atividades, já ocorrem muitas mudanças nas relações produtivas atuais da pecuária bovina de corte (que ainda não chegam à pecuária leiteira, infelizmente). Com isto, a fase de recria bovina de corte já está desaparecendo rapidamente e com os grandes confinadores e grandes frigorifico assumindo, cada vez mais, as fases finais de engorda rapidíssima mais de abates, processamentos, transportes, vendas internas e exportações.
A maiorias dos Governos no País tem outras prioridades caríssimas e até mais urgentes – como saúde, educação, sanitarismos, abastecimentos internos de alimentos, transportes públicos, construções de rodovias, barragens, gerações elétricas etc. - e nunca irão priorizar, adequadamente, tais recuperações ambientais necessárias, até porque ainda somente atribuem as culpas de tais devastações somente aos agricultores (por isto este meu “paper” informativo é fundamental que seja bem divulgado). Vejam se não é isto o que ocorre no momento com as seguidas devastações por enchentes já ocorridas, até pré-anunciadas e cíclicas, nas cidades beira mar do Brasil, em especial as dos últimos 08 anos e ocorridas nos Estados do RS, SC, SP, RJ, MG e PE, até porque ainda 70% dos brasileiros ainda insistem em morar até apenas 350 km da beira mar.
Se, e nos locais mais necessários, os órgãos da ONU (como numa outra UNESCO apenas agraria recuperadora/preservativa mundial) decretariam tais locais já devastados como patrimônio mundial (ou sejam, se tornariam poucos acessíveis, não mais vendáveis, mas até exploráveis para o bem), como já fazem com alguns movimentos históricos em todo do Mundo. Até porque já há bons exemplos mundiais bastante favoráveis acerca, como por exemplo, os principais castelos e patrimônios históricos da Europa mais dos EUA foram comprados e hoje pertencem e estão bem protegidos sobre as asas financeiras gigantes de grandes Trusts”/”Heritages Funds do bem” mais de algumas Fundações patrimonialistas protetoras de bens, solos, subsolos, aguadas, biomas etc.
Contudo, notem que todos os custos de recuperações de solos, de sub solos, de aguadas e dos aquíferos (todos, cada vez secando mais), do ar, dos biomas e biotas - todos cada vez mais degradados, pois já utilizados intensa e historicamente por muitos e que lucram muito com isto e, pior, no Mundo – somente ainda cabem (ou caberiam) aos agricultores e talvez alguns de seus Governos (que tem e precisam ter outras prioridades como educação, saúde, sanitarismos, transportes públicos, lixos, rodovias etc..) E NUNCA por aqueles acima que para lucrarem muitos mais Us $ trilhões até quase que escravizam em muitos locais e atividades – tais produtores rurais, ainda quase nada organizados (muito usados) e que talvez até conheçam pouco disto.
FIM
Brasília (DF) e Porto Seguro (BA) em 04 de julho de 2024
Grato pelas Leituras, Analises e Compartilhamentos.
“VIVAMELHOR AMBIENTAL A BRAZIL THINK TANK” (a modern and faster socioambientalist/green & susteinable Energies Brazilian “think tank).
Para outros detalhes, contates-me apenas pelo e-mail [email protected]osição do valor da produção agrícola e dos vários fatores de produção utilizados”.