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A parte que lhe cabe nos lucros dos bancos


Cláudio Boriola

O nosso último encontro (“A incrível saga dos bancos no País do lucro fácil”) trouxe dados concretos sobre a vida fácil das instituições bancárias no Brasil. Os lucros crescem a cada ano devido à intensa procura de crédito por parte da população e dos pequenos empresários. Instituições bancárias lançam no mercado as suas empresas financeiras, que promete crédito fácil e o oferecem no meio da rua, como se fosse um produto qualquer. Os juros altos se encarregam de garantir o “ganha pão” dessas empresas por muito tempo e comprometem a saúde financeira daquelas pessoas que contrataram um empréstimo sem muito planejamento ou segurança de retorno.

 

Agora, vamos procurar entender o que acontece com tanto dinheiro. Afinal, esses R$ 5,5 bilhões de lucro líquido obtido pelo Bradesco não ficam trancafiados dentro de um cofre ou vão (somente) para os bolsos dos  donos? Eles têm de ir pra algum lugar... Mas quem são os donos? No caso do Bancos com cotação nas bolsa e outras  empresas, vão para seus legítimos donos, os milhões de acionistas, que recebem no mínimo 25% do lucro líquido de uma empresa de capital aberto (no caso do Bradesco, R$ 1,375 bi) e, é transformado em dividendos e direcionado para as pessoas que investiram em ações, diretamente ou através de um Clube de Investimento por exemplo. Para negociar com ações de diversas instituições, entre elas os bancos, a pessoa tem que se dirigir para uma Corretora de Valores. Posteriormente, as ações são negociadas nas bolsas, na BOVESPA, a única Bolsa Brasileira atualmente num pregão eletrônico (o pregão viva voz acabou). Através de um Clube de Investimento podemos começar com um mínimo (por exemplo R$ 100,00 ou seja R$ 3,50 por dia que é o preço de um moço de cigarros com um cafezinho, e ficar milionário em 30 anos. Vai depender do tipo e do valor da ação. Há as ações Ordinárias, que dão direito de voto nas assembléias da companhia, e as preferenciais, que, como diz o nome, tem a preferência na distribuição dos resultados (opa, olha o lucro líquido aí!) ou no reembolso do dinheiro em caso de liquidação da companhia. E vale ressaltar que qualquer pessoa pode adquirir ações de qualquer empresa, sem valor mínimo de investimento.

 

A própria BOVESPA tem realizado uma campanha de popularização dos conceitos do mercado de ações, incluindo palestras virtuais e o Curso Básico do Mercado, além do Dicionário de Finanças, todos disponíveis no site da instituição. Mas num país que não acostumou a sua população a questionar e tentar entender o que lhe parece complexo, tudo isso parece realmente um bicho de sete cabeças. Hoje, é possível acompanhar de forma on-line toda a oscilação dos valores de uma ação e o andamento das bolsas do mundo todo, não só pelos sites oficiais, mas também por sites de notícias especializados.

 

Facilitar o entendimento da população é um dos objetivos do projeto “Educação Financeira nas Escolas”, de minha autoria e presente em meu site para consulta. Ele consiste na inclusão da educação financeira nas escolas, envolvendo as disciplinas de história, geografia e matemática, para que nossas crianças já cresçam com condições de entender como funciona toda a trama financeira, desde o interior da sua residência até o mais complexo sistema financeiro. Nos USA por exemplo, investir na NYCE (Bolsa de Nova York) já é ensinado a décadas para as crianças do ensino básico.  É claro que isso é só um começo. Este projeto, quando colocado em prática, servirá como uma ótima base para o jovem adquirir conhecimentos mais específicos na área em que se interessar mais e, mesmo se não for à área econômica, já terá noções de administração financeira suficientes para não cair nas armadilhas e planejar bem cada ação que for realizar quando se tratar de dinheiro. As  pessoas podem iniciar com a formação de um CLUBE DE INVESTIMENTO pelo Método INI - Instituto Nacional de Investidores, fundado pelos maiores empresas brasileiras de capital aberto. O INI é uma instituição sem fins lucrativos que tem como objetivo oferecer à população brasileira um programa permanente de educação e orientação sobre como investir no mercado de ações. A BORIOLA CONSULTORIA através de seu Membro Orientador credenciado pelo INI está habilitado a administrar palestras e cursos nesta área para sindicatos e associações. 

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